Estamos a menos de 75 dias pro início dos Jogos Olímpicos de Tóquio e o Blog de knunes inicia a cobertura das Olimpíadas e nosso aquecimento olímpico se inicia com uma série especial, afinal Tóquio 2020 marca o centenário da participação do Brasil em Olimpíadas. Ao todo são 129 medalhas conquistadas na história desde os jogos de 1920 em Antuérpia até a última na Rio 2016, dessas 129 que ganhamos 30 delas foram douradas, 36 prateadas e 63 foram de bronze. E são nossas 30 conquistas douradas que iremos retratar na série especial Brasileiros campeões olímpicos que vai ao ar quinzenalmente às terças feiras até o começo de julho. Pra começar nossa série vamos trazer os campeões do atletismo.
Ao todo foram cinco conquistas no esporte mais nobre das Olimpíadas. E desses cinco ouros, quatro foram em provas de campo e um em prova de pista. Nosso único atleta bicampeão olímpico é Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico do salto triplo nos Jogos de Helsinque (1952) e Melbourne (1956). Adhemar disputou quatro edições dos Jogos Olímpicos. Nos Jogos de Helsinque Adhemar quebrou quatro vezes o recorde mundial da prova que foi de 16,22 m. Em Melbourne Adhemar enfrentou uma terrível dor de dente, mas se tratou e venceu a prova. Ele seria o único atleta bicampeão olímpico até 2004 quando Torben Grael, Robert Scheidt e os jogadores de vôlei Giovane e Maurício conquistaram o bicampeonato olímpico. Os seus saltos inauguraram um legado na modalidade que depois teve nomes como Nélson Prudêncio, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo e Jadel Gregório. Adhemar Ferreira da Silva morreu em 12 de janeiro de 2001 aos 73 anos.
O Brasil voltaria a ter um campeão olímpico em 1984 nos Jogos de Los Angeles. Joaquim Cruz se tornaria o único campeão olímpico do Brasil em provas de pista. Foi na prova dos 800 metros rasos em que ele competiu com grandes nomes da época como o inglês Sebastian Coe, então detentor do recorde. Cruz correu com tranquilidade nas eliminatórias e na semifinal. Na final da prova em 6 de agosto no Coliseu de Los Angeles Cruz partiu pra medalha terminando os primeiros 400 metros em segundo, nos metros finais arrancou e partiu pra conquista com direito à recorde olímpico superando a marca do cubano Alberto Juantorena. O recorde de 1m43s00 durou 12 anos. Cruz ainda competiu nos Jogos de Seul onde conquistou a medalha de prata na mesma prova e em Atlanta onde foi o porta bandeira na cerimônia de abertura. Atualmente morando nos Estados Unidos é técnico da equipe americana de atletismo paralímpico.
24 anos depois o hino do Brasil voltava a ser escutado em uma prova de atletismo. A responsável pela façanha foi Maurren Maggi. A saltadora havia disputado os Jogos de Sydney, mas foi eliminada por conta de lesão, ficou de fora de Atenas pois foi suspensa por uso de clostebol, voltou a competir em 2005 e na noite de 22 de agosto voou alto no Ninho de Pássaro para conquistar a medalha de ouro nos Jogos de Pequim. Logo no primeiro salto Maurren saltou 7m04 e depois torceu para as concorrentes não a superarem. No último salto a russa Tatyana Lebedeva saltou 7m03 e por 1 cm Maurren ganhava a medalha de ouro numa sensacional volta por cima na carreira.
Nosso último campeão olímpico surgiu no dia 15 de agosto de 2016. O saltador Thiago Braz da Silva surpreende o mundo ao vencer a prova do salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O grande favorito era o francês Renaud Lavillenie mas Thiago não se intimidou e empurrado pela torcida que comparecia ao Engenhão ele foi saltando e quando a disputa ficou entre os dois Thiago aplicou o golpe psicológico quando pediu pra aumentar a altura do sarrafo para 6m03. Na primeira tentativa não passou, mas confiante foi pra segunda tentativa e passou pela marca abalando o emocional de Lavillenie que aumentou pra 6m08. Era sua última tentativa depois de queimar duas vezes e Lavillenie foi pro salto sem antes discordar da torcida e ele acabou não passando. Medalha de ouro pro Brasil e recorde olímpico pra Thiago Braz que estará em Tóquio defendendo o título apesar da irregularidade.
A série continua dia 25 de maio com os campeões do judô.
Olá, tudo bem? Tive o prazer de acompanhar in loco a nossa Olimpíada. Tóquio terá que superar toda essa incerteza mundial em que vivemos. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
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