Personagens das Copas: Quiroga, goleiro de um dos mais escandalosos jogos da história das Copas

A série Personagens das Copas traz hoje o goleiro Quiroga.

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Ramón Quiroga antes de ser goleiro foi jogador de linha no Rosário Central da Argentina, país natal e trocou de posição virando goleiro. Em 1973 foi para o Sporting Cristal do Peru, país que virou sua segunda pátria. Em 1978 a Copa do Mundo foi na Argentina e Quiroga jogou o mundial com a camisa da seleção peruana. Naquele mundial o Peru ainda tinha resquícios de um grande time e na segunda fase caiu num grupo com Brasil, Polônia e a seleção anfitriã. A última rodada daquela fase foi disputada em 21 de junho com Brasil e Polônia e Argentina e Peru. A situação era a seguinte: Brasil e Argentina duelavam pra ver quem seria finalista e o Brasil estava em melhor situação no saldo de gols depois do empate sem gols em Rosário. O Brasil venceu a Polônia em Mendoza por 3 x 1 e estava se classificando pra final. Pra Argentina passar pra decisão tinha de golear o Peru por quatro gols de diferença e foi aí que entra em cena nosso personagem. Quiroga foi muito mal e cometeu inúmeras falhas. Resultado: A Argentina goleou por 6 x 0, bem mais do que precisava e foi pra final onde seria campeã pela primeira vez num jogo que foi o mais escandaloso da história das Copas. Quiroga foi profundamente marcado pelos gols tomados e resolveu encarar o bombardeio de críticas de peito aberto. Jogou a Copa de 1982, mas o Peru não passou da primeira fase. Depois de jogar em seis clubes e ganhar cinco títulos encerrou a carreira em 1986 e tentou ser treinador no Universitário e no Cienciano, mas não obteve êxito.  

Breve histórico da Copa do Mundo de 1978 - disputada entre 1 e 25 de junho nas cidades de Buenos Aires (dois estádios - José Amalfitani e Monumental de Nuñez), Córdoba, Mar del Plata, Mendoza e Rosário.
  • Campeã: Argentina - jogando em casa a seleção argentina ganhou seu primeiro título num torneio marcado por inúmeras falhas de organização, mas festivo pra ditadura militar. Foram quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota
  • Vice campeã: Holanda. Sem o astro Cruyff a Laranja Mecânica perdeu sua segunda final seguida
  • Brasil: O time treinado por Cláudio Coutinho tentou trazer inovações como overlapping e ponto futuro e terminou a Copa sem perder um jogo ficando em terceiro lugar se autointitulando campeão moral, mas a torcida não aceitou essa posição. 
  • Países participantes: 16. Foi a última edição de um mundial com esta quantidade de países.
  • Gols: 102 - média de 2,68 por partida
  • Jogos: 38
  • Artilheiro: Mário Kempes (Argentina) - 6 gols
A série prossegue no sábado com Paolo Rossi, o carrasco que em 1982 acabou com o sonho de uma seleção que encantou o mundo na Espanha.

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