Ayrton Senna do Brasil: 20 anos de saudades

Kleber Nunes
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Curva Tamburello, em Ímola, vira palco de homenagens a Ayrton Senna (Foto: Felipe Siqueira)

Há 20 anos em 1º de maio de 1994 o mundo da Fórmula 1 e os brasileiros viveram seu maior drama com a morte de Ayrton Senna do Brasil. Aquele fim de semana em Ímola estava carregado de energias negativas. Primeiro, o acidente com Rubens Barrichello nos treinos da sexta, depois a morte do austríaco Roland Ratzenberger. Existia um clima de preocupação e tensão e Senna estava sob pressão, pois vinha de duas corridas sem marcar pontos. A corrida em Ímola começou mal, logo um acidente entre Pedro Lamy e J.J Lehto ocasionou a intervenção do safety car por cinco voltas. Quando a corrida recomeçou Senna pulou pra ponta seguido de Michael Schumacher. Ele completava a volta na liderança. Quando começava a sétima volta ocorre o acidente fatal. Senna passou reto e bateu forte no muro da curva Tamburello à 220 km/h. A barra de direção quebrou quando ia fazer a tomada da curva e com o impacto o braço da suspensão atingiu o capacete do piloto no local exato entre a viseira e a vedação de borracha. Senna foi atingido acima do supercílio direito e sofreu traumatismo craniano. Levado ao Hospital Maggiore, Senna morreu quatro horas depois, mas na verdade ele acabou morrendo na pista, aliás aquela corrida nem deveria ter acontecido. A lei italiana dizia que se um piloto morresse na pista, a corrida não seria realizada, ou seja quando Ratzenberger morreu na pista a corrida deveria ser suspensa, mas o poder do dinheiro falou mais alto e a prova foi realizada.

A morte de Ayrton Senna marcou também uma revolução na segurança na Fórmula 1. Depois de Ímola nenhum piloto morreu nas pistas tamanha a evolução da segurança. Medidas foram adotadas e muitos acidentes fatais foram evitados: o cockpit ficou menos exposto, a adoção do HANS, colar cervical que protege o pescoço, reforço estrutural dos chassis, ampliação das áreas de escape das pistas, modernização e padronização dos hospitais e centros médicos dos autódromos. Esse foi o maior legado deixado por Senna na Fórmula 1. Foram 161 corridas com 41 vitórias, 65 poles e três títulos mundiais em uma carreira brilhante que foi bruscamente interrompida numa curva. 20 anos depois fica a saudade e as lições de um brasileiro que nos fazia sentir alegres a cada manhã de domingo com suas vitórias e sua determinação.

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