Retrospectiva 2019: O ano em que o Brasil atolou na lama assassina de Brumadinho, sofre com os feminicídios e manchado com o óleo da vergonha

A Retrospectiva 2019 segue e hoje destacamos os assuntos nacionais. O ano ficará marcado pela maior tragédia ambiental nos mares e pela repetição ainda pior da tragédia com a lama que vitimou muitas pessoas em Brumadinho.

Tensão e violência no Ceará e massacre em presídio no Pará marca o ano da segurança pública







Crise na segurança pública explode no Ceará com ônibus queimados e ataques ao secretário de segurança e em Altamira 62 presos morrem em massacre no presídio

O ano mal começava e explodia no Ceará uma grave crise na segurança. Nos primeiros dias de janeiro uma série de atentados em represália as mudanças no sistema penitenciário deixou o saldo de 283 ataques em Fortaleza e no interior do estado durante um mês. O governo enviou uma força nacional para conter os ataques e no fim mais de 400 pessoas foram presas. Ainda sobre segurança pública em julho ocorreu um massacre de presos em Altamira no Pará. 62 presos foram mortos depois de rebelião sendo 58 dentro da cadeia e 4 que foram estrangulados durante a trasnferência para outro presídio em um caminhão cela.

As chuvas voltam a matar 





Chuvas voltam a fazer estragos no Rio que por duas vezes sofreram com os temporais que matam

Por duas vezes neste ano o Rio sofreu com as fortes chuvas: em fevereiro um temporal forte deixou sete mortos e deixou estragos. A Ciclovia Tim Maia teve outro trecho destruído pela força das águas. Na Avenida Niemeyer uma encosta deslizou sobre um ônibus matando duas pessoas. Dois meses depois um novo temporal provocou alagamentos e 10 pessoas morreram. As chuvas também causaram estragos em São Paulo. No dia 11 de março uma enchente deixa 12 mortos e 4 feridos e em julho 12 pessoas perderam a vida em outro forte temporal no Recife. 

A tragédia que abalou o ninho e 10 jovens vidas perdidas







Os dez garotos mortos das categorias de base do Flamengo foram vítimas do improviso e da negilgência e encontraram a morte em alojamentos improvisados

8 de fevereiro de 2019. Um dia pra jamais esquecer. Nesse dia 10 jovens promessas da base do Flamengo perderam a vida num incêndio no CT do Ninho do Urubu. O incêndio ocorreu de madrugada e afetou o alojamento onde os jogadores da base dormiam e a perícia apontou um curto circuito como o causador da tragédia. As dez pessoas mortas eram garotos que jogavam na base do clube com idades entre 14 e 17 anos. Três deles sobreviveram. A repercussão foi gigantesca com mensagens de conforto e solidariedade dos clubes. O Fla Flu foi adiado e não houve rodada no fim de semana. O local seria transformado em um estacionamento e os jogadores seriam transferidos para uma nova estrutura. As famílias ainda aguardam o pagamento de indenizações mas até agora não houve acordo.

Acidente nos céus abrevia carreira de Ricardo Boechat





Acidente de helicóptero encerra a brilhante carreira de Ricardo Boechat

No dia 11 de fevereiro o jornalista Ricardo Boechat fazia como sempre seu comentário na rádio BandNews FM falando das tragédias. Ironicamente ele seria vítima de mais uma. Depois de participar de uma palestra ele retornaria à São Paulo de helicóptero, mas a viagem acabou de forma trágica quando a aeronave perdeu altitude e força batendo contra um caminhão na Rodovia Anhanguera matando Boechat e o piloto Ronaldo Castrucci e os seus corpos ficaram carbonizados.

