MPB mais pobre com a morte de Altamiro Carrilho



O Brasil perdeu nesta quarta feira um de seus maiores instrumentistas. Dominando a flauta como ninguém, Altamiro Carrilho se tornou uma das lendas da MPB graças a uma extensa obra com mais de 200 composições registradas em 100 discos gravados em 75 anos de carreira. Nos anos 40 e 50 gravou com artistas como o sambista Moreira da Silva e se tornou parceiro de Pixinguinha. Em 1955 lança a Bandinha de Altamiro Carrilho e um de seus discos vendeu a quantia de 1 milhão de cópias, vendagem exagerada para a época. Nos anos 60 passou a gravar discos relevantes para o choro e ao mesmo tempo se tornou requisitado para gravações especiais com os artistas da MPB como Ney Matogrosso, Chico Buarque, Roberto Carlos, Elis Regina, Caetano Veloso, Gilberto Gil entre outros. Em mais de sete décadas, Altamiro Carrilho se tornou referência em flauta e impressionante domínio do instrumento seja tocando peças eruditas como peças populares. Como instrumentista diversificou a pluralidade de sons sintetizando várias escolas em uma só. Nesta quarta, Altamiro Carrilho nos deixou, aos 87 anos vítima de câncer. No mês passado foi internado com enfisema pulmonar. O velório e o enterro será nesta quinta feira na cidade de Santo Antônio de Pádua.

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