Memória 2020: As perdas do ano da pandemia

A Retrospectiva 2020 segue com o quadro memória. No ano em que a pandemia de Covid-19 deixou muitos mortos pelo planeta e só no Brasil foram mais de 190 mil mortos 2020 também foi o ponto final na vida de muita gente.

190 mil brasileiros mortos pela Covid

A maior crise sanitária dos últimos 100 anos não escolheu credo, raça, cor, nada disso. Silenciosa a Covid 19 até esta data já deixou mais de 1 milhão de mortos em todo o mundo, só no Brasil foram mais de 190 mil vidas perdidas e o Brasil é o segundo país em número de mortes atrás apenas dos Estados Unidos. Muitas famílias perderam entes queridos e aqui fica a nossa homenagem e o respeito à todos que perderam seus familiares por conta da Covid. O nosso respeito e as nossas condolências.

Os famosos que sucumbiram ao Covid -19





Das mais de 180 mil vítimas brasileiras da Covid alguns famosos acabaram sucumbindo à essa desgraça. Um deles foi o desenhista Daniel Azulay (27 de março), vitimado por uma leucemia que se agravou ao contrair o novo coronavírus. Outra vítima da Covid 19 foi a atriz Daisy Lúcidy (7 de maio). O compositor Aldir Blanc (4 de maio) foi outra vítima de coronavírus. Aldir foi um dos maiores letristas da MPB formando grandes parcerias, a mais famosa com o músico João Bosco e compôs clássicos da MPB como O Bêbado e o Equilibrista, canção que virou símbolo da Anistia na voz de Elis Regina. O ator Gésio Amadeu (5 de agosto) também morreu ao contrair Covid- 19. No mês de dezembro duas perdas na dramatrurgia: o ator Eduardo Galvão (7 de dezembro) e Nicette Bruno (20 de dezembro).

Luto no jornalismo esportivo e em geral






Neste 2020 o jornalismo esportivo brasileiro sofreu inúmeras perdas. Em 24 de janeiro morre o jornalista Sérgio Noronha aos 87 anos. Com passagens em vários veículos Seu Nonô como era conhecido sofreu uma parada cardíaca. Em 18 de fevereiro morre o jornalista Luís Alberto Volpe de passagens por ESPN e TV Cultura. No dia 3 de março morria o narrador Cadu Cortez que trabalhava no DAZN. Cadu Cortez teve um infarto fulminante. No dia 28 de julho complicações da Covid tiraram de cena Rodrigo Rodrigues aos 45 anos de idade. Jornalista e músico Rodrigo Rodrigues passou por SBT, TV Cultura, ESPN e Sportv onde estava desde o ano passado e era apresentador do Troca de Passes.  Em 6 de outubro morria o jornalista Dalmo Pessoa que trabalhou em vários veículos de comunicação como a Rádio Bandeirantes e a TV Gazeta, no dia 16 morre o locutor Celestino Valenzuela, famoso narrador gaúcho que se destacou na RBS. Alô você! Com esse bordão Fernando Vannucci saudava os telespectadores nos programas esportivos que apresentou. O jornalista morre no dia 24 de novembro aos 69 anos de idade deixando como legado a irreverência e uma linguagem diferente nos programas esportivos. E em 15 de dezembro morria o eclético Orlando Duarte aos 87 anos. 



No jornalismo ano de muitas perdas:  No dia 30 de abril morre o jornalista Nirlando Beirão, no dia 29 de maio morre o jornalista Gilberto Dimenstein vítima de câncer no pâncreas, no dia 17 de julho morre o jornalista José Paulo de Andrade que fez história em 57 anos na Rádio Bandeirantes e era o apresentador do Pulo do Gato, o mais longevo programa de rádio com o mesmo apresentador. José Itamar de Freitas morre em 1º de julho, pois foi por 14 anos diretor geral do Fantástico, em 24 de agosto morre Washington Novaes, jornalista especializado em assuntos sobre ecologia e meio ambiente e foi editor do Globo Repórter e em 10 de dezembro morre a jornalista Leila Richers que foi musa do telejornalismo na segunda metade dos anos 80 na extinta Rede Manchete e depois passou pela CNT.

