Nesta semana o país viveu uma verdadeira pandemia política e social com mais um assassinato covarde no Rio e a divulgação da polêmica reunião ministerial em meio ao triste recorde de 20 mil mortos pelo coronavírus.
1 - O triste recorde do Brasil: Nesta semana o país atingiu duas marcas tristes: o número de mortes diárias passou de mil e chegamos à mais de 20 mil mortos pelo Covid - 19. Os estados seguem tentando adotar medidas radicais de isolamento social. São Paulo adotou feriados prolongados antecipados para aumentar o índice de isolamento que subiu pra 51%. Em Brasília o governador Ibaneis Rocha determinou que os shoppings voltem a abrir na segunda feira. A OMS decretou que a América do Sul, em especial o Brasil se tornou o epicentro da pandemia no mundo, infelizmente e pra piorar o ex- presidente Lula declarou em entrevista à revista Carta Capital que a natureza criou o monstro do coronavírus e ao mesmo tempo o presidente Bolsonaro que insiste no uso da cloroquina fez uma infame e infeliz piada dizendo que quem é de direita usa cloroquina e quem é de esquerda que tome tubaína. O uso da cloroquina não é recomendado pois não foi justificada a eficácia do remédio. Enquanto isso no mundo os países aos poucos vão retornando a vida. A França voltou neste sábado a ter cerimônias religiosas, a Espanha anunciou a reabertura das fronteiras para os turistas estrangeiros em julho e a China não registrou um caso sequer da Covid - 19.
2 - O pandemônio na política: O ministro do STF Celso de Mello autorizou a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril na qual o ex- ministro Sérgio Moro acusa o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal revelando ao país as entranhas do governo. O vídeo registra o festival de insultos e palavrões do presidente ao xingar de bosta o governador de São Paulo João Dória e de estrume o governador do Rio Wilson Witzel. Num dos trechos ele disse que insistiria em interferir na PF, em outro trecho o ministro da Educação Abraham Weintraub declarou que botaria todos os vagabundos na cadeia, o ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente disse que aproveitaria a pandemia pra passar a boiada e mudar normas nos ministérios e a ministra dos Direitos Humanos Damares Alves sugeria a prisão de governadores e prefeitos que decretaram medidas de isolamento social durante a pandemia. Numa outra polêmica o general Augusto Heleno do Gabinete de Segurança Institucional fez ameaças ao pedido de apreensão do celular do presidente. E durante a semana o governo teve mais uma baixa com a saída de Regina Duarte da Secretaria de Cultura onde ficou mais de 2 meses no cargo. Regina foi transferida para a Cinemateca Brasileira em São Paulo.
3 - Mais um triste assassinato: O Rio de Janeiro voltou a chorar por uma criança vítima de assassinato por policiais. O pequeno João Pedro foi morto por um tiro durante uma operação da polícia no Complexo do Salgueiro quando policiais perseguiram criminosos. A polícia abriu inquérito para apurar de quem foi o disparo que matou o menino.
4 - Enem adiado: O Enem que seria realizado em novembro foi adiado num prazo entre 30 e 60 dias. A prova inicialmente estava marcada pra novembro e as inscrições que terminariam ontem foram prorrogadas até quarta feira. Mesmo assim houve muitas reclamações por conta de inscrições não confirmadas e boletos que não são gerados.
5 - Desastre no Paquistão: Duas pessoas sobreviveram a um acidente aéreo ocorrido nesta sexta em uma área residencial de Karachi. O avião da Pakistan International Airlines levava 99 pessoas e 97 morreram.
Imagem da semana
Numa semana que o Brasil atinge de maneira triste a marca de 20 mil mortos a dor e o choro do pai de João Pedro, vítima da pandemia social ao ser covardemente morto numa desastrosa operação policial. Até quando vamos ver cenas tristes no nosso cotidiano?
Semana que vem o quadro retorna.
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