Retrospectiva 2017: Trump vira aprendiz de presidente e terror segue assustando o planeta

A Retrospectiva 2017 continua e hoje destacamos o noticiário internacional que assistiu este ano ao começo do governo de Donald Trump e o terror segue sendo uma ameaça global.

A Europa na mira do terror



Os ingleses sofreram três vezes com o terrorismo islâmico deixando preocupação entre o continente europeu

Em 2017 o terrorismo seguiu dando as cartas, principalmente na Europa. O terror islâmico fez novas vítimas, e a Inglaterra sofreu por três vezes com os atentados. O primeiro deles ocorrido em 22 de março quando um britânico radical islâmico atravessou a Ponte de Westminster com um veículo em alta velocidade e atropelou pedestres jogando o carro contra a sede do Parlamento Inglês, depois armado com uma faca invadiu o palácio e esfaqueou um segurança. Ele seria morto à tiros e o saldo do ato foi de quatro mortos. Dois meses depois em 22 de maio em Manchester durante um show da cantora pop Ariana Grande um terrorista islâmico explodiu uma bomba sobre seu próprio corpo e 22 pessoas morreram. Em 3 de junho ocorreu o terceiro atentado terrorista em menos de 3 meses com a morte de dez pessoas nas proximidades da Ponte de Londres. Ainda houve um atentado na virada do ano em uma casa noturna de Istambul na Turquia matando 39 pessoas e deixando 67 feridos e na França houve um atentado à uma estação de trem de Lille com três feridos. No dia 3 de abril em São Petersburgo na Rússia 14 pessoas morreram em um atentado na estação de metrô, quatro dias depois em Estocolmo um tiroteio deixa quatro pessoas mortas, em 20 de abril um policial e um suspeito foram mortos em tiroteio nas proximidades da Champs Elyseés. Ainda teve um outro atentado em novembro no Egito quando 300 fiéis foram mortos dentro de uma mesquita.


Memorial relembra vítimas do ataque terrorista em Barcelona onde um homem usou uma van como arma

Em 17 de agosto um novo atentado abalou a Europa, desta vez em Barcelona. As Ramblas viraram palco de mais um atentado terrorista. Um homem dirigindo uma van atropelou e matou 13 pessoas no coração da cidade catalã. No dia 15 de outubro um carro bomba explode em Mogadíscio, capital da Somália matando 300 pessoas. Em todos esses atentados a sombra do Estado Islâmico, envolvido na maioria dos ataques enquanto isso no Iraque o seu califado agoniza.




Atentados em Nova York e em Las Vegas deixaram atônitos os americanos

Nos Estados Unidos o terror também atacou. Na madrugada de 2 de outubro Stephen Paddock atirou do 32º andar do hotel Mandalay em Las Vegas contra a multidão que assistia à um show de música country. Ele matou 59 pessoas e deixou mais de 500 feridas no maior atentado à tiros da história americana. Ele foi morto pela polícia do estado de Nevada. Em 31 de outubro Nova York voltou a conviver com o medo. Num atentado semelhante ao ocorrido em Barcelona um uzbeque pegou uma van e atropelou quem passava pela ciclovia do Rio Hudson. Oito pessoas, a maioria argentina acabou morrendo. Em 5 de novembro no estado do Texas um atirador abriu fogo contra fiéis de uma igreja batista matando 26 pessoas e em 11 de dezembro terminou de forma frustrante uma tentativa de atentado no centro de Nova York.

A França sob nova direção


Emmanuel Macron prometeu um novo rumo para a França, mas enfrenta sérias dificuldades

A França escolheu em maio um novo presidente. O candidato de centro Emanuel Macron venceu com folga a eleição em cima da candidata Marine Le Pen, de extrema direita e aos 39 anos tomou posse como o mais jovem presidente da história do país. Em sete meses no poder Macron enfrenta dificuldades para obter apoio do parlamento francês.

