Memória 2018: O adeus de quem nos deixou

Hoje no último sábado do ano a Retrospectiva fala de saudade. O ano de 2018 marcou as inúmeras despedidas em vários setores.

O adeus de líderes e políticos

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Na política nacional e internacional um ano de muitas perdas. O ex- secretário geral da ONU Kofi Annan morre na Suíça em 18 de agosto e durante dez anos à frente da ONU trabalhou e dedicou seus esforços no combate ao HIV/AIDS no continente africano. Nos Estados Unidos tivemos as perdas do senador e ex- candidato à presidente John McCain (25 de agosto). McCain participou da Guerra do Vietnã e foi candidato derrotado do Partido Republicano perdendo a eleição presidencial para Barack Obama em 2008. Ele havia sido diagnosticado com um câncer no cérebro e um dia antes de morrer teve o tratamento suspenso e no dia 30 de novembro morre George H.W. Bush que foi vice de Ronald Reagan e presidente entre 1989 e 1993, meses antes morria sua esposa Barbara Bush. Na África do Sul morre Winnie Mandela (2 de abril), ativista atuante na defesa dos direitos humanos. No Brasil três tiros calaram a voz de Marielle Franco (14 de março) num crime que até agora segue sem solução. No dia 13 de maio morre o ex- governador do Maranhão Epitácio Cafeteira. Em 22 de junho morria Waldir Pires, político que foi ministro no governo Lula e governador da Bahia, No dia 31 de julho morria Hélio Bicudo, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e autor do pedido que resultou no impeachment de Dilma Rousseff. No dia 27 de setembro Brasília se despedia de Joaquim Roriz aos 82 anos. Roriz governou o Distrito Federal por quatro mandatos, sendo três via eleição e implantou uma política que erradicou mais de 60 favelas criando novas cidades, ainda foi prefeito e senador em um breve período pois seu mandato foi abreviado devido à denúncias de corrupção e depois de 2010 nunca mais concorreu à cargos públicos. E no dia de Natal morre o advogado e deputado federal por três mandatos Sigmaringa Seixas. E no dia 26 o ex- governador do Espírito Santo,deputado federal e senador Gérson Camata é morto à tiros no centro de Vitória. 

Vozes que se calaram na música

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Na música um ano repleto de perdas. O samba ficou sem dona Ivone Lara (16 de abril), cantora e compositora que gravou com grandes nomes e teve como maior sucesso Sonho Meu, o soul ficou mais pobre com a morte da cantora americana Aretha Franklin (16 de agosto), autora de sucessos como Respect e I Say a little prayer e que estava aposentada dos palcos acabou sucumbindo a um câncer no pâncreas. O francês Charles Aznavour (1º de outubro) vendeu em 80 anos de carreira mais de 100 milhões de discos em todo mundo tendo como seu maior sucesso a canção She, a soprano espanhola Montserrat Caballé (6 de outubro), considerada uma das maiores cantoras de ópera no século XX e a cantora Dolores O'Riordan morre em 15 de janeiro aos 46 anos em uma banheira. Dolores era vocalista da banda irlandesa The Cranberries e nos anos 90 emplaca os hits Linger e Zombie. No dia 20 de abril o DJ sueco Avcii comete suicídio e morre aos 28 anos. Voltando ao Brasil a voz da Sapoti Angela Maria se cala em 29 de setembro. Em 70 anos de carreira se tornou a Rainha do Rádio e teve seu auge nas décadas de 50 e 60. O funkeiro Mr. Catra (9 de setembro) teve como grande sucesso Adultério gravado nos anos 2000 e era pai de 32 filhos de relacionamentos diferentes. O pai do cantor Michael Jackson Joe Jackson morre em 27 de junho devido à um câncer terminal. Criador de polêmicas foi o empresário da banda Jacksons 5 que lançou Michael numa carreira de sucesso, o produtor musical Miranda morre em 22 de março. Ele fundou o selo Banguela Records e lançou as bandas Skank, Raimundos e O Rappa além de ser jurado da primeira fase de Ídolos no SBT e no dia 27 de dezembro a cantora Miúcha morre aos 81 anos vitimado por um câncer. 
As perdas nas artes, cinema, teatro e TV