As perdas na música







Um ano de muitas perdas na música: No dia 21 de fevereiro morre a cantora Cláudia Telles, filha da cantora Silvia Telles e que teve como grande sucesso a música Fim de Tarde, no dia 20 de março morre o cantor Kenny Rogers, um dos grandes nomes da música country americana, em 13 de abril morre Moraes Moreira. Um dos fundadores dos Novos Baianos e autor de clássicos da MPB como Pombo Correio e Sintonia o músico morreu dormindo no Rio. No dia 9 de maio o rock perde Little Richard, astro norte americano e um dos pais do gênero. No dia 2 de junho a Covid - 19 leva o radialista Jimmy Raw que foi apresentador do Globo de Ouro, no dia 6 de julho morre Ennio Morricone, maestro italiano autor de inúmeras trilhas sonortas no cinema e ganhador de um Oscar, no dia 9 de julho a atriz e cantora Naya Rivera, estrela do seriado musical Glee morre afogada aos 33 anos, no dia 23 de julho morre o músico Sérgio Ricardo que ficou conhecido ao quebrar o violão numa das edições do Festival de Música da antiga TV Record nos anos 60, no dia 28 de julho morre Renato Barros, líder da banda Renato e Seus Blue Caps que fez grande sucesso na Jovem Guarda, no dia 27 de agosto morre o produtor musical Arnaldo Saccomani que nos últimos anos se notabilizou por ser jurado do reality Ídolos inicialmente no SBT, no dia 23 de setembro morre o cantor Gerson King Combo, pioneiro do soul no Brasil, no dia 6 de outubro morre o guitarrista Eddie Van Halen, co-fundador da banda Van Halen, no dia 8 de novembro morre a cantora Vanusa aos 73 anos. Vanusa fez parte da Jovem Guarda e teve complicações causadas por uma pneumonia, no dia 24 morre Francisco Camargo, pai da dupla Zezé di Camargo e Luciano e no dia 14 de dezembro morre Paulinho, vocalista do grupo Roupa Nova que embalou gerações com músicas que fizeram parte de mais de 30 novelas.

Luto na TV e nas artes






O ano também foi de luto na TV brasileira com muitas perdas: o ator Flávio Migliaccio morre no dia 4 de maio. Ele foi encontrado morto em seu sítio e em sua carreira teve papéis de destaque sendo os mais marcantes Tio Maneco e Xerife que fazia dupla com Shazam (Paulo José), em 3 de junho morre a atriz Maria Alice Vergueiro que teve uma extensa carreira no teatro, cinema e TV e em 2006 foi um dos primeiros sucessos do YouTube com o curta Tapa na Pantera, em 27 de junho morre a apresentadora Clarice Amaral que apresentou programas marcantes no SBT e TV Gazeta, no dia 16 de julho morre Del Rangel, diretor e ex-marido da atriz Regina Duarte, em 8 de agosto morre a atriz Chica Xavier que fez várias novelas de destaque entre elas Sinhá Moça e Renascer, em 24 de agosto morre Xênia Bier, apresentadora de programas femininos como o TV Mulher e o Xênia e Você, no dia 9 de outubro morre o ator Cecil Thiré aos 77 anos vitimado por complicações do Mal de Parkinson. Além de ator foi diretor e foi dono de grandes personagens da nossa TV como o Adalberto, assassino da versão original de A Próxima Vítima. No dia 1º de novembro o ator Tom Veiga morre aos 47 anos. Tom era quem manipulava o Louro José, o papagaio mascote de Ana Maria Braga por 24 anos, primeiro na Record, depois na Globo e no dia 19 de novembro morre o ator Jonas Mello que também foi dublador e participou de diversas novelas na Tupi, Globo, SBT e Record. 