A Catalunha desafia a Espanha


População catalã vai às ruas para protestar a favor da independência

Em 2017 a Catalunha resolveu peitar o governo espanhol e declarou sua independência, mas pagou caro. Em 1º de outubro um referendo feito sem o reconhecimento da Espanha deu 90% à favor da independência, antes houve violentos protestos deixando centenas de feridos. No dia 10 o presidente catalão assumia a declaração de Independência da Catalunha. No dia 27 de outubro o Parlamento aprova resolução que criava uma república independente e unilateral, mas ilegal pois houve violação às decisões do Tribunal Constitucional espanhol. O presidente Carles Puidgemont foi destituído do cargo e o governo interveio ao nomear a vice presidente Soraya Saenz que ficará no cargo até amanhã quando haverá eleições para a composição do novo parlamento.

A fúria da natureza


Irma passou e destruiu alguns lugares do Caribe

A temporada de furacões voltou a assolar os Estados Unidos e a região do Caribe. Em setembro o furacão Irma deixa um rastro de destruição atingindo o estado da Flórida. 90 pessoas morreram.

Em Portugal houve em junho o maior incêndio florestal da história, na região de Pedrógão Grande 64 pessoas morreram ao tentar escapar das chamas. Em dezembro um incêndio florestal matou uma pessoa na Califórnia.


Terremoto no México teve menos mortos que um outro ocorrido exatamente no mesmo 19 de setembro 32 anos atrás

No México os terremotos voltaram a deixar um enorme rastro de destruição e em setembro três terremotos deixaram centenas de mortos, o mais forte deles ocorreu no mesmo dia de um outro terremoto em 1985. No dia 19 de setembro tremores na magnitude de 7.1 na Escala Richter deixa o saldo de 71 mortos. Em novembro um outro terremoto no Irã deixou mais de 400 pessoas mortas e milhares de feridos. Nesse tremor a magnitude foi de 7.3 na Escala Richter. Em abril no Chile um terremoto de magnitude 6.1 assusta a região norte do país.

O caos segue na Venezuela


Manifestante protesta com a bandeira da Venezuela que segue afundando com o desastroso governo de Maduro

2017 não foi fácil na Venezuela comandada por Nicolás Maduro. Durante o ano os protestos continuaram e a população continua sofrendo com itens básicos faltando nas prateleiras dos supermercados e filas de pessoas nos hospitais. Cada vez mais o governo ditatorial afunda a população venezuelana e Maduro por sua incompetência e pelos desmandos.

O fim de uma era no Zimbábue


Robert Mugabe deixa o poder depois de governar o Zimbábue com mãos de ferro

Depois de 37 anos no poder saiu de cena o mais longevo ditador da era contemporânea. Robert Mugabe anuncia sua retirada do poder no Zimbábue em 21 de novembro. Mugabe decidiu sair do poder e entregar para o vice Emmerson Mnangagwa após a tomada pelos militares. Mugabe de 93 anos estava no poder desde 1980 e quando chegou no poder tinha o status de libertador, mas se tornou um ditador com requintes de crueldade e acusado de violar os direitos humanos inúmeras vezes.

Mistério no mar da Patagônia

 

Submarino argentino que desapareceu na Patagônia e que ainda não foi encontrado tinha 44 tripulantes que provavelmente estão mortos, mas governo desmente

O Mar da Patagônia no Oceano Atlântico testemunhou o desaparecimento de um submarino argentino onde estavam à bordo 44 tripulantes. O San Juan ARA sumiu dos radares da marinha em 15 de novembro e as buscas não tiveram efeito. Suspeita - se que houve uma explosão e provavelmente todos estejam mortos. O comandante da Marinha foi demitido e aposentado.

