Retrospectiva 2018: Economia segue se recuperando lentamente e caminhoneiros conseguem paralisar o país

A Retrospectiva 2018 segue e hoje é dia dos prncipais fatos econômicos que marcaram o ano.

Saindo devagar do buraco 

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País começa a dar sinais de recuperação, mas ainda segue o alto desemprego e a Reforma da Previdência caiu nas mãos de Bolsonaro

Aos poucos a economia brasileira vai saindo da recessão, mas segundo especialistas o país vai demora em sair da crise devido à desemprego alto, a crise fiscal e os juros altos. O PIB cresceu 0,8% no terceiro trimestre, praticamente o mesmo patamar de 2012. A Taxa de Juros Selic fechará o ano em 6,5%, o menor patamar histórico em todos os tempos, mas nem tudo é motivo de comemoração. O país segue tendo milhões de desempregados. O contingente soma mais de 12 milhões que seguem procurando trabalho, mas neste ano aumentou de forma tímida os postos de trabalho, o que será um enorme desafio para o futuro governo de Jair Bolsonaro e uma das metas a serem alcançadas é aprovar a tão adiada Reforma da Previdência.

Embraer e Boeing prontas pra fusão


Boeing e Embraer vão se fundir e formar uma nova empresa aérea

Em julho as empresas Boeing e Embraer firmaram um acordo de divisão comercial que só deve ser aprovado pelo futuro governo. No acordo a empresa americana terá 80% das ações e surgirá uma nova empresa comercial aérea que deverá se chamar JV Aviação Comercial LTDA. O negócio está avaliado em US$ 5,26 bilhões. 

Escândalo compromete Facebook

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Facebook de Mark Zuckerberg enfrentou um escândalo que deixou a rede social em apuros

O Facebook foi alvo neste ano de um escândalo. A empresa Cambridge Analytica foi acusada de usar os dados de 87 milhões de usuários da rede social com o objetivo de influenciar eventos políticos como as eleições americanas de 2016. O efeito foi imediato: as ações da empresa caíram mais de 6% na NASDAQ, a Bolsa de valores tecnológicos e o Facebook entrou na mira das autoridades. Outra consequência do vazamento foi a perda do posto de 1ª para 7ª empresa para trabalhar nos EUA. Realmente Mark Zuckerberg não deverá curtir o ano de 2018.

Guerra comercial entre chineses e americanos


Donald Trump e Xi Jinping não falam a mesma língua principalmente em matéria de comércio

Um outro assunto que agitou o cenário econômico mundial foi a guerra comercial dos Estados Unidos com a China. Uma declaração do presidente Donald Trump anunciando a imposição de tarifas para produtos chineses desencadeou a guerra comercial entre os dois países no valor de US$ 50 bilhões. A China retaliou dias depois impondo altas tarifas para os produtos americanos. Nas duas semanas anteriores produtos como a soja tiveram perdas e as ações tiveram queda. Somente em julho graças à reação positiva da geração de empregos os mercados começaram a recuperação. 

Império Abril em declínio

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Fim da parceria com Disney nos quadrinhos foi um dos fatores da crise na Abril que teve como ápice o fechamento de publicações num ano em que a mídia enfrentou séria crise e na contramão da modernidade saudou a volta do JB e entre as livrarias a maioria fechou as portas e a  FNAC encerrou as atividades no país

2018 não deixará saudades na Editora Abril. A empresa que foi a gigante do mercado de revistas vai se definhando em dívidas que chegam à R$ 1,6 bilhão. Em junho anuncia o fim da parceria com a Disney e deixa de publicar os quadrinhos. No começo de agosto 10 publicações são fechadas: dentre os títulos estão Boa Forma, Cosmopolitan, Casa Cláudia, Elle e Veja Rio e 800 funcionários são demitidos. Dias depois a empresa entra com pedido de recuperação judicial após a saída da família Civita e a chegada de Marcos Haaland à presidência e em dezembro surge um provável comprador, Fábio Carvalho. A revista Veja completou este ano 50 anos de existência, sem muito a festejar. A semanal que já chegou a ter 1 milhão de assinantes em carteira (fui assinante de Veja e Placar por dez anos e Contigo por dois anos) vem perdendo assinantes e leitores por causa de seu jornalismo considerado depreciativo pela esquerda. Sua concorrente Época mudou o foco este ano quando completou 20 anos ao trocar o factual por textos mais literários e no mercado de jornais impressos houve o retorno do Jornal do Brasil impresso depois de 8 anos no digital. Outra revista da Abril que chegou ao fim foi a Contigo que só circula este mês. A revista que falava das celebridades também não resistiu ao avanço da internet e outras revistas do gênero de novelas sucumbiram pelos altos custos. O setor de livrarias também atravessou uma forte crise e várias lojas das livrarias Saraiva e Cultura foram fechadas e a Fnac encerrou suas atividades no país. 

