Retrospectiva 2024: O show de emoções das Olimpíadas de Paris

Kleber Nunes
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E agora a retrospectiva destaca o evento esportivo do ano, os Jogos Olímpicos de Paris. 



A edição de número 33 dos Jogos Olímpicos da Era Moderna realizada entre julho e agosto em Paris promoveu o reencontro do evento com o torcedor após a atípica edição de Tóquio em que a pandemia impediu presença de público. Além disso locais icônicos serviram de cenário pras disputas como a Torre Eiffel que sediou o vôlei de praia, o Rio Sena que foi motivo de polêmica e o Palácio de Versalhes. O Rio Sena foi alvo de polêmicas devido às condições da água. Antes do evento a prefeita da cidade Anne Hidalgo nadou nas águas mesmo com a condição imprópria e nos jogos olímpicos ocorreram as competições de triatlo e a maratona aquática além da cerimônia de abertura que foi realizada debaixo de chuva em 26 de julho. As 85 embarcações levaram os atletas pelos 6 quilômetros do rio, a tocha olímpica passou de mão em mão até chegar às mãos dos atletas Teddy Riner do judô e Marie José-Peréc, ex-atleta que acenderam a pira olímpica no Jardim das Tulheries e a pira simbolizando um balão subiu aos céus dando início aos Jogos Olímpicos.

Os grandes nomes da Olimpíada


Dentre os destaques da Olimpíada primeiro destaque pra Simone Biles, a fenomenal ginasta americana retornou de forma triunfal depois de abandonar em Tóquio conquistando três ouros e uma prata, o nadador francês Leon Marchand que ganhou quatro medalhas de ouro, o sueco Armand Duplantis que quebrou mais uma vez o recorde mundial do salto com vara e tirou o recorde olímpico que era do brasileiro Thiago Braz, a boxeadora argelina Imane Kheiff que se envolveu em uma polêmica por ser suposta transsexual, mas era uma fake news, no tênis o sérvio Novak Djokovic enfim se sagra campeão olímpico e o cubano Mijain López que se sagrou pentacampeão olímpico consecutivo individual na luta greco-romana. 

Uma campanha com brilho feminino

O Brasil realizou em Paris a segunda melhor campanha da história ficando atrás da campanha de Tóquio, mas com desempenho abaixo do esperado. Conquistamos na França 20 medalhas ficando na 20ª posição no quadro final de medalhas sendo 3 ouros, 7 pratas e 10 bronzes. Dessas 20 medalhas 13 foram das mulheres que foram maioria na delegação de 277 atletas que foi à Paris.

Nossa maior atleta da história olímpica


Em Tóquio ela ganhou duas medalhas: ouro no salto e prata no individual geral e em Paris Rebeca Andrade fez história. A ginasta se tornou a atleta mais medalhada da história olímpica brasileira com seis medalhas e em Paris foram quatro. Ela foi ouro no solo e uma das cenas mais marcantes foi a reverência no pódio de Simone Biles e Jordan Chiles que acabou perdendo a medalha de bronze, repetiu a prata no individual geral e ficou com a prata no salto e ajudou o Brasil a ganhar o inédito bronze por equipes numa prova de superação junto de Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. 

O ouro que fez história no judô

Nosso primeiro ouro em Paris veio de uma judoca estreante e carismática. Beatriz Souza encantou o mundo com seu sorriso e logo em sua estreia em Olimpíada levou o ouro na categoria acima de 78 kg. Ela enfrentou quatro adversárias e venceu todas e ainda ajudou a equipe mista a ganhar a medalha de bronze por equipes. O judô desde 1984 não sai de mãos vazias de uma edição de Jogos Olímpicos e além dessas medalhas o país conquistou prata com Willian Lima na categoria até 66 ke e bronze com Larissa Pimenta na categoria até 52 kg. 

Ouro nas areias aos pés da Torre Eiffel

O terceiro ouro brasileiro foi conquistado diante da Torre Eiffel. A dupla Duda e Ana Patrícia, líderes do ranking mundial levou o ouro no vôlei de praia 28 anos depois do ouro de Jacqueline e Sandra em Atlanta. A campanha invicta foi coroada com o título na final contra as canadenses. 

Nossas medalhas em Paris




Em quatro participações olímpicas Caio Bonfim chegou perto da medalha no Rio quando foi quarto colocado e em Paris ela finalmente veio. Numa prova consistente o atleta nascido e criado em Sobradinho conquistou a prata inédita na marcha atlética de 20 km e ainda no atletismo Alison dos Santos, o Piu repetiu o bronze de Tóquio na prova dos 400 m com barreiras. Na canoagem Isaquias Queiroz conquistou sua quinta medalha olímpica, prata no C1 1000 m e se igualou a Torben Grael e Robert Scheidt e só está atrás de Rebeca Andrade, no surfe o Brasil conquistou prata e bronze. Tatiana Weston-Webb conquistou a prata sendo superada na final pela americana Carolina Marks, já Gabriel Medina que era favorito ao ouro ficou com a medalha de bronze. Medina foi protagonista de uma das cenas mais marcantes da Olimpíada. Ao tirar a maior nota da história, um 9,9 ele levitou no céu e a foto feita por Jerome Brouillet viralizou em todo o mundo, na semifinal foi prejudicado pela falta de ondas e foi disputar o bronze com o peruano Alonso Correa levando a medalha. No skate Rayssa Leal conquistou o bronze no skate street com 16 anos num pódio todo cheio de atletas menores de idade e Augusto Akio, o Japinha foi bronze no skate park, no boxe Beatriz Ferreira ficou com a medalha de bronze na categoria leve e no taekwondo Edival Pontes, o Netinho conquistou a medalha de bronze na categoria -68 kg. 

