A história das eleições depois da redemocratização: Na eleição da polarização radical Bolsonaro chega ao poder em 2018

E chegamos ao último capítulo dessa série especial que trouxe um pouco da história das eleições presidenciais depois da redemocratização e hoje falaremos da eleição de 2018.

Depois da mais acirrada eleição Dilma Rousseff enfrentaria uma grave crise política e econômica, pois a partir de 2014 os índices econômicos entram em colapso, o desemprego aumenta e o país atravessa uma forte recessão, mas o pior veio do lado político. A partir de 2015 Dilma começa a sofrer nas mãos de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados com pautas bomba e ao mesmo tempo a população volta às ruas para protestar contra o governo através de panelaços. Em dezembro de 2015 Cunha acolhe pedido de impeachment vindo dos juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale e no pedido são incluídas denúncias de decretos assinados por Dilma para liberar R$ 2,5 bi sem o aval do Congresso e nem previsão orçamentária. A operação conhecida como pedalada fiscal caracteriza improbidade administrativa e parte da mídia acabou considerando o pedido de impeachment como retaliação pois Dilma não tinha habilidade para dialogar com o Congresso somados aos altos índices de impopularidade.



O ano de 2016 foi extremamente agitado principalmente no primeiro semestre onde explodem os protestos e em 17 de abril o impeachment é aprovado na Câmara dos Deputados, depois em 12 de maio os senadores decidem afastar Dilma do poder e em 31 de agosto no julgamento final Dilma é definitivamente afastada perdendo o mandato por 61 x 20, além disso a queda de Dilma representava o fim da era do Partido dos Trabalhadores no poder. O vice Michel Temer assume o poder e consegue formar uma base aliada forte para aprovar a série de reformas, mesmo assim foi denunciado duas vezes por corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa sendo o primeiro mandatário a ser denunciado em pleno mandato e por conta da alta rejeição abriu mão de se reeleger e pra piorar em maio de 2018 houve uma greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento em várias cidades.


Em meio à tempestade política o juiz Sérgio Moro e a Lava Jato chegaram ao seu auge com a condenação do ex-presidente Lula em julho de 2017. Lula foi preso em abril de 2018 e mesmo assim o PT lançou sua candidatura, mas ela acabou indeferida pelo TSE porque foi condenado em segunda instância, o que é proibido pela lei da Ficha Limpa, assim Fernando Haddad foi lançado candidato na data limite do TSE para troca de candidatura. 


 
 






Àquela altura pipocavam denúncias de fake news através das redes sociais, dentre as quais o WhatsApp e que tinham em Jair Bolsonaro o seu maior propagador. O candidato que era um obscuro deputado do baixo clero lidera as pesquisas cercado de ódio e no dia 6 de setembro durante visita a Juiz de Fora é atacado e esfaqueado por Adélio Bispo que é preso imediatamente. Por todo o país cresce a disseminação de fake news enquanto Bolsonaro se recuperava e por outro lado manifestações contra e a favor pipocam. Houve sete debates durante o primeiro turno.

Lista dos candidatos da eleição de 2018

  • Ciro Gomes (PDT)
  • Fernando Haddad (PT)
  • Henrique Meirelles (MDB)
  • Vera Lúcia (PSTU)
  • Jair Bolsonaro (PSL)
  • Marina Silva (Rede)
  • Álvaro Dias (Podemos)
  • José Maria Eymael (DC)
  • João Amoêdo (Novo)
  • Geraldo Alckmin (PSDB)
  • Guilherme Boulos (PSOL)
  • Cabo Daciolo "Glória a Deus!" (Patriota)
  • João Goulart Filho (PPL)

O primeiro turno foi realizado em 7 de outubro e Bolsonaro passou para o segundo turno junto de Haddad. A partir daí começava uma polarização radical entre o PT e o bolsonarismo e por conta disto não houve debate no segundo turno e ainda houve a morte de Moa do Katendê, vitimado por um defensor de Bolsonaro acirrando ainda mais o clima de ódio que começava a tomar conta do país. 

No dia 28 de outubro no segundo turno a onda conservadora levou Jair Bolsonaro ao poder. O ex-capitão do Exército foi escolhido por 57 milhões de brasileiros (55% dos votos válidos) e colocou o nanico PSL no poder. Bolsonaro chegava à presidência numa campanha em que tinha apenas 8 segundos no primeiro turno e marcada por uma polarização extremanente radical.











Aqui vejamos como a imprensa registrou a vitória de Bolsonaro.

E chegamos ao final dessa série. Neste domingo mais de 156 milhões de brasileiros irão às urnas para decidir o futuro do Brasil e desde já desejo um bom voto e que seja um voto consciente, pelo amor de Deus, não vamos entrar em conflito seja qual for o candidato vencedor caso haja no primeiro turno, nada de briga por favor! E que no final vença o melhor e pacifique o país.

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