Seguindo com a retrospectiva vamos agora destacar o que foi notícia aqui no Brasil.
Brasil enfrenta epidemia de dengue
2024 começou com uma preocupação. O aumento dos casos de dengue nos primeiros dias do ano assustou o Brasil. O governo lançou em fevereiro o programa de vacinação ao mesmo tempo que o número de casos só crescia. Em um só dia houve registro de 50 mil casos e ao todo este ano o Brasil registrou 2,3 milhões de casos e 800 pessoas morreram. Em julho surgiu a febre oropouche que registrou mais de 7 mil casos com quatro mortes.
Joca, vítima de negligência e erro logístico
Num dos tristes fatos registrados este ano tivemos em abril a morte do cachorro Joca da raça golden retriewer. Joca deveria se encontrar com seu tutor João Fantazzini em Sinop no Mato Grosso, mas um erro operacional de logística da companhia aérea Gol fez com que o animal fosse parar em Fortaleza, oito horas depois retornava morto a São Paulo. O inquérito apontou que Joca morreu por desidratação e estresse e o caso foi arquivado. Em outro caso envolvendo animais também em abril a escritora Roseana Murray sobreviveu a um ataque feroz de três cães da raça pitbull e ficou 13 dias internada. Ela teve o braço direito e parte da orelha amputados além de ter o rosto reconstruído.
O caso da mulher que vilipendiou o próprio tio
Um fato difícil de acreditar aconteceu em abril. Erika Vieira Souza Nunes foi tentar fazer o saque de um empréstimo no banco no valor de R$ 17 mil e levou o seu tio Paulo Roberto Braga numa cadeira de rodas, mas ele já estava morto ao chegar no guichê da agência bancária. Erika foi acusada de cometer crime de vilipêndio de cadáver e tentativa de fraude sendo presa em flagrante.
Alta velocidade e morte, mistura perigosa
Dois casos tristes envolvendo carrões em alta velocidade e pessoas inocentes marcaram o ano. Em março o Porsche conduzido por Fernando Sastre colidiu com um carro conduzido por um motorista de aplicativo que morreu. Sastre guiava o carro a uma velocidade de 156 km/h. Em julho um outro caso e também envolvendo Porsche terminou em tragédia com a morte do motoqueiro Pedro Kaique. Uma briga de trânsito motivou a perseguição e Pedro foi atingido pelo carro em alta velocidade.
Vítimas da indústria da beleza a qualquer custo
A busca pra ficar bonito a qualquer custo leva três pessoas a morte em 2024. Em junho o empresário Henrique Chagas morre durante processo de aplicação de peeling de fenol. A influenciadora Natália Becker é acusada de executar o processo sem conhecimento e é indiciada por homicídio doloso, em julho a influencer Aline Ferreira morre após aplicação de PPMA nos glúteos. Ela se submeteu a aplicação em Goiânia e a empresária Grazielly da Silva Barbosa é presa pois ela é acusada de cometer 9 crimes e a clínica foi interditada e em novembro houve a morte de Paloma Lopes Alves num processo de hidrolipo em São Paulo. Ela passou mal, foi socorrida mas chegou ao hospital sem vida.
A fuga de presos que durou 50 dias
Num caso que deu o que falar dois presos conseguiram fugir do presídio de segurança máxima de Mossoró e depois foram recapturados. Os bandidos fugiram em 14 de fevereiro e a caçada durou 50 dias quando os dois foram recapturados em Marabá no estado do Pará.
Os excessos de violência que castigaram o país
A violência no Rio de Janeiro continuou e em 2024 tivemos dois casos que chamaram a atenção. Em março um homem sequestrou um ônibus na rodoviária Novo Rio na região central da cidade e por três horas fez vários passageiros reféns e duas pessoas foram baleadas, uma delas em estado grave. O sequestrador se entregou horas depois. Em outubro três pessoas morreram e sete ficaram feridas num tiroteio entre traficantes e policiais na Avenida Brasil que durou 2 horas, em novembro o menino Ryan da Silva Andrade de 4 anos morreu em confronto na cidade de Santos e em dezembro a médica Giselle Mendes de Sousa e Mello que era capitã da Marinha morre vítima de bala perdida e a jovem Juliana Rangel é baleada por policiais rodoviários quando iria pra ceia de Natal. Ainda sobre violência o Ceará tem em junho uma onda de violência que culmina na morte de 12 pessoas que foram fuziladas em duas chacinas. Em dezembro a violência em excesso por policiais militares em São Paulo chocou o país. Cenas de um policial jogando um homem do alto de uma ponte e de um outro dando um mata leão em uma idosa revoltam a população e o governador Tarcísio de Freitas se desculpa pelos erros dos policiais. O STF determinou então a obrigatoriedade do uso das câmeras corporais pelos PMs e com gravação ininterrupta.