As perdas no cinema






O ano foi de luto no cinema: no dia 5 de fevereiro morre o ator Kirk Douglas aos 103 anos. Kirk era pai do ator Michael Douglas e atuou em filmes de sucesso como Spartacus, no dia 19 de fevereiro morre o cineasta e ator José Mojica Marins, o Zé do Caixão, grande nome do terror trash no Brasil, no dia 22 de junho morre o diretor Joel Schumacher que dirigiu dois filmes do Batman, em 3 de julho morre o ator Leonardo Villar que atuou no filme O Pagador de Promessas, ganhador da Palma de Ouro no festival de Cannes, além de atuar em várias novelas, no dia 26 de julho morre a atriz Olivia de Havilland que teve papel de destaque no filme ... E o vento levou, no dia 31 de julho morre o diretor Alan Parker que dirigiu filmes de sucesso como Midnight Express, Evita e Mississipi em Chamas, em 28 de agosto morre o ator Chadwick Boseman que atuou como Pantera Negra. Ele foi vitimado por um câncer de cólon, em 31 de outubro saía de cena definitivamente o ator escocês Sean Connery aos 90 anos. Ele foi um dos maiores atores que deu vida ao agente secreto James Bond, o espião 007e no dia 28 de novembro morre o ator David Prowse que fez o dublê do personagem Darth Vader na saga Star Wars.

As perdas no esporte no ano do adeus de dois gênios

2020 nos desfalcou de grandes nomes esportivos e dois deles farão muita falta. O argentino Diego Armando Maradona é considerado em seu país um Deus pois na Copa do Mundo de 1986 no México conduziu à sua seleção a conquista do título com atuações magistrais e no jogo contra os ingleses marcou dois gols, um com a mão ou a Mano de Diós e outro onde saiu driblando quem aparecia na sua frente naquele que é considerado o mais bonito de todos os mundiais. Depois que foi flagrado com cocaína sua carreira entrou em declínio e foram muitas as vezes que ele foi internado para tratar de dependência química, a última no começo de novembro quando fez cirurgia para retirar um tumor no cérebro. No começo da tarde do dia 25 de novembro Maradona passou mal e morreu vitimado por uma parada cardíaca aos 60 anos. O seu velório reuniu multidões em plena pandemia na Casa Rosada, sede do governo argentino. 

A outra perda esportiva do ano foi a de Kobe Bryant, pra muitos o sucessor de Michael Jordan. Kobe fez história jogando no Los Angeles Lakers onde ganhou cinco títulos na NBA e aposentado desde 2016 fazia jogos de exibição. Na tarde do dia 26 de janeiro o helicóptero em que viajava caiu nas proximidades de Los Angeles e Kobe morreu na hora. Além de Kobe sua filha Gianna e outros seis tripulantes morreram na tragédia que silenciou o talento puro de um dos gigantes do basquete mundial.




As outras perdas esportivas do ano: Rob Resenbrink (24 de janeiro), ex-jogador holandês que jogou nas Copas de 1974 e 1978, Valdir Espinosa (27 de fevereiro), treinador de futebol onde dirigiu times como Grêmio, Flamengo, Vasco e Botafogo e foi campeão mundial de clubes com o Grêmio em 1983 além de ter sido técnico do Botafogo em 1989 quando o clube da Estrela Solitária voltou a ser campeão carioca depois de 21 anos, Rui Chapéu (29 de fevereiro), jogador de sinuca e astro da modalidade no Brasil, Marinho (14 de junho), ex- jogador que se destacou pelo Bangu onde foi Bola de Ouro em 1985, Oswaldo Alvarez, o Vadão (25 de maio), técnico de futebol que treinou vários times e a seleção feminina de futebol, Alejandro Sabella (8 de dezembro), ex- jogador e técnico da seleção argentina que foi vice campeã na Copa do Mundo de 2014 realizada no Brasil, Paolo Rossi (9 de dezembro), jogador italiano que foi artilheiro da Copa do Mundo de 1982 na Espanha marcando seis gols, sendo três deles contra o Brasil na Tragédia do Sarriá e Marcelo Veiga (14 de dezembro), ex- jogador e técnico de futebol onde dirigiu o Bragantino.

