Retrospectiva 2018: Bolsonaro vence eleição, Lula é preso e Marielle é assassinada

A Retrospectiva 2018 começa e como sempre iniciamos nosso especial falando da política que viveu um ano agitado por conta das eleições.

Lula: da liberdade à prisão


Lula viu suas chances de disputar a presidência morrerem logo cedo ao ser condenado em segunda instância

Mal o ano começou e no dia 24 de janeiro a sorte do ex- presidente Luís Inácio Lula da Silva começou a virar. Nesse dia os desembargadores da 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4) decidiram por unanimidade condenar em segunda instância o ex- presidente por corrrupção passiva e lavagem de dinheiro e decidiram aumentar a pena para 12 anos e 1 mês. A condenação praticamente tirava Lula do páreo pois seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa e decretava também o fim da carreira política. No dia 22 de março os ministros do STF adiaram a prisão do ex- presidente ao conceder liminar e um pedido de habeas corpus impedindo a prisão. Na discussão os ministros divergiam dos pedidos de recursos para mantê - lo solto, mas na madrugada do dia 5 de abril os ministros rejeitaram o pedido de habeas corpus por 6 votos a 5. Durante aquele dia haviam rumores de que Lula seria preso, o que seria confirmado no fim da tarde pelo então juiz Sérgio Moro que expediu mandado de prisão e deu prazo de 24 horas para que Lula se apresentasse na sede administrativa da Polícia Federal em Curitiba.




Dois momentos do dia da prisão de Lula: carregado por militantes antes de se entregar e ao chegar à sede da PF em Curitiba para cumprir a pena de 12 anos

O prazo se passou e Lula então decidiu - se refugiar na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo no ABC paulista. Lá fez na manhã do sábado, 7 de abril um discurso inflamado fazendo críticas à justiça, ao juiz Moro e a imprensa, em geral a Rede Globo e a revista Veja. Lula decidiu - se entregar após tentar sair e ser impedido pelos militantes, de lá seguiu em jatinho e no começo daquela noite chegou à Curitiba onde começou a cumprir pena. Sua cela está em uma sala especial de 15 m² localizada no 4º andar da sede da PF. 

Um imbróglio mal explicado


O desembargador Rogério Favretto gerou uma confusão jurídica que quase deu certo, mas acabou sendo voto vencido

No dia 8 de julho uma confusão judicial embaralhou as coisas. Tudo começou quando o desembargador plantonista Rogério Favretto concedeu habeas corpus para soltar Lula, só que o juiz Moro como autoridade coatora acaba negando e ao entender que o desembargador plantonista não tinha competência jurídica para conceder liberdade requereu orientação, só que Favretto reiterou sua decisão de soltura, aí entra em cena o desembargador Gebran Neto que revoga a decisão de Moro, Favretto insiste e pela terceira vez decide que Lula seja solto e pra acabar com a palhaçada entra em cena o presidente do TRF 4 Thompson Flores que decide manter Lula preso e que o processo retornasse ao desembargador Gebran Neto. Depois do imbróglio Lula só saiu da cadeia apenas em novembro para depor na 13ª Vara Federal em Curitiba. No processo ele é acusado de ter recebido vantagens de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. Lula fez novos ataques e discutiu com a juíza Gabriela Hardt que substitui Moro na relatoria dos processos. No fim de novembro uma outra dor de cabeça, pois a Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou o ex- presidente pelo mesmo crime de lavagem de dinheiro e segundo as investigações ele teria recebido R$ 1 milhão por influenciar decisões do presidente da Guiné Equatorial Teodoro Obiang.

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci está preso desde setembro do ano passado — Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

Enquanto isso o ex- ministro Antonio Palocci deixou a prisão e agora cumpre a sua pena em prisão domiciliar no regime semiaberto. Palocci teve o sigilo de colaboração retirado pois em outubro diz em delação que as campanhas do PT que elegeram Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e 2014 foram pagas com dinheiro público em valores que ultrapassam R$ 1,4 bilhão, um valor diferente do que foi declarado à Justiça Eleitoral. O partido negou tudo e Lula disse que ele mentiu para obter o acordo de delação premiada.

