Há exatos 20 anos o Brasil vivia um momento turbulento na política. Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito depois de 29 anos era afastado através do processo de impeachment. Era o capítulo final de uma novela que durou quatro meses. Tudo começou quando a revista Veja foi às bancas no último fim de semana de maio de 1992 trazendo matéria de capa onde seu irmão Pedro Collor deu a entrevista bombástica que detonou a maior crise política da história antes do mensalão do PT. Na entrevista, o irmão detonou a bomba revelando quem estava por trás do esquema de corrupção: o tesoureiro PC Farias, pois era ele quem estava por trás de todo o esquema praticando tráfico de influência e desvio de recursos públicos. A partir daí a CPI foi instalada e as denúncias foram comprovadas. Nas ruas os carapintadas surgiram e protestaram contra o governo. Num domingo de agosto de 1992, a população deu a resposta, pois dias antes o presidente conclamava a população a sair às ruas para vestir as cores do Brasil, mas ao invés do verde e amarelo o preto deu o tom. No dia 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou o processo de impeachment por 441 votos a favor e 38 contra, três meses mais tarde o Senado também aprovou o pedido de impeachment, mas para escapar da punição, Collor renunciou ao mandato e perdeu os direitos políticos durante oito anos. Em 2006 foi eleito senador por Alagoas. E pensar que anos mais tarde o PT fez coisa pior.
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