A Bela do Domingo: Flávia Alvarenga

Uma terça feira histórica pro Brasil que conquista quatro medalhas e o terceiro ouro nesta olimpíada num dia que o futebol garante a terceira final seguida e vai em busca do bicampeonato olímpico. 

Bicampeãs na vela: Martine e Kahena repetem a dose

Jonne Roriz/COB e CJ Gunther/EFE

Valeu a espera de um dia e não teve vento ruim pra uma dupla que entra pra história do esporte brasileiro mais uma vez. Martine Grael e Kahena Kunze apostaram numa estratégia ousada que deu certo na regata final da 49erFX aproveitando as condições climáticas e sem esbarrar nas rivais e foi dessa maneira que a dupla conquistou a segunda medalha de ouro seguida ao chegar na terceira posição, mais que o suficiente pra assegurar mais um triunfo da vela que chega à 19ª medalha ficando atrás do judô. Essa foi a 9ª medalha da família Grael e pai e filha tem dois ouros olímpicos cada. E o Brasil pode obter outra medalha ainda na vela feminina com Fernanda Oliveira e Ana Barbachan que venceram a última regata e vão disputar a medal race da 470 que acontece na próxima madrugada. Elas ocupam o quinto lugar geral, já na 470 masculina a dupla brasileira não se classificou pra medal race e terminou na 14ª posição e na Nacra 17 o barco brasileiro terminou em 10º lugar a medal race e ficou com a mesma posição no geral.

Gaspar Nóbrega e Wander Roberto/COB

O boxe brasileiro vai muito bem obrigado e nesta terça garantiu sua terceira medalha nesta olimpíada. Beatriz Ferreira venceu a uzbeque Kodirova e assegurou no mínimo a medalha de bronze na categoria até 60 kg. Já Wanderson Oliveira perdeu pro bicampeão mundial Andy Cruz em duelo duro e que foi vencido pelo cubano em decisão unânime. Já Abner Teixeira ficou com a medalha de bronze ao perder pro cubano Julio Cruz. 

Wagner Carmo/CBAT e Gaspar Nóbrega/COB

Um dia histórico pro atletismo brasileiro com duas medalhas de bronze. A primeira libertou o país que há 33 anos não ganhava uma medalha em provas de pista e coube à Alison dos Santos, o Piu quebrar o jejum. Numa prova histórica ele conquistou a medalha de bronze dos 400 m com barreiras cravando o tempo de 46s72, tempo que daria pra ele a medalha de ouro na Rio 2016. O norueguês Karsten Warholm ficou com o ouro quebrando o recorde mundial baixando o tempo pra 45s94. 

Alekzandra Szmiguiel/Reuters, Gaspar Nóbrega/COB e AFP

O segundo bronze do dia foi de Thiago Braz. Nosso campeão olímpico na Rio 2016 conquistou a medalha de bronze no salto com vara depois de ter um ciclo irregular cheio de lesões e desempenhos ruins, mas mostrou que não foi campeão olímpico à toa. Thiago saltou 5,87, sua melhor marca no ano e ficou com o bronze. O ouro ficou com o fenômeno sueco Armand "Mondo" Duplantis e a prata com o americano Christian Nielsen. É a segunda medalha olímpica seguida do saltador que se junta à Adhemar Ferreira da Silva, Nélson Prudêncio e João do Pulo na galeria dos atletas que ganharam duas medalhas em provas de campo. Ainda no atletismo Darlan Romani garantiu um lugar na final do arremesso de peso ao arremessar 21,31 na segunda tentativa de qualificação, nos 110 m com barreiras Rafael Pereira e Gabriel Constantino se classificaram pra semifinal enquanto Eduardo Rodrigues ficou na eliminatória. 

Getty Images

O vôlei masculino do Brasil vai brigar por medalhas mais uma vez. A seleção bateu os donos da casa por 3 sets a 0 (25/20, 25/22 e 25/20) e vai enfrentar o time do Comitê Russo na semifinal tendo a chance de devolver a derrota na fase de grupos. 

AFP e Lucas Figueiredo/CBF

E o futebol masculino do Brasil vai brigar pelo bicampeonato olímpico. Num jogo que não teve gol nos 90 minutos e na meia hora de prorrogação a vaga pra final veio nos pênaltis e o goleiro Santos teve seu dia de Taffarel pegando uma cobrança. O Brasil venceu o México por 4 x 1 nos pênaltis e vai enfrentar a Espanha que venceu o Japão com gol de Asensio na prorrogação. O palco da final é o estádio de Yokohama, nosso amuleto onde ganhamos o penta e será no sábado de manhã.

Petros Giannakouris/AFP

Mas nem tudo foi alegria nesta terça feira. No vôlei de praia feminino o Brasil deu adeus à disputa com a derrota de Rebeca e Ana Patrícia para as suíças Verge- Depre/Heidrich por 2 sets a 0 e desde 1996 é a pior campanha do vôlei de praia feminino na história. Ficou nas mãos de Alison e Álvaro Filho honrar a história da modalidade.

José Mendez/EFE

Na canoagem de velocidade Isaquias Queiroz e Jacky Goodman terminaram a final do C2 1000 m na quarta posição. Eles tentaram, mas ficaram de fora do pódio. A medalha de ouro foi pra Cuba com a China ficando com a prata e o bronze para a Alemanha. Isaquias ainda tem chance de medalha no C1 1000 m.

Lindsey Wasson/Reuters

Na despedida da ginástica artística Simone Biles voltou a competir e ficou com o bronze na trave de equilíbrio. A brasileira Flávia Saraiva terminou na sétima posição. 

Na luta olímpica Laís Nunes foi eliminada pela búlgara Taybe Yusein que não foi adiante. No hipismo Yuri Mansur se classificou pra final do salto e Marlon Zanoteli acabou eliminado.

Gregory Shamus/Reuters

E foram definidas as semifinais do basquete masculino. Os Estados Unidos escaparam de uma humilhação e viraram pra cima da Espanha que é a atual campeã mundial vencendo seu jogo por 95 x 81 e enfrentarão a Austrália que atropelou a Argentina por 95 x 59. A outra semifinal será entre França e Eslovênia de Luka Doncic. 

Quadro de medalhas

POSIÇÃO					Total
1º China		32	21	16	69
2º Estados Unidos		24	28	21	73
3º Japão		19	6	11	36
4º Austrália		14	4	15	33
5º Comitê  Olímpico  Russo		13	21	18	52
6º Grã- Bretanha		13	17	13	43
18º Brasil		3	3	8	14

Click olímpico do dia

Reuters

Nosso click de hoje é dedicado à duas velejadoras que voltaram a escrever o nome do Brasil na história com mais uma conquista dourada. Martine Grael e Kahena Kunze, a vocês nosso muito obrigado.