Mais um governador preso no Rio de Janeiro


Luiz Fernando Pezão se tornou o quarto governador eleito e o primeiro no exercício do cargo a ser preso no Rio

Atolado numa crise administrativa o Rio de Janeiro voltou a assistir a mais um governador que foi preso por corrupção. E pela primeira vez um governador no exercício do cargo foi preso. Luiz Fernando Pezão foi preso na manhã do dia 29 de novembro por suposto envolvimento no esquema de corrupção que contaminou o Rio. Pezão se juntava à Sérgio Cabral e o casal Anthony e Rosinha Garotinho que nos últimos anos foram presos por corrupção. 

Quantos mais terão de morrer? Quem calou a voz de Marielle Franco?





A multidão aplaude a passagem dos caixões de Marielle Franco e do motorista, vítimas de um crime que permanece sem solução

Um crime que segue sem solução. 9 meses depois ninguém foi punido no assassinato da vereadora Marielle Franco. Na noite do dia 14 de março Marielle saía de um evento na Lapa quando foi seguida em um carro prata que emparelhou com o carro e os assassinos deram 13 tiros. Marielle foi morta com três tiros na cabeça e o motorista Anderson Gomes levou três tiros nas costas. A repercussão mundial do caso rendeu muitas declarações, dentre elas um post no Twitter um dia antes de morrer perguntando Quantos mais teriam de morrer? referente ao assassinato de um jovem dias antes e no enterro a multidão entoa o grito de guerra Marielle Presente!. As investigações iniciais mostraram através de imagens feitas das câmeras internas revelaram a existência de um segundo veículo dando cobertura aos assassinos. A perícia apontou que os tiros saíram de armas calibre 9 mm e que a munição foi roubada. O depoimento de uma testemunha aponta o ex- policial militar Orlando de Oliveira Araújo,conhecido como Orlando da Curicica e o vereador Marcelo Siciliano como possíveis mandantes do crime. O crime foi reconstituído na madrugada de 11 de maio e a conclusão dos policiais foi de que Marielle foi morta por tiros de submetralhadora MP5, arma que é capaz de disparar 800 tiros por minuto. Em julho dois ex- PMs foram presos apontados de serem integrantes da quadrilha do miliciano Orlando da Curicica. Em outubro o MP afirma que o uso da tecnologia da informação permitiu fazer o biotipo do atirador, mas perto de terminar o ano é revelado o motivo do assassinato: Marielle foi morta por causa da grilagem de terras, mas ninguém ainda foi preso e até agora um grito segue ecoando forte: Quem matou Marielle?

O último ano do governo Temer


Michel Temer termina o governo com os mais baixos índices de popularidade e envolvido no escândalo dos portos

O último ano do governo de Michel Temer ficará marcado por poucas realizações e muitas confusões. Logo no começo do ano houve a controvérsia na nomeação da deputada Crisitane Brasil para o Ministério do Trabalho, só que Cristiane sequer tomou posse por conta de decisões judiciais e ainda veio à público o caso em que ela foi condenada a pagar uma dívida trabalhista à um motorista. O caso foi levado até o STJ que a liberou para tomar posse e dois dias depois o STF suspendeu a posse mantendo a proibição e com isso Cristiane acabou desistindo. Outra contorvérsia de Temer foi na Operação Skala que apura acusações de que o presidente havia favorecido empresas em troca por propina. Está sob investigação a possibilidade de Temer lavar dinheiro através de reformas em casas de familiares que foram pagas em dinheiro vivo e o STF quebrou o sigilo da conta bancária, só que a defesa alega não haver irregularidades no decreto. Em novembro sanciona o aumento do salário dos ministros do STF, o que gerou revolta da população. Os ministros passarão a receber R$ 39 mil mensais, um aumento de 16% que causa impacto de mais de R$ 1,375 milhão nas contas públicas.  No fim do ano em entrevista no SBT reconheceu que a ex- presidente Dilma Rousseff era correta e honesta minimizando sua parcela de culpa no golpe. Assim Michel Temer deixará o poder no próximo dia 31 carregando o título de presidente mais impopular da história com apenas 5% de aprovação. 

FATO DO ANO: A eleição que eletrizou o país

O fato político mais importante do ano foi a eleição presidencial que foi a primeira com novas regras eleitorais. No fim todos os louros para Jair Bolsonaro que será o 38º presidente da República a partir de 1º de janeiro.



