Na noite desta sexta-feira a Editora Três anunciou aos jornaleiros que as revistas Istoé e Istoé Dinheiro deixarão de ser publicadas no formato impresso ficando apenas no meio digital. No comunicado divulgado a explicação pra decisão tomada foi a de que muitos jornais e revistas deixaram o impresso por conta da pandemia e da queda na circulação, é óbvio, mas também por questões financeiras, já que a editora enfrenta dois processos de recuperação judicial e um processo movido pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro por danos morais. Fundada em 1976 pelo argentino Domingo Alzugaray a revista foi lançada inicialmente em periodicidade mensal passando a ser semanal em março de 1977, depois foi vendida pro grupo Caminho Editorial e passou pela Gazeta Mercantil até ser readquirida pela Três em junho de 1988 e fez fusão com a revista Senhor se tornando Istoé Senhor até 1992 quando voltou a ser apenas Istoé. Domingo Alzugaray faleceu em 2017 e a editora entrou em parafuso com a venda do galpão onde fica a gráfica e o portal que foi vendido em 2022. Já fui leitor, colecionei em alguns períodos, mas a partir de 1995 passei a colecionar com frequência até a desgraça de 2002, voltei a colecionar em 2008 quando me tornei assinante pela primeira vez e na época foi lançada a gramática adaptada ao novo acordo ortográfico que tenho até hoje e recebi os exemplares no antigo local de trabalho assinando por um ano, depois voltei a comprar em banca e foi lançado o Dicionário Sacconi (também tenho até hoje) até voltar a assinar novamente em 2010 e foram dois anos como assinante, aí voltei a comprar regularmente em banca e em 2016 assinei pela última vez e ainda comprei em banca esporadicamente por mais dois anos até que enfrentei dificuldades e me desfazer da coleção em 2022. O seu fim e a migração pro digital reforçam o que disse há um mês no último resumo das semanais quando falei que Istoé e Veja não eram mais as mesmas e se quiserem competir com Crusoé e Oeste que são revistas 100% digitais ou migrasem pro digital ou desapareceriam de vez e ontem falei que a revista tinha definhado e circular com apenas 50 páginas. Agora só restam Carta Capital e a Veja, mas do jeito que a Abril é cabeça dura duvido se a editora vai acabar com a revista impressa nesse ano.
Revista Istoé chega ao fim no impresso
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sábado, janeiro 25, 2025
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