O Mês em Resumo: Covid causa segunda onda na Europa, polêmicas na política brasileira e mês de recordes históricos no esporte

O quadro O Mês em Resumo traz os principais fatos que marcaram o mês de outubro.



A Covid -19 segue causando estragos nesse ano totalmente atípico. Quando pensavam que a Europa iria ficar livre dessa desgraça eis que o continente entrou na chamada segunda onda onde explodiram os casos e os países começam a adotar medidas restritivas para conter o avanço. Enquanto isso a busca por uma vacina continua. A Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca anuncia que a vacina que ambas estão desenvolvendo apresentou resultados satisfatórios em idosos na fase 2 enquanto a Janssen teve de interromper os testes devido à uma doença inexplicada. No Brasil a pandemia já matou quase 160 mil, mas há tendência de queda no número de mortes que cai pra menos de 500. E durante os testes um voluntário brasileiro morreu de complicações da Covid pois tomou o placebo e não a vacina.

E no meio de tudo isso uma crise política por causa da vacina foi gerada por aqui. Numa reunião com 24 governadores o ministro da Saúde Eduardo Pazuello acertou a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa que está sendo desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan só que o presidente Jair Bolsonaro desmentiu tudo e disse que não compraria a vacina. Foi a senha para que o governador de São Paulo João Dória ficasse revoltado e comprasse a briga. E por conta disso a OMS alertou para que não faça uso político da pandemia, mas pelo jeito tem gente que não aprende mesmo. 

Falando em gente que não aprende o presidente americano Donald Trump foi diagnosticado no início do mês com a Covid, ficou cinco dias internado num hospital e se recuperou voltando pra campanha presidencial. Trump e Joe Biden fizeram em outubro o último debate. A votação começou antecipadamente e já foram registrados 90 milhões de votos pelos correios. A eleição será na terça feira.

Voltando ao Brasil duas polêmicas agitaram a política este mês: a primeira foi o imbrólgio gerado pela decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello em soltar o traficante André do Rap que depois fugiu e é considerado foragido. Uma liminar suspendeu a decisão e o traficante acabou na lista de procurados pela Interpol.

A outra polêmica foi com relação ao senador Chico Rodrigues do DEM de Roraima. Numa operação da Polícia Federal que apura desvio de recursos públicos no combate ao coronavírus ele foi flagrado com R$ 33 mil na cueca. Chico Rodrigues perdeu o cargo de vice líder do governo e decidiu - se afastar do mandato por 120 dias.

Em Santa Catarina o governador Carlos Moisés foi afastado por 120 dias pelo Tribunal especial de julgamento que o acusa de conceder aumento salarial a procuradores do estado. Assumiu o mandato a vice governadora Daniela Reinher que foi absolvida da acusação.

No Rio o Hospital Federal de Bonsucesso pegou fogo deixando o saldo de cinco mortos e mais de 200 feridos. O incêndio ocorre um ano depois do incêndio no Hospital Badim que deixou 17 pessoas mortas. Oito pessoas responsáveis foram indiciadas e irão responder na justiça por homicídio doloso qualificado.

Enquanto as queimadas atingem recordes históricos no Pantanal o Ibama determina o retorno dos brigadistas para o combate. R$ 16 milhões foram liberados pelo Ministério da Economia.

O Brasil atinge em outubro taxa recorde no número de desempregados, 14% no terceiro trimestre e o contingente aumentou 1,1 milhão passando a ser de 13,8 milhões e em apenas um ano o país perdeu 12 milhões de postos de trabalho.

Na Bolívia o esquerdista Luís Arce vence a eleição presidencial. Arce é aliado do ex- presidente Evo Morales e venceu com uma votação expressiva. No Chile o resultado de um plebiscito histórico onde a nova constituição é aprovada por 78% da população e enterra a antiga carta escrita pela ditadura de Augusto Pinochet.


Na França o terrorismo volta a dar as caras. No dia 15 um professor que dava uma aula sobre liberdade de expressão foi decapitado por um terrorista. Ele exibia caricaturas do profeta Maomé, o que é considerado uma ofensa pelo Islã. No dia 29 em Nice um outro terrorista invade uma igreja e esfaqueia três pessoas que acabam morrendo, uma delas a brasileira Simone Barreto Silva que morava na frança há 30 anos. 

Um terremoto de magnitude de 7 graus na Escala Richter matou 27 pessoas na região do Mar Egeu entre a Turquia e a Grécia. O sismo destruiu a cidade turca de Izmir.

O jogador Robinho rescide contrato com o Santos antes mesmo de estrear devido à polêmica por ter sido condenado por estupro. O caso ocorreu em 2013 e Robinho condenado em 2017 em primeira instância. 

Na Fórmula 1 o inglês Lewis Hamilton faz história e ultrapassa o número de vitórias de Michael Schumacher chegando a 92 vitórias na categoria. Na Fórmula Indy o neozelandês Scott Dixon conquista o hexacampeonato da categoria ao chegar em terceiro lugar no GP de Saint Petersburg. 

Na NBA o Los Angeles Lakers conquista pela 17ª vez o título da liga vencendo o Miami Heat por 4 jogos a 1 e a conquista foi dedicada ao ex- jogador Kobe Bryant, morto em acidente de helicóptero em janeiro. No tênis Rafael Nadal chegou ao 20º título de Grand Slam ao vencer pela 13ª vez o torneio de Roland Garros igualando a marca do suíço Roger Federer.







As mortes do mês: Zuza Homem de Mello (4 de outubro), musicólogo e produtor musical de grande destaque na história da MPB se tornando um especialista no assunto, Eddie Van Halen (6 de outubro), guitarrista da banda que levava o seu nome, Dalmo Pessoa (6 de outubro), cronista esportivo de destaque na imprensa esportiva de São Paulo onde passou pela Rádio Record, Bandeirantes e TV Gazeta, Cecil Thiré (9 de outubro), ator que se destacou no teatro, cinema e televisão onde fez 20 novelas e minisséries além de dirigir programas de humor. Ele era filho único de Tônia Carrero e morreu devido à complicações do Mal de Parkinson, Ricardo Noronha (9 de outubro), jornalista e radialista de grande destaque em Brasília além de ter sido deputado suplente, apresentou programas na antiga TV Capital e TV Brasília sendo o último o SOS Brasília. Lutava contra um câncer e não resistiu às complicações, Celestino Valenzuela (15 de outubro), narrador esportivo gaúcho que ficou famoso nos anos 1970 e 1980 narrando jogos da dupla Gre-nal e criador do bordão Que lance, Ana Paula Scheffer (16 de outubro), ginasta que integrou a seleção brasileira de ginástica rítmica e sofreu um infarto fulminante aos 31 anos e Sean Connery (31 de outubro), ator escocês que tinha 90 anos e morreu dormindo nas Bahamas. Connery atuou em 94 filmes sendo os de maior destaque sete filmes da franquia James Bond e Os Intocáveis onde ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante.

E neste mês tive duas alegrias: uma, voltei a trabalhar depois de um período tenebroso e outra com o nascimento de Maria Júlia, filha de minha irmã que trouxe mais alegria na casa. 

O quadro volta em novembro.

Postar um comentário

0 Comentários