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Luciano Huck e Joaquim Barbosa chegaram a figurar em pesquisas mas acabaram desistindo das candidaturas

Só que no começo do ano quem liderava as pesquisas era Luís Inácio Lula da Silva do PT e aparecia nas pesquisas o apresentador Luciano Huck que desistiu da candidatura. Outro nome que figurava como provável outsider era o ex- ministro do STF Joaquim Barbosa que chegou a ficar à frente de figurões mas também desistiu. Com Lula preso e portanto fora do páreo o favoritismo passou a ser de Bolsonaro.

Em julho foram realizadas as convenções e no dia 5 de agosto foram oficializadas 12 chapas:
  • Jair Bolsonaro (PSL)
  • Ciro Gomes (PDT)
  • Geraldo Alckmin (PSDB)
  • Marina Silva (Rede)
  • Henrique Meirelles (MDB)
  • Alvaro Dias (Podemos)
  • Cabo Daciolo (Patriota)
  • José Maria Eymael (DC)
  • Vera Lúcia (PSTU)
  • Guilherme Boulos (PSOL)
  • João Amoêdo (NOVO)
  • João Goulart Filho (PPL)
  • O PT inicialmente lançou a candidatura de Lula no último dia do prazo, o PC do B oficializou a candidatura de Manuela D'Ávila, mas acabou se unindo ao PT. 
A alternativa Haddad

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Sem Lula o PT lança Fernando Haddad como candidato e ele cresce nas pesquisas à tempo de disputar o segundo turno

O ex- presidente Lula foi inicialmente candidato, mas a sua candidatura acabou sendo indeferida na madrugada de 1º de setembro no TSE por ter sido condenado em segunda instância, portanto impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. Só em 11 de setembro é que o partido anunciou a chapa com Fernando Haddad como candidato à presidente com Manuela D'Ávila como vice. Esta foi a primeira eleição desde 1989 a ter o maior número de postulantes ao cargo máximo da República. 

A campanha começou em 16 de agosto, antes acontecem os primeiros debates na TV Bandeirantes e na Rede TV. Bolsonaro confirma o favoritismo liderando as primeiras pesquisas no Ibope e no Datafolha. Na última semana de agosto os principais candidatos à presidente participam de sabatinas no Jornal Nacional da TV Globo. Ainda ocorreram debates na TV Gazeta, SBT, CNBB, Record TV e Rede Globo. A propaganda eleitoral mais curta começou em 31 de agosto no rádio e na TV.  

O atentado que ameaçou a democracia

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Bolsonaro no momento em que é atingido por Adélio Bispo de Oliveira: atentado mudou sua campanha e gerou revolta e indignação com manifestações à favor e contra

No dia 6 de setembro em ato na cidade de Juiz de Fora o candidato Bolsonaro sofre um atentado à faca e muda a campanha. O autor do ato, Adélio Bispo de Oliveira é preso em flagrante. Bolsonaro passou por duas cirurgias, a primeira emergencial na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e depois transferido pra São Paulo no Hospital Albert Einstein passando por outra cirurgia para corrigir as aderências do intestino e só saiu do hospital no fim de setembro. Uma nova cirurgia está prevista para janeiro depois da posse quando ele retirará a bolsa de colostomia. Desde então ele não realiza mais nenhum ato de campanha nas ruas. Por outro lado movimentos sociais organizam manifestações à favor e contra o candidato e no fim de semana antes da eleição a revista Veja divulga reportagem sobre um processo litigioso de separação de Bolsonaro com a ex- mulher. A disputa por um lugar no segundo turno esquentou e Fernando Haddad cresceu enquanto outras candidaturas não decolavam. 

O primeiro turno foi disputado no dia 7 de outubro e Bolsonaro e Haddad se credenciaram para disputar o segundo turno deixando outros 11 candidatos para trás. 

