Retrospectiva 2024: O ano dos mais velozes das pistas

Kleber Nunes
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A partir de agora o esporte passa a ditar o ritmo e começamos acelerando com o que de mais importante rolou nas pistas pelo mundo.

Max Verstappen conquista o tetra da Fórmula 1 e Brasil volta a figurar no grid 7 anos depois

A Fórmula 1 segue dominada pelo holandês Max Verstappen que chegou ao tetracampeonato mundial numa temporada que teve de superar problemas da Red Bull devido à saída do projetista Adrian Newey e a ascensão da McLaren Super Max se reafirma como o melhor piloto da atualidade e chega ao tetra se igualando a Alain Prost e Sebastian Vettel. A temporada de 2024 começou com triunfos nas duas primeiras provas do ano, mas o abandono na Austrália deu indícios de que a temporada não seria igual a de 2023, nesta corrida a vitória foi de Carlos Sainz, Max reagiu e venceu as provas do Japão e China. No GP de Miami surgiu o adversário Lando Norris que vencia pela primeira vez na carreira, mas Max deu a resposta rapidamente vencendo em Ímola, em Mônaco Charles Leclerc enfim vencia em casa, no Canadá superou o clima adverso e levou mais uma e ainda venceu na Espanha, ao mesmo tempo iniciava um indigesto jejum e ao mesmo tempo a McLaren crescia no campeonato. No GP da Áustria Verstappen e Norris se tocaram, Max foi punido e a vitória foi de George Russell, em Silverstone Lewis Hamilton venceu em casa quebrando um jejum de três anos e Max subiu ao pódio chegando em segundo, na Hungria a McLaren mostra força e Oscar Piastri vence pela primeira vez, na Bélgica Russell venceu, mas não levou e a vitória foi de Hamilton. No GP da Holanda Verstappen sobe ao pódio atrás de Norris, em Monza a Ferrari fez festa na vitória de Charles Leclerc, no Azerbaijão Piastri vencia de novo e em Singapura Norris levou e diminuiu a vantagem, aí veio a perna americana com Leclerc vencendo no Circuito das Américas e com polêmica: Max e Norris disputavam posição e Norris acabou punido por sair da pista e levar vantagem, aí no México foi a vez de Verstappen ser punido por jogar Norris pra fora da pista duas vezes chegando em sexto e nas duas corridas deu Ferrari com Leclerc vencendo nos EUA e Sainz no México. Em Interlagos Max Verstappen realiza a sua maior atuação largando de 17º e debaixo de chuva saltou pra primeiro e vence o GP de São Paulo e em Las Vegas o quinto lugar foi o suficiente pra consagração. A temporada teve uma diversidade de vencedores, fato que não acontecia desde 2012. Foram sete pilotos diferentes vencendo corridas com Verstappen vencendo mais provas, foram nove vezes na frente e Lando Norris venceu quatro sendo vice campeão e a McLaren conquistando o título dos construtores, o nono na história.

 

E um jejum de sete anos de ausência chegará ao fim no próximo ano. Desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017 que não havia um piloto brasileiro disputando uma temporada completa na Fórmula 1 e durante esse período tivemos duas participações de Pietro Fittipaldi na temporada de 2020, agora voltamos a ter piloto disputando em tempo integral. Gabriel Bortoleto será o 33º piloto do país a figurar no grid pois foi anunciado como piloto na Sauber/Audi e usará o número 5. Bortoleto conquistou o título da Fórmula 2, categoria de acesso com atuações espetaculares como em Monza quando saiu de último pra primeiro. O ano também marcou as homenagens pelos 30 anos da morte de Ayrton Senna e tivemos Sebastian Vettel e Lewis Hamilton pilotando carros antigos do tricampeão. Vettel guiou em Ímola um carro usado por Senna em 1993 e Hamilton deu uma volta com o carro do bicampeonato do brasileiro em Interlagos levando o público ao delírio. E em 2026 teremos mais uma equipe no grid com a entrada da americana Cadillac através da General Motors que fornecerá motores a partir de 2028.

E em 2025 as corridas vão continuar sendo transmitidas na Band. A emissora paulista atravessa dificuldades financeiras e teve calote de um patrocinador, mas conseguiu manter acordo com o grupo Liberty Media e vai mostrar a temporada. Durante o ano surgiram rumores de que a categoria não continuaria e que a Globo estaria de volta. A emissora carioca chegou a anunciar o esquema de cobertura e os profissionais que trabalhariam nela e até fez anúncio do retorno em um evento pro mercado publicitário, mas pagou enorme mico e terá de esperar por um ano.

A dinastia Palou na Indy

O espanhol Álex Palou mais uma vez foi o melhor e venceu seu terceiro título na Fórmula Indy fazendo uma temporada constante confirmando o status de um dos melhores pilotos da atualidade e mais uma vez a equipe Chip Ganassi se destaca com mais um título na categoria, o 16º e o quarto nos últimos cinco anos e agora está a um título de igualar a Penske. Com o terceiro título nos últimos cinco anos Palou não foi perfeito como foi em 2023, mas sabe aliar estratégia e consistência muito bem e ainda contar com infortúnios dos rivais e caminha pra ter uma dinastia, coisa que não era vista na Ganassi depois do tetracampeonato do escocês Dario Franchitti. Na temporada Palou venceu as provas do misto de Indianápolis e em Laguna Seca além do confuso desafio do milhão na pista do Thermal Club e o título veio graças a problemas no cinto de segurança que fez Will Power perder 13 voltas em Nashville. O vice campeão foi Colton Herta que venceu duas corridas e recuperou o status que tinha antes de piloto com enorme potencial. Josef Newgarden venceu novamente as 500 milhas de Indianápolis com uma ultrapassagem épica em cima de Pato O'Ward na metade da última volta, mas teve uma mancha pois ele perdeu a vitória em St. Pete na abertura do campeonato pois foi descoberto um esquema de manipulação do push to pass que tirou a dobradinha da Penske, mesmo com o bi seguido na Indy 500 Newgarden ficou tachado como vilão e passou a ser questionado pela categoria e pelos próprios colegas. A temporada marcou a estreia dos motores híbridos no meio do campeonato. O Brasil esteve representado por Pietro Fittipaldi que com o carro da Rahal não teve um bom desempenho e em 2025 corre risco de ficar a pé pois o grid está quase fechado já que as duas vagas que estão disponíveis são as da Dale Coyne. E 2024 foi ano especial pois a Indy completou 40 anos de Brasil e o Blog de knunes fez no começo de março uma semana especial comemorativa relembrando momentos marcantes da categoria e relacionando todos os pilotos brasileiros que participaram em quatro décadas.

