O balanço do primeiro ano segundo Bolsonaro, as investigações do caso Queiroz, o festival de polêmicas do ministro da educação, as histórias de Fábio Porchat e o que esperar do parlamento, assuntos da despedida das semanais em 2019

Hoje vamos trazer o último resumo das capas das revistas semanais em 2019 e dar um panorama sobre o mercado pra 2020. Na despedida do ano assuntos variados. 



- Crusoé destaca na sua matéria de capa o caso Queiroz que deixa o senador Flávio Bolsonaro mais perto de se complicar ainda mais. Uma operação do MP carioca deixa as investigações mais próximas de complicar o filho 01 do presidente.



- Carta Capital destaca uma matéria em que fala da coletânea de trapalhadas de Abraham Weintraub à frente do MEC e por conta disto está na porta da rua.



- Época que pode estar se despedindo das bancas traz como matéria de capa o humorista Fábio Porchat que responde ao polêmico vídeo do Porta dos Fundos sobre o natal e o Jesus gay e relembra histórias de sua vida que teriam lugar garantido no seu programa Que história é essa, Porchat. 




- Istoé traz a perspectiva para o ano de 2020 que será segundo a publicação o ano do Parlamento, pois depende dos senadores e deputados e de uma boa articulação as medidas que podem assegurar o desenvolvimento sustentável do país. Ainda no pacote a retrospectiva de 2019 e uma entrevista com o presidente do Senado Davi Alcolumbre.


- Veja destaca em sua última edição do ano uma entrevista com o presidente Jair Bolsonaro onde ele faz o balanço do primeiro ano de governo, fala sobre o desafeto Wilson Witzel e projeta uma chapa imbatível com Sérgio Moro para tentar a reeleição em 2022 e na foto da capa o presidente está bem à vontade em frente ao Palácio da Alvorada.

Agora vamos fazer um panorama sobre o mercado. 2020 tem tudo pra ser o ano do começo do fim de uma era, pois o mundo mudou e a forma de consumir notícia também. Por mais que tentem equilibrar custos quase ninguém mais lê uma revista semanal. A notícia é consumida de forma imediata nas telas de celulares e redes sociais e assim como os jornais impressos que perderam em relevância e vem perdendo suas tiragens, o mesmo acontece com as revistas semanais. Então o próximo ano pode ser o ano do fim. Veja e Época perderam mais de meio milhão de exemplares somando impresso e digital segundo informações do site Poder360. A Editora Globo ainda não se pronunciou, mas segundo relatos de sites como o Meio e Mensagem as revistas Época e Galileu deixam de existir no formato impresso já em janeiro e ficando apenas no digital. Lançada em maio de 1998 a publicação estreou com 250 mil exemplares, mas nunca teve grandes tiragens. Em 2018 a revista passou a integrar a redação do jornal O Globo e com os veículos da Infoglobo e a revista virou encarte dos jornais O Globo e Valor Econômico até agosto deste ano com o intuito de incrementar a circulação e atingir um novo público. Também em 2018 modificou seu projeto gráfico e editorial passando a investir em reportagens com narrativa literária destacando perfis de fora do eixo Rio - São Paulo e Brasília, mas a circulação caiu para menos de 100 mil exemplares. A revista Istoé da Editora Três atravessa uma grave crise com atrasos no pagamento de salários aos funcionários e neste ano acabou com a sucursal de Brasília e pra piorar não divulgou os dados de quantos exemplares impressos e sua circulação digital. Hoje faz um ano que a Editora Abril foi vendida ao empresário Fábio Carvalho. Veja, a menina dos olhos da editora não é mais a mesma. A revista que chegou a ter 1 milhão de exemplares impressos por semana caiu para menos de 250 mil cópias em papel segundo dados do IVC e neste ano perdeu este ano muitos assinantes e vídeos mostrando a revolta de assinantes circularam na internet depois da publicação em julho da reportagem em parceria com o The Intercept no caso das mensagens hackeadas do ministro Sérgio Moro. A revista Exame, de economia e negócios foi vendida ao grupo BTG Pactual em novembro. É bem provável que 2020 deve ser o último ano da versão impressa da revista que é a mais cara na questão de venda em bancas. Um exemplar avulso custa atualmente R$ 20. Carta Capital é uma revista com viés esquerdista e vende bem pouco e Crusoé já é 100% digital e faz parte do site O Antagonista. Pra mim este ano foi o ano da paralisia de minha coleção, pelo menos passei a colecionar no formato digital, mas em 2020 eu voltarei e ainda não desisti do sonho de encadernar tudo, mas é bem provável que este ano de 2020 também será o último que eu mexo com revista impressa.

O quadro encerra a temporada e voltará no dia 21 de janeiro quando apresentaremos as capas do período do recesso e no dia 24 de janeiro em seu dia habitual.

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