Retrospectiva 2018: O balanço do esporte no ano

A Retrospectiva 2018 prossegue e hoje vamos fazer o balanço do ano esportivo.

MMA: Poucos destaques

Khabib Nurmagomedov é escoltado após confusão na luta contra McGregor e Ronaldo Jacaré acaba com a fama de Chris Weidman

No MMA um ano de poucos destaques, mas só para citar vale destacar a recuperação de José Aldo e a vitória de Ronaldo Jacaré sobre Chris Weidman em novembro além do quebra pau envolvendo Conor McGregor e Khabib Nurmagomedov no UFC 229. 

Tênis: A volta por cima de Djokovic

Novak Djokovic supera lesão e retoma o posto de tenista número 1 do mundo

O ano do tênis ficou marcado pela volta por cima de Novak Djokovic. O sérvio teve um primeiro semestre ruim e chegou a cair para 22º do mundo, mas a recuperação começou em Wimbledon onde voltou à velha forma física depois de ter superado uma lesão passando por Rafael Nadal na semifinal e na decisão se aproveitou do cansaço de Kevin Anderson e venceu fácil. O segundo Grand Slam do ano foi no US Open derrotando Juan Martin del Potro. Nos dois primeiros torneios do Grand Slam o suíço Roger Federer levantou o troféu do Aberto da Austrália, o 20º troféu de Grand Slam da carreira e em Roland Garros Nadal chegou ao seu 11º título no saibro francês onde perdeu apenas um set em toda a campanha. Ele ficou 33 semanas como tenista número 1 do mundo, mas foi superado no fim por Djoko. Nas duplas o Brasil não teve um bom ano e o melhor duplista é Bruno Soares que é o sétimo e Marcelo Melo que é o nono. No ranking da WTA a romena Simona Halep é a número 1 seguido da alemã Angelique Kerber. Nossa melhor brasileira é Bia Haddad que é a tenista de número 187 e entre os homens  o brasileiro mais bem colocado é Thiago Monteiro, número 123. A Copa Davis foi conquistada pela Croácia e este foi o último ano nesse formato. A partir de 2019 a competição muda com sede fixa e formato de grupos.

Ano sem títulos no vôlei

Brasil fracassa nos mundiais com o time masculino chegando ao segundo vice campeonato consecutivo e o time feminino caindo cedo demais

O vôlei em 2018 passou em branco em relação à títulos para a seleção. Tanto no masculino como no feminino não vieram os títulos que tanto esperavam. A seleção masculina dirigida por Renan Dal Zotto era uma das seleções favoritas para vencer o torneio na Itália e na Bulgária. Passou pela primeira fase e perdeu um jogo para a Holanda, na segunda fase passou sem problemas, depois encarou duas pedreiras: venceu de forma épica a Rússia e não tomou conhecimento dos americanos, na semifinal passeou em cima da Sérvia e decidiu o título contra a Polônia na quinta final consecutiva. E como foi em 2014 os polacos fizeram a festa, só que desta vez atropelando o Brasil. O oposto Kurek acabou com o jogo e a Polônia se tornava tricampeã mundial da modalidade deixando o Brasil com a medalha de prata. Já no mundial feminino disputado no Japão o time dirigido por José Roberto Guimarães fez uma campanha de altos e baixos, mas ficou de fora das finais terminando em sétimo lugar na pior campanha desde 2002. O Brasil teve uma primeira fase sem brilho e mesmo assim se classificou em segundo, na segunda fase logo no primeiro jogo uma derrota de virada pra Alemanha deixou as coisas complicadas, depois mesmo tendo vencido o México acabou cedendo um set para elas e o Brasil precisaria vencer a seleção dona da casa por 3 sets a 0 para seguir em frente, mas acabaram perdendo o primeiro set e foram eliminadas. Mesmo fora da briga o Brasil venceu o jogo por 3 sets a 2 sem ter o que comemorar. A Sérvia da atacante Boskovic foi a grande campeã derrotando na final a Itália. Nos torneios de clubes o melhor resultado foi o vice campeonato do Minas no mundial de clubes feminino. Na Liga das Nações, novo nome da antiga Liga Mundial o Brasil terminou em quarto lugar ao perder para os Estados Unidos. A Rússia ficou com o título e no torneio feminino que substituiu o Grand Prix também ficamos em quarto lugar. A seleção americana ficou com o título. Fora das quadras teve polêmica envolvendo a transexual Tiffany que foi contratada pelo time de Bauru e alvo de discussões sobre a entrada ou não de atletas transexuais no esporte. 

Basquete: Golden State segue dominando na NBA 

Paulistano se sagra campeão no NBB e na NBA atropelo do Golden State Warriors de Kevin Durant e Stephen Curry

No basquete 2018 foi um ano de poucas competições. A competição mais importante este ano foi o mundial feminino que foi conquistado mais uma vez pelo time dos Estados Unidos. Já na Copa do Mundo masculina o Brasil deixou escapar a chance de assegurar a classificação pro torneio do ano que vem na China ao perder pro Canadá. No NBB o campeão foi o Paulistano que venceu na final o Mogi na melhor de 5 jogos. Na atual edição Brasília voltou a ter um time de basquete, mas por enquanto amarga as últimas colocações e antes do fim do ano é exposto um racha entre a Liga Nacional de Basquete que organiza o NBB e a Confederação Brasileira de Basquete. Na NBA o Golden State Warriors chegou ao terceiro título nos últimos quatro anos liderados por Kevin Durant e Stephen Curry os Warriors atropelaram o Cleveland Cavaliers e nem o talento de LeBron James parou o time da Califórnia. Após a temporada LeBron se mudou pro Los Angeles Lakers onde vai reerguendo aos poucos a franquia que andava em baixa depois da era Kobe Bryant. 