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Uma das damas e ícone do teatro brasileiro Tônia Carrero se despede em 3 de março aos 95 anos. Atuou em 54 peças de teatro, 19 filmes e 15 novelas ao longo da carreira. Ela sofria de hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) e sofreu uma parada cardíaca quando se tratava de uma úlcera. Outra morte do ano foi a do ator Oswaldo Loureiro em 3 de fevereiro aos 85 anos. Oswaldo Loureiro atuou em mais de 140 peças teatrais e além de dirigir programas fez 30 novelas na carreira com destaque para Roque Santeiro, Que Rei sou eu? e Pecado Capital. Em 16 de maio morria a atriz Eloísa Mafalda aos 93 anos. Eloísa atuou em várias novelas sendo como a de maior destaque a Dona Nenê na primeira versão da Grande Família e Dona Pombinha em Roque Santeiro. Em 26 de agosto morre o ator e diretor Henrique Martins atuando em várias novelas nas Redes Globo, Manchete e SBT. No dia 5 de setembro morria a atriz Beatriz Segall aos 92 anos. Em uma carreira de vários papéis é lembrada por ter feito uma das vilãs mais marcantes da televisão brasileira, a empresária Odete Roitman em Vale Tudo de Gilberto Braga que foi exibida há 30 anos. 




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No cinema tivemos muitas perdas. Uma delas a de Bernardo Bertolucci (26 de novembro), diretor dos filmes O último tango em Paris e O último Imperador. No Brasil demos adeus à Nelson Pereira dos Santos (21 de abril), cineasta que dirigiu filmes como Rio 40 Graus e foi um dos ícones do Cinema Novo, o grego Milos Forman (14 de abril), diretor de filmes como Estranho no Ninho e Amadeus, Roberto Farias (14 de maio), cineasta que filmou Assalto ao Trem Pagador, Pra frente Brasil e Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e o ator Burt Reynolds (6 de setembro), símbolo sexual durante os anos 70 e 80 atuando em Agarre - me se puderes e Boogie Nights. 

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O humor ficou mais pobre com a morte de Agildo Ribeiro em 28 de abril aos 86 anos. Agildo começou no teatro, passou pelo rádio, mas foi na TV que se destacou em inúmeros programas humorístcos sendo os mais destacados o Satiricom, Planeta dos Homens, Cabaré do Barata e Zorra Total.

Silêncio nas letras

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No dia 5 de janeiro o Brasil perdia o escritor e jornalista Carlos Heitor Cony aos 91 anos. Cony venceu três vezes o Prêmio Jabuti e ocupava a cadeira de número 3 da Academia Brasileira de Letras. Atuou também na imprensa escrita e era até dezembro de 2017 colunista da Folha de S. Paulo. Em 14 de maio morria o escritor americano Tom Wolfe que trouxe um estilo irônico nas suas obras sendo a mais marcante A Fogueira das Vaidades. Em 10 de outubro a escritora Zíbia Gasparetto morre aos 92 anos. Em 68 anos de carreira se dedicou ao espiritismo nas suas 58 obras publicadas e traduzidas para diversas línguas, cinco meses antes em 3 de maio morria seu filho Luiz Antônio Gasparetto que sofria de câncer no pulmão. No dia 22 de maio morria o escritor Phillip Roth e em 28 de dezembro o israelense Amos Oz morre aos 79 anos.




Em 12 de novembro os quadrinhos perderam Stan Lee. O criador da Marvel e dos heróis Homem Aranha, Hulk, Demolidor, X- Men e Wolverine vinha enfrentando problemas de saúde e sofreu parada cardíaca. No dia 26 de novembro o biólogo e criador do desenho Bob Esponja Stephen Hillenburg morre aos 58 anos. 