A nova liderança da China


Xi Jinping promete uma China ainda mais forte no mundo contemporâneo

O chinês Xi Jimping surge no horizonte como o mais importante líder asiático nesse século. Ele completou o primeiro dos dois mandatos como Secretário Geral do Partido Comunista e inscreveu sua doutrina no documento que somente duas pessoas fizeram na história chinesa, a constituição chinesa coisa que Mao Tsé Tung e Deng Xiaoping fizeram. Ele rompeu com uma forma de projeção discreta e prometeu um protagonismo maior de Pequim no cenário mundial.

Governo Trump, ano I

TOPSHOT - US President Donald Trump leaves after a Hispanic Heritage Month event in the East Room of the White House October 6, 2017 in Washington, DC.President Trump invited over 200 Hispanic business, community, and faith leaders, and guests from across the country to join in the celebration of Hispanic Heritage Month. / AFP PHOTO / Brendan Smialowski

Donald Trump teve um primeiro ano de mandato conturbado com medidas populistas e poucas promessas de campanha cumpridas

Donald Trump iniciou em 2017 seu mandato no comando da maior nação militar e econômica do planeta com medidas populistas, mas ele passou boa parte do ano em conflito com a ditadura da Coreia do Norte e se envolvendo em polêmicas diplomáticas no Oriente Médio.

A cerimônia de posse em 20 de janeiro foi uma pequena mostra do que será o seu governo até 2020. Logo no seu discurso fez ataques à classe política americana e prometeu erradicar o extremismo. Suas primeiras medidas polêmicas mostraram que ele queria cumprir promessas de campanha, uma delas barrar imigrantes estrangeiros só que pendengas jurídicas impediram o avanço da medida, outra delas a de acabar com o Obamacare, plano de saúde de seu antecessor Barack Obama e que não foi cumprida. O polêmico muro na fronteira com o México ainda não saiu do papel por falta de recursos.

Em abril o primeiro ataque bélico e o alvo era a Síria onde dois dias antes um ataque com armas químicas feito pelo governo do ditador Bashar al Assad matou oitenta pessoas. A resposta de Trump foi atacar o país lançando dezenas de mísseis Tomahawk na direção da cidade de Homs.

Em junho retirou os Estados Unidos do acordo climático de Paris isolando ainda mais o país. Segundo especialistas a decisão isolava ainda mais o país. Líderes mundiais anunciaram que não renovaria o acordo com o governo americano. Trump ainda retirou o país de outros acordos como o Transpacífico, com a Unesco e com o plano de refugiados da ONU, tudo por um lema: A América em primeiro lugar, mas está pra América isolada do mundo.

Uma outra suspeita que ponteia seu governo é a questão do suposto envolvimento da Rússia na campanha eleitoral do ano passado. Ele insiste em dizer que não sabia das armações para atrapalhar a candidata derrotada Hillary Clinton.

Dentro de seu quintal enfrentou ainda uma onda de protestos contra o racismo e em agosto aconteceu uma tragédia em Charlottesville no estado da Virgínia onde uma mulher foi morta após ser arremessada em um carro contra manifestantes brancos que entraram em choque com manifestantes contrários aos racistas. 

Em agosto ameaçou o governo de Nicolás Maduro sugerindo uma intervenção militar na Venezuela. Mas a partir de setembro lançou um clima de tensão no mundo, isso porque a Coreia do Norte fez novos testes com mísseis nucleares e bomba de hidrogênio. Trump decidiu que não irá fazer mais negócios com qualquer país que mantém relações comerciais com a Coreia do Norte. E em dezembro ele comprou briga com o Oriente Médio, mais precisamente Israel. Trump anuncia que reconhecerá Jerusalém como capital do estado de Israel gerando revolta do povo muçulmano e perto do Natal obteve sua primeira grande vitória com a aprovação da reforma tributária que prevê redução de impostos. Enfim um primeiro ano recheado de polêmicas, mas afinal quando é que Donald Trump irá governar de verdade e parar de pensar que o mundo é um reality show?

Amanhã a retrospectiva prossegue com os destaques da televisão.

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