Suzano: O massacre que comoveu o Brasil







Massacre na Escola Raul Brasil em Suzano praticado por dois jovens trouxe á tona lembranças de Columbine pela dinâmica e forma que ocorreu

A rotina da escola Raul Brasil em Suzano nunca mais foi a mesma depois do dia 13 de março de 2019. Nesse dia aconteceu o massacre de Suzano. Dois jovens: Guilherme Tauci e Luiz Henrique de Castro invadiram a escola encapuzados e assim que entraram na unidade começaram a abrir fogo contra os alunos que entraram em desespero. Os tiros atingiram oito pessoas que acabaram morrendo. Os dois assassinos se suicidaram depois. Antes de cometerem o crime um dos assassinos matou um comerciante dentro da agência de veículos. As investigações apontaram que os dois buscaram ajuda em um fórum que é conhecido por fazer apologia ao terrorismo e a violência e as motivações que o levaram a cometerem o ato foram o bullying, o isolamento social e a vontade de reprtir o ocorrido em 1999 no massacre de Columbine nos EUA.

Prédios que desabam e matam





Tragédias na Muzema e em Fortaleza mostraram a fragilidade das obras e ao mesmo tempo uma série de irregularidades

Em 2019 dois acidentes com edifícios mostraram a fragilidade de como são feitas as obras de prédios no Brasil. Em abril dois prédios desabaram na favela da Muzema, comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro deixando 24 pessoas mortas. No dia 15 de outubro um edifício desaba no centro de Fortaleza deixando 9 pessoas mortas. Nos dois casos o mesmo problema: um festival de irregularidades.





Em setembro o Hospital Badim pegou fogo e deixou 22 mortos. O incêndio ocorrido no dia 12 de setembro começou com um curto circuito que se espalhou rapidamente.

A baderna na educação e estudantes vão às ruas







Estudantes tomam as ruas em protesto contra o corte de verbas num festival de trapalhadas no MEC

O ano de 2019 na educação deixou muito a desejar. Dois ministros, um mais atrapalhado que o outro ocupando a pasta da educação marcaram o primeiro ano do governo Bolsonaro. O primeiro, Ricardo Vélez não deixou saudades e o segundo Abraham Weintraub causou a ira dos estudantes ao anunciar os cortes que atingiram 30% da área, o que levou os estudantes às ruas em maio. Os protestos levaram mais de 1 milhão às ruas e as manifestações eram contra o governo. E pra piorar duas notícias ruins no fim do ano: o Brasil não vai bem no PISA onde estamos na 57ª posição no ranking da educação em 2018 onde estamos à frente de países da América Latina e uma reportagem exibida no Fantástico da TV Globo revelou o destino de milhares de livros didáticos seminovos que viram até papel higiênico num total descaso com a educação.

O ano em que os feminicídios explodiram









Onda de feminicídios explodiu e só em Brasília 30 mulheres foram mortas: uma delas, Letícia Curado é morta e o assassino Marinésio Olinto já cometeu outros crimes no passado e nos EUA jogador do São Paulo é preso por agredir a esposa

Em 2019 explodiu ainda mais os casos de feminicídio no Brasil. Foram inúmeros casos que chocaram a sociedade. Só em Brasília 30 mulheres foram vítimas de homens ciumentos e violentos. No caso que chamou a atenção do Brasil em agosto a servidora do MEC Letícia Curado acabou sendo morta pelo maníaco Marinésio dos Santos Olinto. Ele a atraiu porque fazia lotação. O assassino confessou o crime porque ela se recusou a ter relações sexuais e jogou o corpo nas proximidades do Vale do Amanhecer em Planaltina. Num outro caso em junho Francisca Naide foi morta pelo ex- marido, um militar. E nesta quarta feira o goleiro Jean do São Paulo foi preso nos Estados Unidos por agressâo à esposa Milena Bemfica e a vítima postou vídeos na internet com o rosto machucado.

Os crimes que chocaram o país em 2019

















Ano foi repleto de crimes comoventes como o do menino Bernardo e da menina Agatha e o assassinato de Rafael Miguel, o caso do músico crivado de balas e o sequestro de um ônibus que teve governador comemorando