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No jornalismo também tivemos perdas: Marco Mora (3 de janeiro), ex- diretor do esporte da Rede Globo, J. Hawilla (25 de maio), ex- repórter esportivo e empresário que fundou a Traffic. Em 2015 ajuda a delatar os envolvidos no escândalo Fifagate, Toninho Drummond (24 de março), diretor de jornalismo da Globo Brasília por 25 anos, Alberto Dines (22 de maio), jornalista que passou por várias redações e fundador do Observatório da Imprensa, Audálio Dantas (30 de maio), foi o homem que denunciou Vladimir Herzog que foi morto na ditadura militar. André Duda (3 de julho), passou pelas redações das TVs Globo e Brasília além de ser secretário de comunicação nos governos Roriz e Arruda, Ari Cunha (31 de julho), jornalista que escreveu a coluna Lido, visto e ouvido no Correio Braziliense, Graça Araújo (8 de setembro), apresentadora de telejornais na TV Jornal, afiliada do SBT em Pernambuco. Otávio Frias Filho (21 de agosto), liderou a revolução que fez da Folha de S. Paulo um dos jornais mais importantes do país e criador do ombudsman e Cláudio Weber Abramo (12 de agosto), criador da ONG Transparência Brasil. 

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Gil Gomes começou sua carreira como repórter esportivo, mas foi como cronista policial que se destacou tanto no rádio como na televisão. Na década de 90 fez parte do Aqui Agora e o gesto marcante característico caiu na graça dos humoristas. Recluso devido ao Mal de Parkinson Gil Gomes morre em 16 de outubro de câncer aos 78 anos. O rádio perdeu também este ano Paulo Barboza (16 de abril), radialista popular em São Paulo e Zé Béttio (27 de agosto), um dos entusiastas da música sertaneja. 

Adeus aos esportistas

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No âmbito esportivo foram várias perdas. Uma das perdas do ano foi a de Bebeto de Freitas, técnico da seleção masculina de vôlei nos anos 80 com a chamada Geração de Prata que conquistou duas medalhas de prata no Mundial de 82 e na Olimpíada de 84 em Los Angeles além de ter sido dirigente do Botafogo onde foi presidente. Ele estava num evento no Atlético Mineiro quando passou mal e teve uma parada cardíaca fulminante.


Uma das lendas da história do tênis mundial a brasileira Maria Esther Bueno morre em 8 de junho aos 78 anos. Maria Esther ganhou na carreira sete títulos de Grand Slam sendo quatro no US Open e três em Wimbledon e foi 12 vezes campeã nas duplas. No esporte tivemos também as mortes de Fábio Koff (10 de maio), ex- presidente do Grêmio e um dos fundadores do Clube dos 13, Zé Carlos (12 de junho), ex- jogador que se destacou por Guarani e Cruzeiro, Aldyr Schlee (14 de novembro), criador da camisa amarelinha da seleção e Tarciso (4 de dezembro), um dos mais importantes jogadores da história do Grêmio. 

Adeus ao homem que revolucionou a física

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No dia 14 de março o físico inglês Stephen Hawking morre aos 76 anos vítima de complicações da esclerose lateral amiotrófica. Conhecido por ficar em uma cadeira de rodas computadorizada e como corpo franzino ele ajudou a Física no entendimento da origem do universo e o papel dos buracos negros. 

Outros mortos do ano: Mort Walker (27 de janeiro), cartunista e criador do Recruta Zero, Paul Bocuse (20 de janeiro) e José Hugo Celidônio (2 de setembro), chefs de cozinha de destaque, Billy Graham (21 de fevereiro), pastor evangélico americano, Givenchy (12 de março), estilista francês, Cátia Pedrosa (20 de março), ex- Miss Brasil, Paul Singer (16 de abril) economista e um dos fundadores do PT, Nara Almeida (21 de maio), youtuber que lutou contra um câncer com apenas 24 anos, Eliezer Batista (18 de junho), ex- presidente da Vale do Rio Doce, ex- ministro e pai do empresário Eike Baptista, Sérgio Marchionne (25 de julho), ex- presidente da Ferrari e da Fiat, Mário Cravo Júnior (1º de agosto), pintor e escultor, Guga de Oliveira (14 de outubro), produtor de TV, Paul Allen (15 de outubro), co- fundador da Microsoft, Affonso Heliodoro (20 de outubro), um dos pioneiros da construção de Brasília e Fabrizio Fasano (24 de novembro), empresário.

A retrospectiva se encerra neste domingo com o resumo do futebol. 

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