O desempenho do Brasil nos esportes olímpicos

Prata de Zanetti nas argolas foi a única notícia boa na ginástica brasileira que assiste à denúncias de assédio do médico Fernando Carvalho, Isaquias Queiroz se sagra tricampeão na canoagem, Henrique Avancini faz história no ciclismo e Hugo Calderano é um dos dez melhores mesatenistas do mundo

No mundial de judô realizado em Baku no Azerbaijão o Brasil obteve o pior desempenho desde 2009 conquistando apenas uma medalha de bronze com Erika Miranda que depois do mundial se aposentou dos tatames. No mundial de ginástica artística realizado em Doha no Catar nossa única medalha conquistada foi a prata de Arthur Zanetti nas argolas, mas a notícia do ano foi a revelação das denúncias de assédio sexual por Fernando Carvalho, ex- médico da seleção. Reportagem exibida no Fantástico revelou que 40 atletas foram assediados sexualmente e no fim do ano Fernando foi suspenso por 1500 dias e o COB adotou medidas para combater o assédio e nos Estados Unidos o ex - médico Larry Nassar foi condenado e pegou 125 anos de prisão por ter abusado sexualmente 350 garotos e garotas e uma das vítimas é a multricampeã Simone Biles que voltou a competir este ano. Na canoagem Isaquias Queiroz voltou a ser campeão mundial na categoria C1 - 500 m ratificando o status de melhor canoísta do país e ainda foi campeão junto de Erlon Souza no C2 - 500 m e medalha de bronze no C1 - 1000 m no ano em que perdeu seu treinador, o espanhol Jesús Morlán que faleceu em novembro. Morlan foi um dos responsáveis pelo desempenho de Isaquias que nos jogos do Rio em 2016 conquistou três medalhas olímpicas. Henrique Avancini fez história ao ser o primeiro campeão mundial no Mountain Bike pela categoria cross - country maratona, que não é modalidade olímpica. E no tênis de mesa Hugo Calderano se tornou o primeiro mesatenista do Brasil a chegar à final do Circuito Mundial e figurar entre os dez melhores do mundo com o sexto lugar no ranking além de ficar com a medalha de bronze no Grand Finals. Os Jogos Olímpicos de Inverno foram disputados em Pyeongchang onde as duas Coreias se reaproximaram e o Brasil segue engatinhando pois disputamos 5 modalidades e o melhor desempenho foi a participação da patinadora Isadora Williams que foi a 24ª na patinação artística. 

Brasil conquista dois ouros no mundial de piscina curta na China

No mundial de natação em piscina curta disputado na China o Brasil conquistou oito medalhas sendo duas de ouro com Nicholas Santos de 38 anos, ouro nos 50 m borboleta e no revezamento 4 x 200 livres com direito à recorde mundial e César Cielo obteve sua 18ª medalha em mundiais com o bronze do revezamento 4 x 100 livre masculino. Na maratona aquática Ana Marcela Cunha brilhou e conquistou mais um título mundial no circuito.

NFL: Philadelphia sobra no Super Bowl

O quarterback Nick Foles ergue o troféu Vince Lombardi: jogador foi decisivo na conquista do Eagles em cima dos Patriots de Tom Brady

Na 52ª edição do Super Bowl quem brilhou foi o Philadelphia Eagles do quarterback Nick Foles que derrotou na decisão o New England Patriots de Tom Brady. Foles foi eleito o MVP da partida com 373 jardas e 3 passes para touchdowns além de marcar um touchdown.

FATO DO ANO: Brasil impõe nova ordem no surfe com o bicampeonato de Gabriel Medina

Gabriel Medina comemora a conquista do título na praia de Pipeline em ano onde o Brasil atropelou vencendo 9 das 11 etapas do circuito

Em 2018 não teve pra ninguém no surfe. O Brasil atropelou e venceu 9 das 11 etapas do Circuito Mundial impondo uma nova ordem mundial na modalidade. Se antes quem dominava eram americanos, australianos e atletas do Havaí, agora quem manda é a Brazilian Storm liderada por Gabriel Medina que chega ao bicampeonato mundial. A Tempestade brasileira recuperou a hegemonia depois dos dois anos de reinado de John John Florence que este ano não competiu por conta de uma lesão. E começou logo com a vitória de Italo Ferreira na etapa de Bells Beach, antes Julian Wilson venceu na Gold Coast. A etapa de Margaret River teve de ser transferida para Uluwatu por conta do ataque de tubarões e o surpreendente William Cardoso venceu. Em Saquarema no Rio a festa brasileira foi garantida com a vitória de Filipe Toledo que ainda venceria a etapa de Jeffery's Bay na África do Sul. Italo Ferreira ainda venceria em Bali e Peniche. Gabriel Medina então começou a arrancada pro título vencendo a etapa do Taiti e na piscina natural de Kelly Slater em Surf Ranch. Julian Wilson venceu na etapa de Hossegor e adiou a conquista de Medina pra última etapa em Pipeline. E foi em Pipeline que a história voltou a ser escrita. Gabriel Medina foi perfeito e passando por todas as baterias até chegar à final como campeão e para coroar a brilhante temporada o inédito título do Pipe Masters. Festa brasileira no Havaí com a segunda conquista de Medina. E ainda teve o título de Jessé Mendes que foi campeão da Tríplice Coroa Havaiana.

A retrospectiva faz uma pausa pro Natal e volta na quarta relembrando a Copa do Mundo na Rússia.