Brasil perde o talento de José Wilker

Juan Guerra/Estadão

O Brasil perde neste sábado um dos maiores atores e um amante fervoroso da sétima arte. José Wilker morreu na manhã de hoje vítima de um infarto fulminante aos 66 anos. Wilker estava na casa de sua namorada, a jornalista Cláudia Montenegro quando se sentiu mal e nem teve tempo de ser hospitalizado. Cearense de Juazeiro do Norte, José Wilker de Almeida nasceu em 1947 e logo cedo se mudou para Recife. Aos 13 anos fez seu primeiro trabalho como figurante, logo depois inicia uma carreira brilhante no teatro, cinema e televisão. Primeiro no Movimento de Cultura Popular, depois se muda pro Rio de Janeiro onde chegou a fazer a faculdade de sociologia, mas a dedicação pelo teatro falou mais alto. Sua primeira novela foi Bandeira 2, de Dias Gomes exibida em 1971. Em 1975 foi um dos destaques da primeira versão de Gabriela no papel do coronel Mundinho Falcão. Outro personagem memorável foi Rodrigo na primeira versão de Anjo Mau, de 1976. Ao todo foram 29 novelas. Dentre os personagens mais marcantes destaque para Roque Santeiro, de 1985, escrita por Dias Gomes onde foi o personagem central da trama que havia sido censurada dez anos antes e que voltou em plena Nova República, o bicheiro Giovanni Improtta em Senhora do Destino, de 2004 que conquistou o público com os bordões Felomenal e O tempo ruge, a Sapucaí é grande e que virou filme e na minissérie JK de 2006 deu vida ao ex- presidente Juscelino Kubitschek e no remake de Gabriela como Coronel Jesuíno criou o bordão Hoje eu vou te usar. Dirigiu as novelas Louco Amor e Transas e Caretas além do humorístico Sai de Baixo. Teve uma rápida passagem na extinta TV Manchete entre 1987e 1988. O seu último trabalho foi em Amor à vida no papel de Herbert. No cinema atuou nos filmes Dona Flor e seus dois maridos no papel de Vadinho, O Homem da Capa Preta, Guerra de Canudos e Bye Bye Brasil. Por ser um amante do cinema foi crítico de cinema e comentou o Oscar durante vários anos. Foi casado com as atrizes Reneé de Vielmond, Mônica Torres e Guilhermina Guinle. Deixa as filhas Mariana e Isabel. Uma grande perda para nossa dramaturgia, assim muitos artistas que trabalharam com Wilker repercutiram sua morte nas redes sociais. Ainda não foi marcado o velório e o enterro. As nossas condolências à José Wilker.

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1 Comentários

Jurandir Dalcin disse…
Triste notícia e grande perda :(

#JDC: jurandirdalcincomenta.blogspot.com.br