Dando sequência à série sobre os brasileiros campeões olímpicos em 100 anos de participação olímpica vamos trazer hoje os campeões solitários nos outros esportes.
Logo na nossa primeira participação olímpica nos jogos de 1920 na Antuérpia o Brasil já estreou tendo o nosso primeiro campeão olímpico, o atirador Guilherme Paraense. Ele venceu a prova de tiro rápido, a nossa única medalha de ouro na história do tiro esportivo. Ele ainda ganhou a medalha de bronze por equipe na mesma olimpíada. O Brasil ainda ganhou prata com Afrânio Costa e quase um século depois o país voltaria a ganhar medalha no esporte com a prata de Felipe Wu na Rio 2016.
O cavaleiro Rodrigo Pessoa é um dos maiores nomes do hipismo mundial. Filho do lendário Nélson Pessoa foi tricampeão mundial e ganhou três medalhas olímpicas, duas por equipes. Nos Jogos de Sydney em 2000 ele era a última esperança de ganhar a medalha de ouro e liderava a prova individual de saltos. Bastava ele zerar o percurso e garantir a medalha, mas a montaria Baloubet du Rouet derrubou logo de cara um obstáculo e quando tentou passar por outro obstáculo acabou refugando. A desclassificação tirou o ouro certo. A redenção viria nos jogos de Atenas em 2004. Mesmo não sendo favorito Rodrigo obteve a medalha de prata que acabou virando medalha de ouro, pois o irlandês Cian O'Connor foi desclassificado por doping e Rodrigo herdou o ouro. Aos 48 anos ele estará em Tóquio onde disputará sua sétima Olimpíada depois de ter sido preterido nos jogos do Rio e treinar a equipe da Irlanda fazendo parte da equipe de saltos.
Antes de César Cielo a natação brasileira conquistou medalhas de prata e bronze com Manuel dos Santos, Ricardo Prado, Gustavo Borges e Fernando Scherer. Todos chegaram perto de serem campeões olímpicos, mas só Cielo chegou lá. Nos jogos de 2008 em Pequim Cielo voou baixo no Cubo D'Água. Primeiro ganhou a medalha de bronze nos 100 m livre e depois foi com tudo nos 50 m, a prova mais rápida da natação. E o ouro veio com direito a recorde olímpico: 21s30. No ano seguinte recorde mundial na era dos supermaiôs que depois foram banidos. Ele ainda conquistaria em Londres a medalha de bronze na mesma prova dos 50 m livre, depois acabaria ficando fora na Rio 2016 e agora em Tóquio não estará competindo e sim comentando pelo microfone da Globo onde será comentarista no Time de Ouro.
A ginástica brasileira até os jogos de Londres em 2012 jamais ganhou medalha e a escrita foi quebrada por Arthur Nabarrete Zanetti que se tornou o único campeão olímpico na modalidade. Naquele dia 6 de agosto de 2012 ele conquistou a medalha de ouro nas argolas superando o então campeão mundial Chen. Quatro anos depois no Rio ele conquistou a medalha de prata sendo superado pelo grego Petrounias. Em Tóquio ele vai em busca da terceira medalha seguida nas argolas.
O boxe brasileiro antes de Robson Conceição havia ganho quatro medalhas olímpicas, uma de prata com Esquiva Falcão e três bronzes com Servilio de Oliveira, Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão. No dia 16 de agosto de 2016 ele se tornou o primeiro campeão olímpico no boxe ao vencer por decisão unânime o francês Oumiha. Depois da Rio 2016 ele se tornou lutador profissional e vem em um cartel invejável até aqui.
Nossa série encerra no dia 20 quando vamos relembrar a tão esperada conquista do ouro olímpico no futebol masculino.
Não serão aceitos comentários preconceituosos, racistas e ofensivos, pois os mesmos serão DELETADOS.