Joey Logano é tri na NASCAR

Nos últimos três anos três títulos da equipe Penske na NASCAR Cup e dois deles com Joey Logano. O piloto foi cerebral e na prova final segurou Ryan Blaney que vinha forte e buscava o bicampeonato seguido, mas Logano experiente levou a decisão em Phoenix se sagrando tricampeão. A temporada foi marcada pelo equilíbrio e o maior vencedor foi Kyle Larson com 6 triunfos, Logano conquistou cinco e chegou a ficar de fora da sequência, mas com a desclassificação de Alex Bowman na inspeção pós corrida no ROVAL Logano se recolocou no páreo e partiu pra conquista, a terceira em 7 anos. A decepção foi Kyle Busch que pela primeira vez passou o ano em branco sem vencer uma corrida sequer. A temporada também marcou o adeus de Martin Truex Jr, campeão em 2017 que se aposentou. O título de Logano foi o quinto da história da equipe na NASCAR.

Pascal Wehrlein é campeão numa temporada empolgante na F-E

No ano que completa 10 anos a Fórmula E viu uma temporada espetacular e uma briga intensa pelo título que acabou nas mãos do alemão Pascal Wehrlein. As corridas tiveram muitas brigas de pelotão e dentre as equipes se destacaram Jaguar e Porsche. Wehrlein começou o ano vencendo o ePrix do México, na rodada dupla da Arábia vitórias de Jake Dennis (a única da Andretti) e Nick Cassidy. No segundo ePrix do Brasil Sam Bird venceu depois de uma ultrapassagem épica sobre Mitch Evans na última curva, em Tóquio a Maserati fez a festa com Max Günther, em Misano Oliver Rowland levou depois da polêmica desclassificação de Antonio Félix da Costa por causa de uma inofensiva mola do amortecedor fora do regulamento com Werlhein vencendo a segunda bateria, em Mônaco Mitch Evans ressurgiu e levou, na rodada dupla de Berlim Nick Cassidy e Félix da Costa levaram e a Porsche ressurgia no campeonato. O português vencia em Xangai assim como Evans e antes da rodada dupla decisiva varreu o circuito de Portland e Cassidy tinha a faca e o queijo na mão só que cometeu um erro ao sair da pista jogando fora pontos importantes na luta pelo título, foi então que Wehrlein acordou e venceu a primeira corrida de Londres contando com o infortúnio de Cassidy que foi o sétimo mas o neozelandês não queria entregar de mão beijada, largou na pole na corrida decisiva mas aí voltou a cometer um erro que foi fatal: ao acionar duas vezes o modo ataque de forma apressada seu desempenho caiu e foi ficando pra trás, Wehrlein contou com a sorte de ver Evans errar no acionamento do modo ataque e deu de presente o segundo lugar pro alemão e o título da temporada num grande trunfo da Porsche. O novo modelo de carro, o Gen3 mostrou evolução proporcionando corridas muito disputadas do início ao fim. Os brasileiros tiveram mais um ano ruim ficando bem longe da briga por vitórias. Sérgio Sette Câmara somou 16 pontos e Lucas di Grassi foi bem pior somando apenas 4 pontos na sua pior temporada na categoria. Lucas di Grassi é o único representante do país na atual temporada que começou em São Paulo e Mitch Evans venceu uma prova caótica e ela segue no México em janeiro e vai até julho. 

Felipe Giaffone é tri e Bia Figueiredo faz história na Copa Truck


Na Copa Truck Felipe Giaffone conquistou o seu sétimo título na história somando Fórmula Truck e Copa Truck e se tornou tri da categoria na classe Pro com quatro vitórias e quatro poles nas 9 etapas disputadas no ano. A Volkswagen garantiu a dobradinha com o segundo lugar de André Marques. Na categoria Elite uma mulher fez história e levantou o troféu. Bia Figueiredo faturou o título vencendo 7 corridas e no ano que vem estará na Pro.

Gabriel Casagrande impõe dinastia e é tri na Stock Car

Na Stock Car Gabriel Casagrande conquistou seu terceiro título nos últimos quatro anos numa temporada que começou irregular, mas arrancou na segunda metade da temporada. Casagrande venceu duas corridas e fez uma pole além de seis pódios. Felipe Massa fez sua melhor temporada na Stock e ficou com o vice campeonato e o resultado final chegou a ficar sub júdice devido à polêmica questão dos pneus na etapa do Velopark pois duas equipes manipularam os compostos que deixavam os carros 2s mais rápidos e os pilotos foram desclassificados. A temporada que marcou os 45 anos de história da categoria marcou o fim da era dos sedans. Em 2025 a Stock correrá com carros SUV adaptados pra competição.

A seguir como foi o ano esportivo.

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