Anos 2010: A nova década perdida da economia brasileira

A série especial sobre os anos 2010 traz hoje como se comportou a economia na década.

Do super PIB ao desemprego gigante



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Milhares de desempregados nas filas por emprego: o retrato da economia brasileira na segunda metade da década

Quando a década começou o Brasil estava ileso aos efeitos da crise mundial de 2008, o país tinha empregos e a economia era aquecida pelo alto consumo. O governo Lula terminou o mandato com PIB de 7,5% em 2010. Mas a sucessora de Lula Dilma Rousseff destruiu as conquistas do governo Lula com a desastrosa matriz econômica a partir de 2011. Foi no governo Dilma que o Brasil atravessou e ainda atravessa sua grave crise. O país registra desde 2015 a marca triste de 12 milhões de desempregados que não conseguem um emprego. Apesar disto a taxa Selic só baixou. Em janeiro de 2010 ela valia 8,75% e a mais recente está em 5,50%. A inflação em 2010 foi de 5,91% e em 2018 fechou em 3,75, abaixo do centro da meta de inflação estipulada pelo governo.



Brexit é a saída encontrada pelos ingleses para pularem fora do bloco econômico

Se no Brasil a crise pegou lá fora as coisas não andaram bem em boa parte dos países. A Inglaterra luta para sair da União Europeia, o bloco econõmico do velho continente. O Brexit foi aprovado em 2016, mas custou caro para três primeiros ministros. E o restante do continente também sofreu com anos de recessão dura. Na Grécia a saída do bloco foi rejeitada em 2015 e isso custou a perda do cargo de primeiro ministro para Alexis Tspipras.

Os escândalos econômicos da década





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Dominique Strauss Kahn e Carlos Ghosn caíram em desgraça assim como Eike Batista que foi preso e a Operação Carne Fraca desbarata esquema criminoso para burlar a fiscalização

Na década tivemos vários escândalos econômicos que agitaram o mercado. Em 2011 Dominique Strauss - Kahn perdeu o cargo de diretor do FMI ao assediar uma camareira no hotel de Nova York e acabou com as chances de ser presidente francês, em 2016 explode o caso Panama Papers que envolveu milhares de pessoas em todo o mundo. Aqui no Brasil a década começou com a operação salvamento do Banco Pan Americano que era de propriedade do apresentador e empresário Silvio Santos. O banco foi vendido em 2011. O empresário Eike Baptista chegou a ser um dos homens mais ricos do mundo segundo a Forbes, mas a partir de 2012 ele desceu ao inferno cometendo uma série de erros e depois sendo preso na Lava Jato. Em 2017 a Operação Carne Fraca desbarata um esquema que burlava as fiscalizações afetando as empresas que dominam o setor no Brasil. As empresas usavam carnes estragadas para enganar a fiscalização e aditivaram com produtos considerados cancerígenos com mais de 60 pessoas indiciadas e em 2018 um escândalo provoca queda nas ações do Facebook, a popular rede social onde a empresa Cambridge Analytica usou os dados de mais de 87 milhões de pessoas para influenciar nas eleições presidenciais americanas de 2016. No mesmo ano o brasileiro Carlos Ghosn que conseguiu reerguer a Nissan foi preso sob a acusação de sonegar impostos.

As inovações tecnológicas da década

Resultado de imagem para recentes nos smartphones as redes sociais se transformaram no termômetro de como andam as coisas

A década de 2010 ficará marcada como a década em que as redes sociais vieram pra ficar. Presentes nos smartphones as redes sociais se transformaram no termômetro de como andam as coisas e viraram locais onde as pessoas se conectam. O Twitter começou a década como febre, depois o Facebook, o Instagram, o Snap Chat e tantos outros. Os aparelhos ficaram mais sofisticados e modernos e hoje no mundo milhões de pessoas se conectam através da tela dos celulares.




A década marcou também o adeus à Steve Jobs. O homem que revolucionou a informática e a tecnologia saiu de cena em 2011. Jobs inventou a Apple, criou o computador pessoal e o iPhone, uma revolução na telefonia celular.

A decadência dos meios impressos



Volta do JB impresso em 2018 dura pouco devido aos custos e meios impressos perdem público não conseguindo competir com a internet

Na década que está terminando os veículos impressos travam uma luta feroz para se manterem vivos, mas num mundo cada vez mais conectado as pessoas estão deixando de lado os veículos impressos para consumirem notícias e conteúdos no celular. Nos Estados Unidos a Newsweek, uma das mais tradicionais revistas semanais do mundo desapareceu em 2012 e ficou só no digital. No Brasil a situação não é diferente, pois as empresas vem sofrendo com a perda de público e com as dificuldades em se manter no mercado. No começo da década o Jornal do Brasil, o eterno JB decide abandonar o papel e migrar para o digital, tentou voltar em 2018 ao meio impresso, mas devido aos altos custos deixou de circular no impresso e ficar no digital. Em 2017 a Gazeta do Povo de Curitiba decide encerrar a edição diária e ficar no digital exceto nos fins de semana. Os jornais perdem força, encolhem e decidem adotar o sistema de paywall, ou seja uma assinatura digital para equilibrar custos. No caso das revistas a década marca o começo do fim de uma era. A Editora Abril que era a maior do mercado sofreu e muito com as quedas brutais na circulação. A partir de 2014 a empresa decide encerrar publicações, em 2015 vende parte das publicações pra Editora Caras e em 2018 é vendida para o empresário Fábio Carvalho. A revista Veja que chegou a ter uma carteira de mais de 1 milhão de assinantes termina a década com menos da metade que tinha no começo, perde qualidade e vira alvo da revolta por conta do jornalismo depreciativo. Suas concorrentes não ficam atrás: Época, da editora Globo se transforma em 2018 tornando uma revista voltada pra textos literários e Istoé perde em qualidade. Eu comecei a década assinando Veja, depois assinei Istoé e Época, foram dois anos recebendo as três até abril de 2012 quando passei a assinar Veja e Época até o fim de 2016 quando passei por um momento delicado e continuo até hoje.

A greve que paralisou o país



Caminhoneiros desafiaram o governo e conseguiram paralisar o país na greve de 2018

Em maio de 2018 o Brasil foi surpreendido com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país. Foram dez dias que a população sofreu com a paralisação e o desabastecimento. Os caminhoneiros protestaram contra o aumento dos preços do diesel e depois dos dez dias voltaram à ativa. Foi uma greve que mostrou o poder das redes sociais, mas que causou enormes prejuízos ao país.

A série especial sobre a década prossegue no sábado que vem com os destaques nacionais mais marcantes do período.

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