Os candidatos que foram derrotados






Marina Silva sucumbiu junto da Rede que ameaça ser extinta, Alckmin fez o pior desempenho do PSDB na história e Ciro surge como nova liderança para fazer uma oposição menos radical e propositiva

Dos candidatos derrotados no primeiro turno a maior desidratação foi de Marina Silva que de mais de 22 milhões de votos obtidos em 2014 passou a ter pouco mais de 1 milhão de votos ficando atrás de nomes menos famosos como João Amoêdo e Cabo Daciolo. Depois de 24 anos o PSDB obteve seu pior desempenho em uma eleição presidencial. Apesar de ter maior tempo de televisão Geraldo Alckmin naufragou numa campanha de ataques sem efeito e amargou o pior resultado dos tucanos. Ciro Gomes ficou em terceiro lugar e tem tudo pra liderar uma nova oposição menos radical a com propostas para o Brasil.

Uma nova polarização surge

O segundo turno ficou marcado pea ausência de debates entre os dois candidatos e a polarização entre os dois candidatos. Por causa do atentado à faca Bolsonaro é proibido pelos médicos de ir aos debates. Ataques entre os dois candidatos ocorreram durante a propaganda política, pelo país ocorrem inúmeros episódios de violência: um dia após a votação no primeiro turno o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê é morto à facadas pelo motivo de discussão política e no dia 18 de outubro reportagem da Folha de S. Paulo revelou que o WhatsApp,. aplicativo de conversas on line foi usado por apoiadores de Bolsonaro para fazer ataques ao PT, o que configura uso de caixa 2 através de doação ilegal de campanha, o que é proibido por lei.

E Bolsonaro chega lá



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Bolsonaro é saudado no dia da votação que o consagrou, discursa no momento da vitória e é diplomado em dezembro, estando apto a tomar posse

No dia 28 de outubro os brasileiros voltaram às urnas para escolherem o novo presidente. Às 19:25 da noite do domingo o TSE declara que Jair Messias Bolsonaro estava eleito presidente. Foram mais de 57 milhões de votos para o capitão e deputado por sete mandatos (55% dos votos válidos) contra 44% de Fernando Haddad. Bolsonaro venceu em 16 estados e no Distrito Federal enquanto Haddad venceu no Pará e em toda a Região Nordeste numa eielçao onde 42 milhões se abstiveram de votar. No seu discurso da vitória horas depois o novo presidente pediu a união dos brasileiros e prometeu cumprir a Constituição. Para vencer a eleição Bolsonaro não precisou de muito tempo de TV pois ele não precisou de marqueteiros que gastaram milhões mostrando que a partir de agora as campanhas políticas passaram a ter uma nova identidade, acabou a era do marketing político pra impressionar o eleitor.

O começo da transição

 



Bolsonaro cumprimeita Temer sinalizando o começo da transição e Sérgio Moro é um dos 22 ministros da futura equipe de governo

Após ser eleito Bolsonaro iniciou a transição com o governo de Michel Temer e começou a montagem de seu governo escolhendo nomes para compor o ministério. Para a Economia Paulo Guedes será o ministro da área que englobará as pastas da Fazenda, Trabalho e Planejamento, a Casa Civil será ocupada pelo deputado Onyx Lorenzoni, a pasta da Justiça será comandada por Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato, na educação o colombiano Ricardo Vélez será o ministro e na Saúde Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro montou sua equipe com 22 ministérios, diferente da promessa de campanha de apenas 15 ministérios. No dia 10 de dezembro Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão foram diplomados no TSE e estão aptos a tomar posse em 1º de janeiro de 2019 com mandato até 31 de dezembro de 2022. Por outro lado surgem denúncias de movimentações financeiras suspeitas de dois ex- assessores de seu filho Flávio: o ex- PM que era motorista e a assessora que é personal treiner.

O novo mapa político do país




Caciques do MDB como Jucá e Eunício foram reprovados nas urnas assim como Dilma que perde e fica sem vaga no Senado

No novo mapa político após a eleição geral houve uma renovação no Congresso com a derrota de figurões da política nacional. Dentre os célebres derrotados estão Romero Jucá, Eduardo Suplicy, Eunício Oliveira, Edison Lobão e Garibaldi Alves. A ex- presidente Dilma Rousseff que havia sofrido impeachment, mas que manteve os direitos políticos tentou uma vaga no Senado de Minas, liderou as pesquisas, mas na votação nas urnas foi derrotada de forma fragorosa ficando de fora. Na Câmara dos Deputados houve uma renovação de mais de 50% das cadeiras e o PSL saltou de um para eleger 51 deputados formando a segunda maior bancada na Câmara atrás do PT. O deputado mais votado foi Eduardo Bolsonaro que superou a marca de Enéas Carneiro obtendo mais de 1,8 milhão de votos por São Paulo que ainda elegeu o ator pornô Alexandre Frota e a jornalista Joice Hasselmann além do príncipe Luiz Eduardo de Orleans e Bragança e do ativista Kim Kataguri. Janaína Paschoal foi a deputada estadual mais votada com mais de 2 milhões de votos.