O Brasil ainda chegou perto de conquistar medalhas inéditas no tênis de mesa e na luta olímpica. Hugo Calderano ficou muito próximo de conquistar uma medalha inédita no tênis de mesa, perdeu a semifinal depois de ter 10-4 no primeiro set e o sueco Molegard fez oito pontos seguidos e na disputa do bronze perdeu pro francês Félix Lebrun, apesar do quarto lugar esse foi o melhor resultado de um mesatenista da América do Sul na história, já Giulia Penalber se tornou a primeira brasileira a chegar a disputa de medalha na luta olímpica ficando em quinto lugar. Outra atuação surpreendente foi a de Gustavo Oliveira, o Bala Loka, sexto colocado no BMX livre, na ginástica ritmica Bárbara Domingos fez história sendo a primeira brasileira a disputar uma final individual por aparelhos, Miguel Hidalgo obteve a melhor colocação de um brasileiro no triatlo chegando na décima posição e no badminton feminino Juliana Vieira fez história ao vencer uma partida. Já esportes tradicionais como a natação e a vela decepcionaram. A natação chegou em quatro finais sendo o melhor resultado o quinto lugar de Guilherme Costa, o Cachorrão na prova dos 400 m livres e a vela sequer chegou perto da medalha, coisa que não acontecia desde Barcelona 1992.


O futebol feminino do Brasil conquistou o melhor resultado nos esportes coletivos chegando a terceira medalha de prata na história. Depois de uma primeira fase irregular com uma vitória e duas derrotas a seleção comandada por Arthur Elias encarou a França e conseguiu enfim derrotar as francesas, na semifinal o reencontro com as espanholas e mesmo diante das atuais campeãs mundiais o Brasil atropelou com autoridade e chegou à final contra os Estados Unidos e como em 2004 e 2008 perdemos pras americanas. Marta se despediu da seleção com a terceira prata no peito. O futebol masculino bicampeão olímpico sequer obteve classificação pois perdeu pra Argentina no pré-olímpico mesmo tendo nomes como Endrick. O vôlei de quadra manteve a tradição de figurar no pódio desde Barcelona 1992 e as mulheres conquistaram a terceira medalha de bronze na história. A campanha até a semifinal era perfeita, mas na semifinal a seleção esbarrou no time dos Estados Unidos que venceu e disputou o ouro que foi da Itália, já o time masculino caiu nas quartas de final também perdendo pros Estados Unidos e pela primeira vez desde Sydney ficou de fora do pódio, o basquete masculino do Brasil voltou a disputar uma edição dos Jogos Olímpicos depois de ficar ausente de Tóquio e terminou a competição em sétimo lugar parando nas quartas ao cair diante dos Estados Unidos e o handebol feminino parou na Noruega. 

No quadro geral de medalhas os Estados Unidos ficaram à frente da China pelo número maior de pratas já que em ouros os dois países empataram com 40 ouros cada seguidos do Japão, Austrália e dos anfitriões franceses. Agora é esperar quatro anos e a próxima parada do movimento olímpico será em Los Angeles na Califórnia que receberá o evento pela terceira vez na história.

Brasil vira potência nos Jogos Paralímpicos


Nas Paralimpíadas que foram realizadas após os Jogos Olímpicos o Brasil entrou definitivamente no rol das potências ao realizar em Paris a melhor campanha da história. Foram 89 medalhas conquistadas sendo 25 de ouro, 26 pratas e 38 de bronze terminando na quinta posição terminando no Top 5 pela primeira vez. Dentre os destaques o atletismo que trouxe 36 medalhas, a natação com 26 tendo como destaques o simpático Gabriel Araújo, o Gabrielzinho que amassou a concorrência e Carol Santiago que se tornou a atleta paralímpica com mais medalhas individuais e o judô que foi o combustível que impulsionou o país nos últimos dias. A China terminou a Paralimpíada na frente com 94 ouros. 

Aqui no Blog de knunes a Olimpíada foi tratada de forma especial, desta vez não criei um blog olímpico e concentrei aqui as notícias sobre a preparação final. De 8 de março à 19 de julho sempre às sextas feiras trouxe no quadro Notinhas Olímpicas os preparativos dos atletas em 20 edições semanais, em maio trouxe às terças e quintas o Top 10 olímpico com 10 destaques olímpicos na história do Brasil e do mundo e nossa cobertura diária enfatizou o desempenho dos atletas brasileiros e destacou os grandes nomes do esporte, o quadro de medalhas e a imagem do dia nesta que foi a quinta Olimpíada coberta em 17 anos de história.

A retrospectiva será fechada com o ano do futebol.

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