A segunda e última noite de desfiles no Rio foi marcada pela temática negra presente em quase todas as escolas.
Alexandre Cassiano, Fábio Rossi e Domingos Peixoto (2)/Ag. O Globo
A Mocidade Independente de Padre Miguel contou na avenida a influência do caju na cultura brasileira. A escola por pouco não estourou o tempo de desfile por conta de problemas no carro abre alas. A Portela trouxe a importância do afeto e da ancestralidade feminina. A autora do livro Um defeito de cor Ana Maria Gonçalves veio em um dos carros alegóricos, a Unidos de Vila Isabel reeditou um enredo de 1993 trazendo a mensagem sobre o mal que o ser humano pode fazer na terra destacando que a salvação está nas crianças, homenageando Alcione que comemora 50 anos de carreira a Estação Primeira de Mangueira levantou a Sapucaí e a Marrom chegou a puxar o samba por alguns minutos, a Paraíso do Tuiuti falou sobre João Cândido, almirante negro líder da Revolta da Chibata e que foi representado por Max Angelo dos Santos, entregador que foi chicoteado em abril do ano passado e no último carro casos recentes de racismo foram relembrados. Fechando os desfiles a Unidos do Viradouro apostou nas crenças voduns dos povos africanos e na força das mulheres guerreiras.
O jornal O Globo através do prêmio Estandarte de Ouro escolheu os melhores do carnaval e a Portela ficou com o Estandarte de Ouro de melhor escola, a Imperatriz levou cinco prêmios: melhor ala, mestre-sala, porta-bandeira, puxador e samba enredo, a Viradouro levou o prêmio de melhor comissão de frente, a Mangueira ficou com o prêmio de melhor bateria e mestre Paulo da Porto da Pedra foi a revelação. A grande campeã será conhecida nesta quarta-feira com a apuração.
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