De ídolo a presidiário: Carlos Ghosn na cadeia

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Carlos Ghosn conhece seu ocaso: de ídolo à suspeito de sonegar impostos e perder status no Japão

O brasileiro Carlos Ghosn era venerado no Japão por ter alavancado a Nissan e a Mitsubishi salvando as duas empresas da falência, mas na manhã de 19 de novembro viu tudo ruir. Ghosn acabou sendo preso por sonegação de impostos e ele acabou sendo destituído do cargo de presidente do conselho administrativo da empresa. No começo de dezembro a executiva da Huawei Meng Wangzou também é presa no Canadá pelo mesmo motivo da prisão de Ghosn, sonegação fiscal. Ela seria liberada dias depois. Já Elon Musk da Tesla postou uma mensagem no Twitter que teve grandes impactos: abalou a Bolsa de Nova York, foi processado e teve de sair da presidência do conselho da montadora a elém disso discutiu com internautas no caso dos meninos presos na caverna na Tailândia. No setor automotivo o ano teve como destaques o recall de modelos da Honda e da Toyota por casos de explosão de airbags e a adoção da CNH digital. 

FATO DO ANO: A greve que deixou o país a ver navios







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Cenas de uma greve: filas enormes nos postos de gasolina e desabastecimento nos supermercados: caminhoneiros se revoltaram contra a política de preços e conseguiram pressionar o governo e ao mesmo tempo punindo a população com a falta de serviços básicos

O principal fato econômico do ano foi a greve dos caminhoneiros que mostrou a força das redes sociais que organizaram o movimento. No fim de maio o país foi paralisado pela greve que deixou todos de cabelo em pé. Os caminhoneiros resolveram protestar contra o aumento sucessivo do preço do diesel que era determinado pela cotação do dólar e pelo preço do barril de petróleo no mercado internacional além do corte do PIS/COFINS para os combustíveis. O movimento começou no dia 21 de maio com os primeiros protestos contra a política de preços da Petrobras. Daí começaram os problemas com o desabastecimento nos postos de gasolina onde longas filas foram vistas e começou a faltar combustível para abastecer carros, caminhões e aviões e também começou a faltar mercadorias nas feiras e supermercados, as ruas foram esvaziadas, as aulas suspensas e houve cancelamento de voos e desperdício de alimentos. As Forças Armadas foram usadas para desbloquearem as rodovias. No dia 23 a situação se agrava com o aumento dos protestos e o efeito é imediato por todo o país com o desabastecimento, paralisação na produção e descontrole. Em alguns estados cirurgias são suspensas e o governo decide aplicar multas no valor de R$ 100.000 por hora aos empresários do transporte. O efeito da greve é sentido na Petrobras que em um dia teve suas ações caindo 15% perdendo R$ 45 milhões e o Ibovespa chega a registrar queda de 2,45%. A greve ganha a adesão dos petroleiros, mas ao mesmo tempo começa a perder força depois que o governo anuncia a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro na bomba, preço que seria constante por dois meses. A greve só terminou no dia 31 com o fim dos bloqueios nas estradas exceto no Porto de Santos. No dia 1º de junho a crise se agrava e Pedro Parente acabou pedindo demisão da presidência da Petrobras sendo substituído por Ivan Monteiro.

A retrospectiva prossegue nesta quarta com os fatos que marcaram o noticiário nacional. 

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