E prossegue a nossa retrospectiva e agora o destaque é para o noticiário internacional. 2020 ficará marcado como o ano em que movimentos antirracistas eclodiram e nos Estados Unidos Donald Trump é enxotado da presidência.
Tensão no Oriente Médio
Qassem Solimani é morto e por muito pouco não acontece conflito entre americanos e iranianos
O ano começava com um ataque americano no Irã. No dia 2 de janeiro o general Qassem Solimani, um dos homens mais importantes do governo iraniano é morto quando deixava o Aeroporto de Bagdá. O bombardeio aéreo americano elevou ainda mais a tensão no Oriente Médio. O ataque ordenado por Trump detonou a crise nos primeiros dias de 2020 e o mundo entrou em alerta por causa de uma possível Terceira Guerra Mundial. Cinco dias depois o Irã em retaliação lançou mísseis na base militar de Al Asad, uma das principais instalações militares americanas no Iraque.
Avião é abatido por engano
Avião ucraniano com 176 passageiros é abatido e fato gera revolta em todo o mundo
No dia 8 de janeiro o avião da Companhia Aérea Ukraine International foi abatido em pleno voo logo após a decolagem. O avião decolava do Aeroporto de Teerã com 176 passageiros e foi abatido por um míssil iraniano. O fato gerou revolta entre os países da comunidade internacional.
Adeus à família real
Harry e Meghan resolvem dar adeus à realeza e viverem como cidadãos comuns
Em 2020 a Família Real Britânica teve baixas com as saídas do Príncipe Harry e de Meghan Markle que abriram mão de pertencerem a Família Real. Eles preferiram viver financeiramente e de forma independente
George Floyd: A morte que desencadeou o movimento antirracista
George Floyd: A morte covarde que gerou onda de protestos em todo o mundo colocando a evidência de que vidas negras importam
25 de maio de 2020. Nesse dia a cidade de Minneapolis foi palco de um atentado á um negro. George Floyd foi morto por dois policiais brancos. Um deles ajoelhou - se no pescoço de Floyd por mais de 8 minutos e Floyd dizia repetidamente "Não consigo respirar". Os policiais assassinos foram demitidos e um deles foi solto. A morte covarde de George Floyd faz eclodir os protestos pelo mundo. Inicialmente os protestos eram pacíficos, mas depois houve quebra quebra. O movimento Black Lives Matter (Vidas Negras importam) ganha força em todo o mundo. Durante seis dias os protestos mobilizam mais de 26 milhões de pessoas em todo o país e no mundo o movimento antirracista ganha adesões de nomes importantes como o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton que participa ativamente das manifestações na Inglaterra.
Explosão mata 100 em Beirute
Explosão em armazém no centro de Beirute deixa mais de 100 mortos
Era uma terça feira, 4 de agosto de 2020. Centro de Beirute, de repente uma explosão em um armazém lançou uma nuvem de fumaça. A população assustada tenta se proteger. A explosão deixou mais de 100 mortos e quatro mil pessoas ficaram feridas. O impacto foi equivalente à um terremoto de 3.3 graus na Escala Richter. Dentro do armazém havia produtos explosivos como o nitrato de amônio armazenado em mais de 2750 toneladas. Nos dias que se seguiram à explosão o mundo se solidariou e enviou ajuda humanitária às vítimas da explosão.
A escala do terrorismo
A brasileira Simone Barreto foi uma das três vítimas do ataque terrorista em Nice
Nem a pandemia paralisou o terror em 2020. Durante o ano vários atentados terroristas preocuparam o mundo. Em fevereiro na Tailândia 30 pessoas morreram em um atentado, o maior da história do país, na Alemanha 10 pessoas morreram em tiroteio, em abril no Canadá 18 pessoas morreram nesse que foi o maior atentado da história do país, em junho no Paquistão 8 pessoas morreram em atentados à bomba. No dia 29 de outubro a França de novo vira alvo do terror, Em Nice três pessoas entre elas uma brasileira morreram em ataque com faca causado por um terrorista islâmico que acabaria preso. Duas semanas antes desse ataque o professor de História Samuel Paty foi decapitado por um terrorista checheno. Em novembro um atentado em um campus em Cabul no Afeganistão deixou o saldo de 35 pessoas mortas e na Áustria cinco pessoas morreram durante tiroteio em Viena.