No ano de 2019 vários crimes e casos chamaram a atenção do público. Em junho o ator mirim Rafael Miguel de 22 anos foi assassinado pelo pai de sua namorada, Paulo Copertino que está foragido. Os seus pais também foram mortos por ele. No mês de agosto um sequestro de um ônibus termina com a morte do sequestrador. Ele parou a Ponte Rio Niterói por três horas, tentou negociar, mas acabou sendo morto por um disparo de um sniper, o que gerou a comemoração do governador do estado Wilson Witzel. Foi também no Rio que aconteceu o mais escabroso caso: em abril um músico foi executado com 80 tiros disparados por oficiais do exército na Zona Norte. O músico Evaldo dos Santos Rosa foi confundido com um bandido e foi cruelmente executado. Os militares foram presos.E em um outro crime suspeito ocorrido em junho no Rio Anderson do Carmo, o marido da deputada Flordelis foi executado. No mês de setembro a menina Agatha Félix de 8 anos é morta por um tiro de fuzil disparado por um PM. Ela foi vítima por engano porque os policiais alegaram ter perseguido dois supostos criminosos. E em dezembro um crime choca Brasília. O menino Bernardo de 1 ano e 9 meses é morto pelo pai depois de fazer ameaças à ex mulher. Paulo Roberto já havia matado a própria mãe em 1992 e foi aprovado em concurso do Metrô do DF e foi aprovado mesmo tendo insanidade mental. O corpo de Bernardo foi jogado em uma estrada no interior da Bahia e identificado graças á exames de DNA.

9 Vidas perdidas em ação desastrrosa em Paraisópolis





Comunidade protesta depois das 9 mortes em um baile funk na comunidade de Paraisópolis

No dia 1º de dezembro 9 pessoas morreram pisoteadas depois de uma desastrosa ação da PM que tentava conter dois bandidos durante o baile funk na comunidade de Paraisópolis em São Paulo. Todas as vítimas não moravam na comunidade.

Brumadinho: A tragédia que enlameou o Brasil de vergonha
















Cenas de uma tragédia que enlameou de vergonha o Brasil que espera uma punição aos verdadeiros culpados

O fato de maior impacto desse terrível 2019 aconteceu no dia 25 de janeiro. Menos de quatro anos depois da tragédia de Mariana outra vez a lama deixou morte e destruição, só que agora com muito mais força. Uma barragem de rejeitos de minério de ferro cedeu e deixou Brumadinho debaixo de lama, a lama da morte. Até a semana passada mais de 250 mortes foram confirmadas no maior desastre ambiental da história do Brasil. A barragem localizada no Córrego do Feijão se rompeu por volta do meio dia daquela sexta pegando de surpresa funcionários da Vale e moradores. A lama assassina tomou conta do bairro gerando destruição e morte. Grupos de bombeiros iniciaram os trabalhos de resgate dos corpos que durou meses. O laudo técnico divulgado em dezembro aponta que a causa da tragédia foi o acúmulo de água na barragem, o que os técnicos chamam de liquefação estática. A Vale do Rio Doce assumiu a culpa e em julho entrou em acordo com as famílias das vítimas e pagará indenizações, o que é pouco pro desastre que ela causou com a perda de vidas humanas.

A mancha da vergonha no litoral do Brasil









A mancha de óleo sujou nossas praias e deixou rastro de morte nos animais marinhos e levou voluntários a se unirem na limpeza das praias do litoral brasileiro

Como se não bastasse um outro desastre manchou o ano, desta vez no litoral do Brasil. No dia 30 de agosto surgiram as primeiras manchas de óleo em praias da Paraíba segundo dados do Ibama. A mancha se espalhou pelo litoral, por toda a Região Nordeste e chegou até a Região Sudeste. Ao todo a mancha atingiu mais de 2 mil quilômetros de extensão. O causador do derrame de petróleo cru foi o navio petroleiro Boubollina. O navio de propriedade da empresa grega Delta Tankers se tornou o principal suspeito pela contaminação.

E as queimadas que sufocam a Amazônia



Queimadas na Amazônia atingem seu recorde e sufocam o planeta que precisa respirar

Já as queimadas atingiram em 2019 um triste recorde. Foram registrados mais de 100 mil incêndios florestais na região da Amazônia entre janeiro e outubro deste ano. O governo brasileiro abriu guerra contra as ONGs, principalmente o Greenpeace e teve bate boca com líderes mundiais e no clima houve consequências graves como ocorreu em São Paulo que em agosto teve o dia virando noite por conta da fumaça das queimadas. Realmente 2019 não deixará saudades em questões ambientais.

A Retrospectiva prossegue nesta quinta com os destaques internacionais do ano.

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