As perdas na política







Na política tivemos as perdas de Ibsen Pinheiro (24 de janeiro), ex- presidente da Câmara durante o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992, Hosni Mubarak (25 de fevereiro), ex- presidente do Egito que ficou no poder por 30 anos até ser derrubado na Primavera árabe de 2011, Gustavo Bebianno (14 de março), foi ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e saiu no começo do governo Bolsonaro, Afonso Arinos de Melo Franco (15 de março), diplomata e político de destaque, Nicolau dos Santos Neto (31 de maio), conhecido como Juiz Lalau, protagonista do escândalo do desvio de recursos para as obras do TRT de São Paulo que custou a cassação do senador Luiz Estevão em 2000, Severino Cavalcanti (15 de julho), deputado obscuro que era da tropa do baixo clero e que em 2005 foi eleito presidente da Câmara dos Deputados onde ficou por sete meses até sair ocasionado pela descoberta de que recebia mensalinho, Laprovita Vieira (24 de julho), ex - deputado que foi o intermediador da compra da TV Record ao bispo Edir Macedo em 1989, Ruth Bader Ginsburg (18 de setembro), juíza associada da Suprema Corte americana desde 1993, Jofran Frejat (23 de novembro), médico e político onde exerceu quatro mandatos de deputado federal pelo Distrito Federal e candidato derrotado à eleição para governador do DF em 2014, João Alves Filho (25 de novembro), ex- governador de Sergipe e prefeito de Aracaju e Valery Giscard D'Estaing (1º de dezembro), foi presidente da França entre 1974 e 1981.

Outras mortes do ano








Asa Branca (4 de fevereiro), famoso locutor de rodeios, Albert Uderzo (24 de março), um dos criadores do personagem Asterix, Gene Deitch (16 de abril), desenhista que atuou em vários desenhos de Tom e Jerry, Rubem Fonseca (16 de abril), escritor e contista e autor de livros de sucesso como A Grande Arte e Agosto que virou minissérie da Rede Globo em 1993, Ricardo Brennand (25 de abril), empresário e colecionador de obras de arte, Paulinho Paiakan (17 de junho), líder indígena que em 1992 estuprou uma jovem, mas foi inocentado por falta de provas, só que o Ministério público recorreu e acabaria voltando a prisão em 1998 só que não cumpriram a determinação e acabou voltando pra sua aldeia, Milton Glaser (26 de junho) designer norte americano que criou o símbolo I Love Ny, uma declaração de amor à cidade e redesenhou o jornal O Globo em 1995, Luizinho Drummond (1º de julho), patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, Martha Rocha (5 de julho), primeira Miss Brasil da história, Alfredo Sirkis (10 de julho), ecologista, político e escritor, Ênio Mainardi (8 de agosto), publicitário e escritor, Dom Pedro Casaldáliga (8 de agosto) bispo emérito de São Félix do Araguaia e defensor dos direitos humanos dos povos indígenas, Elias Maluco (22 de setembro), traficante que matou o jornalista Tim Lopes em 2002 e capturado três meses depois, Pierre Troisigrós (23 de setembro), chef de restaurante francês e pai de Claude Troisigros, Quino (30 de setembro), cartunista argentino e criador de Mafalda, Zuza Homem de Mello (4 de outubro), jornalista especialista em MPB e musicólogo, Lan (4 de novembro), cartunista italiano radicado no Brasil, Rodela (2 de dezembro), humorista que se destacou no programa do Ratinho pela Record e depois com Gilberto Barros, Joseph Safra (10 de dezembro), banqueiro que era o homem mais rico do país com patrrimônio estimado em R$ 120 bilhões , Zora Yonara (11 de dezembro), astróloga e radialista e John Le Carré (13 de dezembro), escritor especialista em romances que teve como tema a espionagem sendo sua obra mais marcante O espião que veio do frio.

A retrospectiva faz uma pausa, sim. O ano termina amanhã mas nossa retrospectiva será fechada apenas no final de fevereiro com o balanço do futebol. Nesta quinta, último dia do ano o blog fecha seus trabalhos em 2020 com o calendário, a nossa prestação de contas, a retrospectiva de dezembro e a mensagem de final de ano. 

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1 Comentários

Kleber Nunes disse…
Quantas vidas que se foram em 2020, que ano maluco esse viu. Mais uma vez o meu respeito às mais de 190 mil vítimas da Covid que não esperaram a vacina, mas quando for tomar a vacina respirarei profundo em memória dos mortos pelo negacionismo e vibrar pela ciência.