O Mês em Resumo: Censura é derrotada na Bienal, menina vira símbolo da violência no Rio e Furacão leva Copa do Brasil

O quadro O Mês em Resumo traz os principais acontecimentos do mês de setembro.

A censura está de volta, SQN. No começo do mês o prefeito do Rio Marcello Crivella até conseguiu recolher exemplares do gibi Vingadores: A cruzada das crianças porque tem numa das páginas cenas de beijo gay, mas a justiça não permitiu e o gibi ficou na Bienal do Livro.

Augusto Aras foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro como novo procurador geral da República substituindo Raquel Dodge. Ele é sabatinado e aprovado no Senado.

Já o ex- procurador Rodrigo Janot em entrevista ao Estado de S. Paulo confessa ter ido armado ao STF em 2017 para matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. Janot teve seu porte de arma cassado e foi proibido de se aproximar dos ministros.

Tortura no supermercado: Um adolescente é chicoteado por dois seguranças em um supermercado por ter furtado quatro barras de chocolate. 

Mais uma vítima da violência no Rio. A menina Agatha Félix de 8 anos morre ao ser baleada por PMs na comunidade Fazendinha. Ela estava dentro de uma kombi junto de seu avô quando foi atingida nas costas. Exames de balística não apontaram quem atirou na menina. Os policiais alegaram ter perseguido uma moto que passava na comunidade.

15 pessoas morreram no incêndio no Hospital Badim na Barra da Tijuca. O incêndio foi causado por um curto circuito no gerador.

Um bolão de 49 cotas feito por assessores da liderança do PT na Câmara dos Deputados ganha o prêmio de R$ 120 milhões da Mega Sena acumulada. Cada um ganhou mais de R$ 2,5 milhões.

O STF começa a votar a questão da tese que poderá anular as sentenças da Operação lava Jato. A votação só será concluída em outubro. O ex- presidente Lula recusa a progressão de sua pena para o regime semiaberto.

O presidente americano Donald Trump é acusado de recrutar interferência estrangeira para as eleições de 2020, com isso a Câmara dos deputados americana abre processo de impeachment contra ele.

O Athlético Paranaense é o campeão da Copa do Brasil de 2019. O Furacão conquista seu segundo título de expressão nacional derrotando o Internacional na decisão. O gol do título marcado por Rony teve Marcelo Cirino deixando dois marcadores num drible desconcertante.

Depois de 4 anos o argentino Lionel Messi recupera a coroa de melhor jogador do mundo e ganha pela sexta vez o prêmio Fifa The Best. Ele se iguala à brasileira Marta. A americana Megan Rapinoe é escolhida a melhor jogadora. Silvia Grecco, a brasileira que narra os jogos do Palmeiras para o filho deficiente visual ganha o prêmio popular da Fifa e Alisson Becker do Liverpool é o melhor goleiro do mundo.

O americano Josef Newgarden conquista o bicampeonato da Fórmula Indy com um oitavo lugar na corrida final disputada em Laguna Seca. 

A Espanha é bicampeã masculina de basquete. A seleção espanhola vence a Argentina na decisão e volta a ganhar o torneio depois de 13 anos. O Brasil faz uma surpreendente primeira fase com destaque para a épica vitória diante da Grécia de Giannis Antetoukunmpo, mas perde para a República Tcheca deixando escapar a vaga olímpica terminando na 13ª posição e terá de jogar o pré olímpico mundial onde o campeão dos quatro grupos garante vaga pra Tóquio.

A judoca Rafaela Silva, campeã mundial e olímpica é flagarada no antidoping e perde a medalha de ouro conquistada no último Pan. O exame deu positivo para a substância fenoterol, usada em medicamento contra asma.

A CNN Brasil anuncia as contratações de Monalisa Perrone, Reinaldo Gottino e Cris Dias para compor sua equipe. Monalisa deixa a Globo no dia 3 e é substituída no Hora 1 por Roberto Kovalick, Gottino deixa o Balanço Geral no dia 16 e a Record não engoliu a perda partindo para o ataque contra o empresário Rubens Menin, parceiro financeiro da emissora. 

Ditador por 37 anos Robert Mugabe comandou o Zimbábue com mãos de ferro até cair em um golpe militar em 2017. Ele estava internado em Cingapura se tratando de um câncer e morre no dia 6 aos 95 anos.

O português Roberto Leal adotou o Brasil como sua casa e fez grande sucesso com hits como Arrebita e Bate o pé. Foram 45 anos de carreira e mais de 17 milhões de discos vendidos. Ele lutava contra um câncer de pele que evoluiu para melanoma e acabou o matando no dia 15 aos 67 anos.

Jacques Chirac foi prefeito em Paris, primeiro ministro e presidente da França entre 1995 e 2007 se retirando da vida pública depois que passou o cargo para Nicholas Sarkozy. Chirac morre no dia 26 aos 86 anos.

Outras mortes do mês: Andrada (4 de setembro), goleiro que ficou famoso ao levar o milésimo gol de Pelé 50 anos atrás, Alberto Goldman (1º de setembro), ex- governador de São Paulo entre abril e dezembro de 2010, Ben Ali (19 de setembro), ex- presidente da Tunísia entre 1987 e 2011 quando foi defenestrado do poder via Primavera Árabe e Newton Carlos (30 de setembro), referência em comentários internacionais por muitos anos na Rede Bandeirantes. 

O quadro retorna em outubro.