Brasileiros campeões olímpicos: nossos velejadores de ouro

Kleber Nunes
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Dando prosseguimento à série sobre os brasileiros campeões em 100 anos de Olimpíadas vamos trazer hoje os campeões da vela.


Nossa tradição dourada no iatismo começou em Moscou 1980. A baía de Tallin na Estônia foi palco de duas conquistas inéditas até então. Antes o país havia conquistado duas medalhas de bronze com Reinaldo Conrad na classe Flying Duchtmann. Alex Welter e o sueco naturalizado brasileiro Lars Bjorkstron foram os responsáveis pelo fim do jejum de ouros olímpicos que durava 24 anos. Eles venceram a classe Tornado. A outra medalha foi dos jovens Marcos Soares e Eduardo Penido, ganhadores na classe 470.

16 anos depois o hino nacional voltaria a ser ouvido em uma competição de vela. O responsável foi Robert Scheidt que estará competindo em Tóquio pela sétima olimpíada seguida. Scheidt fez uma estreia arrebatadora em Atlanta levando o ouro na classe Laser em duelo épico contra o inglês Ben Ainslie. O inglês daria o troco quatro anos depois em Sydney, mas em Atenas sem o rival que mudou de classe Scheidt levou seu segundo ouro na Laser. Depois ele mudou pra Star onde conquistou mais duas medalhas ao lado de Bruno Prada: prata em Pequim e bronze em Londres. No Rio voltou pra Laser e por muito pouco não conquistou outra medalha ficando em quarto lugar. Em Tóquio Scheidt tentará sua sexta medalha na sua despedida de Jogos Olímpicos.

Um dos maiores nomes do esporte brasileiro Torben Grael começou sua carreira olímpica ganhando medalha de prata em Los Angeles 1984 na classe Soling, depois mudou pra Star onde ganhou quatro medalhas olímpicas, três delas ao lado de Marcelo Ferreira. A dupla esteou em Barcelona, mas ficaram longe da medalha. O ouro veio em Atlanta onde Torben e Marcelo foram superiores aos rivais. O bicampeonato poderia ter vindo em Sydney, mas um erro bobo tirou o ouro que acabou virando bronze, mas em Atenas não teve jeito. A dupla velejou com tranquilidade e o bicampeonato olímpico consagrou o maior velejador da história. E a família Grael queria mais. 

Na Rio 2016 a filha de Torben, Martine Grael fez sua estreia olímpica na classe 49ER FX tendo como parceira Kahena Kunze. As duas eram campeãs mundiais da classe e na regata da medalha uma disputa emocionante contra o barco da Nova Zelândia. Quem chegasse em primeiro levaria a medalha de ouro. A disputa foi metro a metro e no final o barco brasileiro chegou na frente e levou a medalha. As duas estarão em Tóquio lutando pelo bicampeonato olímpico.

A série prossegue no dia 22 com as conquistas do vôlei na quadra e na areia.

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