Retrospectiva 2012: Um ano de grandes perdas

A retrospectiva continua e agora é momento de saudade. 2012 marcou um ano cheio de despedidas. A TV ficou desfalcada de sua dama, o humor ficou menos sem graça sem o mestre Chico e a arquitetura perdeu um gênio do traço.

Ano pesado na música

 



2012 foi um ano de muito pesar na música. Em fevereiro duas mortes enlutaram os fãs. No dia 8, morre o cantor Wando. O rei da música brega morreu aos 66 anos vítima de parada cardiorrespiratória. Com quase 40 anos de carreira, Wando lançou um estilo musical romântico sexy. Eram frequentes as fãs jogarem calcinhas para o cantor. Ele conseguiu agradar as mulheres e tornar o ritmo brega cult. No dia 11 a cantora americana Whitney Houston morre em um hotel de Los Angeles. Seu corpo foi encontrado na banheira de um hotel. Nos anos 80 e 90 vendeu 200 milhões de discos e ficou conhecida através de I Will Always Love You, tema do filme O Guarda Costas, ultimamente estava enfrentando o vício das drogas. No dia 24 morre o cantor Pery Ribeiro, no dia 1º de março morre o cantor italiano Lucio Dalla, que lançou a música Caruso, em 24 de março morre o cantor sertanejo João Mineiro que fazia dupla com Marciano, no dia 27 morre a rainha do chorinho Ademilde Fonseca. Em 25 de abril o samba perdia o malandro Dicró. Em maio a música sertaneja ficou sem Tinoco, da dupla Tonico e Tinoco, verdadeiros representantes da música de raiz. A americana Donna Summer, rainha da disco music nos anos 70 estourou nas paradas de sucesso no auge da discoteca e morreu em 17 de maio, aos 63 anos. O cantor Robin Gibb, um dos integrantes do grupo Bee Gees morre em 20 de maio depois de travar uma luta árdua contra o câncer. Em agosto a música perdeu o guitarrista Celso Blues Boy e o flautista Altamiro Carrilho. Em dezembro o indiano Ravi Shankar morre nos Estados Unidos. Shankar introduziu a cítara nas músicas dos Beatles.

Literatura em desfalque


O ano também foi pesado pra literatura mundial. Este ano morreram os escritores Ray Bradbury, considerado o pai da ficção científica, autor das crônicas marcianas, Carlos Fuentes, autor de 22 romances e nove coletâneas que falam do cotidiano cultural do México, o americano Gore Vidal, crítico sagaz do estilo de vida americano, o jornalista e escritor Ivan Lessa que morava na Inglaterra e escreveu no Pasquim e Autran Dourado que escreveu obras como Ópera dos Mortos.


2012 também marcou o adeus a Millôr Fernandes, o escritor e jornalista que escreveu em vários órgãos de imprensa e escreveu crônicas diversas durante muito tempo. Outro nome da literatura que nos deixou foi Décio Pignatari, um dos fundadores do movimento concretista ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto Campos. O ano ainda teve a perda do historiador Eric Hobsbawn, de ideais marxistas.

Adeus ao primeiro homem a pisar na Lua


Ele foi o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar há 43 anos. Neil Armstrong morre em 25 de agosto, aos 82 anos. Armstrong integrou a equipe da Apollo XI que em julho de 1969 foi a primeira a pisar na Lua ajudando os Estados Unidos a vencerem a corrida espacial. Para ele, foi um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.

Ano de perdas no cinema

 

 


2012 também provocou desfalques no cinema. Morreram no ano os atores Ernest Borgnine, galã de Hollywood nos anos 50 quando ganhou um Oscar pelo filme Marty, além de uma notável atuação em A Um passo da Eternidade, a atriz holandesa Sylvia Kristel, famosa por protagonizar o filme erótico Emanuelle e o ator Larry Hagman, famoso no Brasil como o vilão J.R do seriado Dallas.

Ano de perdas no esporte





No esporte tivemos grandes perdas. O cubano Teófilo Stevenson morre em junho aos 60 anos. Ele foi tricampeão olímpico consecutivo no boxe. Outro atleta olímpico que morreu em 2012 foi Nélson Prudêncio, duas medalhas olímpicas na conta e no vôlei a morte do jogador italiano Vigor Bovolenta. O futebol perdeu este ano o jogador italiano Piermario Morosini em partida pelo campeonato italiano da segunda divisão, o ex-jogador Alex Alves com passagens por vários clubes, do ídolo do Corinthians Ruço e do goleiro Félix, que foi titular na mágica seleção da Copa de 70. O Dr. Sid Watkins, uma espécie de anjo da guarda dos pilotos da Fórmula 1 também morreu em 2012 além de David Meira, jogador de basquete do UNICEUB que foi atingido pela tabela que se soltou e ficou dez dias em coma.

O humor ficou sem graça sem seu mestre


Chico Anysio não foi um, foram 209 personagens em um único artista. Uma infinidade de tipos no teatro, no cinema e na televisão ficou marcante em milhares de brasileiros. Como não esquecer Justo Veríssimo, que tinha horror a pobre, o galã Alberto Roberto, Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, o Professor Raimundo, Bozó e tantos outros personagens que ficaram marcados na memória. O mestre Chico Anysio se foi em 23 de março depois de perder a batalha contra um enfisema pulmonar, aos 80 anos.

A TV perde sua dama


















A história da TV se confunde com Hebe Camargo. Durante 57 anos ela esteve à frente de seu programa em diversas emissoras e dividia com Silvio Santos o status de comunicadora mais querida do país. Polêmica como ela mesma, dava pitos nos políticos e na corrupção. Aos convidados, distribuía selinhos e os chamavam de gracinhas. Guerreira, lutou bravamente contra um câncer no peritônio por quase dois anos, ficou internada seis vezes durante este ano, assinou sua volta ao SBT, mas quis o destino que ela não voltasse. Na manhã de 29 de setembro uma parada cardíaca colocou ponto final na trajetória de sucesso e polêmicas da rainha.




 


A TV ainda perdeu este ano os diretores Wilton Franco, criador de programas como o Povo na TV e diretor dos Trapalhões e Adriano Stuart que também dirigiu o humorístico na Globo, o ator Ted Boy Marino que foi o pioneiro nas lutas do telecatch e integrou a primeira formação dos Trapalhões, os locutores esportivos Carlos Valadares e Luiz Noriega,  as atrizes Marly Bueno, Thelma RestonRegina Dourado e o ator e diretor Marcos Paulo. O jornalismo econômico ficou sem Joelmir Beting, que conseguiu explicar o economês de forma simples e descomplicada.

Adeus ao mestre do traço


Oscar Niemeyer, o genial arquiteto que desenhou curvas através do traço livre deixou este mundo aos 104 anos, a dez dias de completar 105. Ícone da arquitetura moderna criou obras primas de encher os olhos como a Pampulha, o Edifício Copan e a maior de todas as criações: Brasília. Quem mora na capital do Brasil pode se contemplar com a beleza das obras assinadas por Niemeyer como o Congresso Nacional e o Palácio da Alvorada.





O ano ainda teve as mortes do cardeal emérito do Rio de Janeiro Dom Eugênio Salles, da empresária Eliana Tranchesi, do ex- presidente do Supremo Maurício Corrêa, do Reverendo Moon e de Dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia.

A Retrospectiva terá ainda hoje seu encerramento com o que de melhor aconteceu no futebol.

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1 Comentários

Patryck Leal disse…
Poderia colocar as retrospectivas dos esportes no FC Gols?

Abraços.