Homem que delatou o PCC é morto em queima de arquivo
No dia 8 de novembro Antônio Vinícius Gritzbach foi executado à luz do dia e a queima roupa levando dez tiros de fuzil por homens suspeitos de pertencer ao PCC. Ele foi o delator dos esquemas da facção criminosa e a polícia investiga a autoria que pode ter sido da facção e o caso é tratado como queima de arquivo.
O laboratório que contaminou órgãos
Em outubro um caso absurdo chocou os brasileiros. A descoberta de que seis pessoas foram contaminadas com órgãos que contém o vírus HIV faz com que o laboratório PCS Saleme de Nova Iguaçu seja interditado. É o primeiro caso envolvendo transplante de órgãos registrado na história do país. Todos os envolvidos foram indiciados em três crimes e depois foram soltos.
Indenização bilionária pras vítimas de Mariana
Quase dez anos depois do desastre em Mariana as empresas Samarco e Vale chegaram a um acordo de indenização com o governo no valor de R$ 170 bilhões. O acordo saiu depois de três anos de discussões e tratativas. 19 pessoas morreram no desastre que ocorreudevido ao rompimento da barragem de rejeitos de mineração que teve impactos ambientais e contaminaram o Rio Doce e foram até o Oceano Atlântico.
Tragédia nos céus: 62 pessoas morrem na queda de avião em Vinhedo
Sexta feira, 9 de agosto. O avião da companhia aérea VoePass com 62 pessoas saía de Cascavel com destino ao aeroporto de Guarulhos, mas não chegou a seu destino. Faltavam poucos quilômetros para chegar ao destino quando o avião perde velocidade e cai em um condomínio na cidade de Vinhedo matando todos os 62 passageiros. Uma outra tragédia aérea abalou o país no final do ano com a morte de 10 pessoas na queda de um avião de pequeno porte em Gramado no Rio Grande do Sul.
Tivemos também mortes nas estradas: em setembro três atletas do time de futebol americano Coritiba Crocodilers morreram quando o ônibus tombou em uma estrada na Serra das Araras, em outubro 9 atletas da equipe de remo de Pelotas morreram em acidente com uma van e uma carreta, em novembro 18 pessoas morreram e 30 ficaram feridas na queda de um ônibus numa ribanceira na Serra da Barriga em Alagoas e em dezembro ocorre a maior tragédia em rodovias nos últimos 18 anos com 41 mortos na colisão de um ônibus, uma carreta e um carro na perigosa BR-116 nas proximidades de Teófilo Otoni em Minas. Ainda em dezembro a queda de uma ponte na divisa dos estados de Tocantins e do Maranhão mata 10 pessoas e deixa 7 desaparecidos.
A enchente que feriu o orgulho do povo do Rio Grande do Sul
Entre abril e maio o Rio Grande do Sul sofreu com a tragédia das cheias. A maior enchente da história afetou 471 cidades a partir de 29 de abril, matou 189 pessoas e mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas com a cheia e o Rio Guaíba subiu 5,43 m, a maior desde 1941. A população brasileira se mobilizou e formou uma gigantesca rede de solidariedade pra ajudar as vítimas das enchentes e o aeroporto Salgado Filho foi completamente inundado só voltando a operar em outubro depois de 171 dias com voos em pequenos trajetos. Um dos símbolos da enchente foi o cavalo Caramelo. O animal passou vários dias ilhado se tornando símbolo da resistência sendo resgatado e depois adotado pela Ulbra já que o antigo tutor perdeu a guarda por maus tratos. Ainda sobre chuvas tivemos temporais que castigaram São Paulo e em outubro quatro pessoas morreram e duas desapareceram em um temporal que deixou mais de 100 mil móveis sem luz por vários dias. A Enel corre o sério risco de perder a concessão.
O Brasil arde na onda de queimadas
Após as cheias veio a onda de queimadas. Entre agosto e setembro o Brasil ardeu em chamas com a série de incêndios florestais, principalmente na região da Amazônia que teve aumento de 132% no número de focos de incêndios. As queimadas castigaram o país e a fumaça levou a baixas taxas de umidade relativa do ar em 12 estados. Em agosto um incêndio na Chapada dos Veadeiros destruiu quase 500 hectares, houve vendavais e até nuvem de fumaça negra causada por excesso de fuligem. São Paulo passou cinco dias tendo o ar mais irrespirável do país em setembro.
Brasília tem ano de seca histórica
E Brasília? A capital do país teve em 2024 o recorde histórico de estiagem quebrado. Foram 168 dias sem uma gota d'água superando a marca de 1963. Além disso foi registrado o índice mais baixo de umidade relativa do ar da história, 7% registrado em 3 de setembro e houve um incêndio criminoso na Floresta Nacional (Flona), o pior em 10 anos que destruiu mais de 2500 hectares, menos de 50% da área da unidade de conservação.
A seguir destacaremos o que foi notícia no cenário internacional.
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