30 anos sem Elis Regina



Há exatos 30 anos uma mistura fatal de bebida alcoólica e overdose de cocaína silenciou para sempre a voz de uma das maiores cantoras que o Brasil já produziu. Elis Regina é considerada pelos críticos uma unanimidade como intérprete e a maioria das cantoras admira seu estilo histriônico e presença de palco impactante, a Pimentinha, apelido dado pelo poeta Vinícius de Moraes escreveu seu nome na história da música popular brasileira demonstrando sensações contrárias em uma mesma música. Dentre seus maiores sucessos, destacam - se Madalena, Como Nossos Pais, O Bêbado e a Equilibrista, Arrastão e parcerias inesquecíveis com Tom Jobim em Águas de Março, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Aldir Blanc, João Bosco entre outros. Um de seus shows, Falso Brilhante de 1976 é considerado pela crítica como um dos espetáculos mais bem sucedidos da carreira. Forte crítica da ditadura militar, Elis Regina se engajou pelas causas políticas e a música O Bêbado e a Equilibrista virou o hino da anistia. A canção falava da volta de exilados políticos que voltavam ao país como o sociólogo Herbert de Souza, irmão do cartunista Henfil. Em janeiro de 1982 sua voz se calou pra sempre. Foi casada com Ronaldo Bôscoli e César Camargo Mariano sendo mãe de João Marcelo Bôscoli, sócio da gravadora Trama e de Pedro e Maria Rita. Ambos seguem carreira musical. Maria Rita é segundo os críticos a que mais se aproxima da voz de Elis. Passados 30 anos o país sente saudade.

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