Ano conturbado na América Latina
Peru vive dias turbulentos e termina o ano com novo presidente interino até as eleições em abril
Na América Latina 2020 foi marcado por reviravoltas. Na Bolívia o ex- ministro Luís Arce apoiado por Evo Morales vence a eleição presidencial boliviana, no Peru o país tem em uma semana três presidentes: Martin Vizcarra que assumiu o poder em 2018 foi destituído e sofreu processo de impeachment. Vizcarra foi deposto por incapacidade moral e assumia Manuel Merino, só que ele ficou apenas cinco dias no cargo renunciando depois de protestos e Francisco Sagasti assume o poder.
Fim da era Trump e começo da era de Joe Biden
O grande fato político do ano pandêmico foram as eleições presidenciais americanas. Numa campanha impactada pela pandemia a disputa eleitoral começou o ano comos democratas escolhendo seus candidatos com destaque para as vitórias de Bernie Sanders e Joe Biden. Então veio a Superterça e Biden venceu em 10 dos 14 estados americanos, o que obrigou a Bernie Sanders desistir da candidatura semanas depois. Já Donald Trump começava o ano sendo absolvido pelo Senado escapando de enfrentar processo de impeachment e fazia sua campanha pela reeleição, mas aí veio a pandemia e tudo mudou. As convenções dos dois partidos: o democrata e o republicano tiveram de ser feitas sem presença de público. Na convenção democrata Joe Biden foi aclamado candidato tendo como candidata à vice a senadora Kamala Harris e na convenção republicana Trump e Mike Pence ratificaram a candidatura. Logo depois das convenções foram realizados três debates: o primeiro foi marcado por ofensas entre os dois candidatos, logo depois Trump foi diagnosticado com a Covid-19 e o segundo debate foi cancelado. O último debate ocorreu na maior pacificação.
Joe Biden e Kamala Harris passam a comandar os americanos depois de uma eleição acirrada
No dia 3 de novembro os americanos foram às urnas. 158 milhões de eleitores foram aptos a votar e 100 milhões votaram de forma antecipada via correios em função da pandemia. Foram quatro dias de suspense e a noite terminou sem vencedor até que no começo da tarde do dia 7 de novembro as projeções da imprensa americana apontaram a vitória de Joe Biden. Ele passava do número de delegados para se eleger e o estado da Pensilvânia foi determinante para a vitória do democrata. No fim das contas Biden levou 306 delegados e obteve mais de 81 milhões de votos. No discurso da vitória Biden disse que quer curar o país e deixar a retórica agressiva para trás. Trump não aceitou a derrota e tentou de todas as formas reverter e mesmo com a recontagem não adiantou. No dia 14 de dezembro o Colégio eleitoral ratificou a vitória de Joe Biden. A maioria dos líderes mundiais reconheceu a vitória enquanto o presidente Jair Bolsonaro só reconheceu um mês depois. Joe Biden chega ao poder depois de ser vice presidente quando o presidente era Barack Obama.
Livre da UE
População sai às ruas em Londres para festejar a concretização do Brexit depois de quase quatro anos
Depois de quatro anos finalmente o Reino Unido se libertou da União Europeia. O Brexit foi aprovado em uma votação histórica em janeiro e na véspera do Natal o país e o bloco econômico fecharam acordo comercial que substitui as regras vigentes a partir da próxima quinta, dia 31, dia que enfim o Reino Unido saia da UE consolidando o Brexit.
Neste domingo a retrospectiva prosseguirá com os destaques da televisão, do automobilismo, dos esportes e a olimpíada adiada.
Não serão aceitos comentários preconceituosos, racistas e ofensivos, pois os mesmos serão DELETADOS.