As eleições nos governos estaduais

Paralelo à eleição presidencial tivemos eleições para os governos de 26 estados e do Distrito Federal. O PT foi o partido que mais elegeu governadores: foram quatro, todos na Região Nordeste: Bahia com Rui Costa, Ceará com Camilo Santana, Piauí com Wellington Dias e no Rio Grande do Norte com Fátima Bezerra. O PSL elegeu três governadores em Rondônia (CEL Marcos Rocha), Roraima (Antonio Denarium) e Santa Catarina (Comandante Moisés). Também elegeram três governadores o PSB (ES - Renato Casagrande, PE - Paulo Câmara e PB - João Azevedo), MDB (DF - Ibaneis Rocha, PA - Helder Barbalho e AL- Renan Filho) e PSDB (RS - Eduardo Leite, MS - Reinaldo Azambuja e SP - João Dória). O DEM elegeu governadores em Goiás com Ronaldo Caiado e no Mato Grosso com Mauro Mendes, o PSC elegeu governador no Amazonas com Wilson Lima e no Rio de Janeiro com Wilson Witzel e o PSD elegeu governador no Paraná com Ratinho Júnior e em Sergipe com Belivaldo Chagas. Com um governador eleito ficaram o PP no Acre com Gladison Cameli, PDT no Amapá com Waldez Góes, PC do B no Maranhão com Flávio Dino, Novo com Romeu Zema em Minas Gerais e PHS com Mauro Carlesse no Tocantins.

Surpresas nas eleições dos três maiores colégios eleitorais do país

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Romeu Zema e Wilson Witzel saíram de trás e arrancaram para vencer em MG e RJ e em SP o PSDB vai pro sétimo mandato seguido governando o estado, agora com João Dória

A eleição para governador nos três maiores colégios eleitorais do país foi marcada por duas surpresas: Em Minas o empresário Romeu Zema estreou em eleição vencendo o pleito pelo partido Novo derrotando Fernando Pimentel que tentava se reeleger e no Rio de Janeiro o ex- juiz Wilson Witzel saiu da rabeira para superar adversários tradicionais no primeiro turno e disputando o segundo turno venceu o ex- prefeito Eduardo Paes do MDB e será o novo governador herdando um estado falido moral e administrativamente. E em São Paulo o PSDB segue como ocupante do Palácio dos Bandeirantes onde vem ocupando desde 1994. João Dória assumirá a partir de 1º de janeiro o comando do estado mais rico do país mantendo a dinastia tucana em São Paulo.

Ibaneis vence a eleição no DF

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Ibaneis Rocha saltou de 2% para arrancar e vencer a eleição no DF

E em Brasília como foi a eleição? Assim como ocorreu em vários estados a eleição na capital do país foi surpreendente e os brasilienses escolheram seu novo governador. O advogado e ex- presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Ibaneis Rocha do MDB começou a campanha com 2% da preferência do eleitor, mas a partir da segunda metade de setembro arrancou de forma fulminante para assumir o topo e assegurar a vaga no segundo turno. A outra vaga ficou à duras penas para o governador Rodrigo Rollemberg que superou Rogério Rosso, já Eliana Pedrosa que chegou a liderar as pesquisas perdeu fôlego e ficou atrás do Coronel Paulo Chagas (PRP) e o PT amargou com Júlio Miragaya o seu pior desempenho na história das votações do partido no DF. A disputa então foi para o segundo turno e Ibaneis decidiu não ir a nenhum debate, pra muitos seria uma estratégia suicida, mas pesava contra Rollemberg as altas taxas de rejeição de seu governo e Ibaneis disparou nas pesquisas confirmando nas urnas um atropelo com mais de 69% dos votos válidos vencendo em 16 das 19 zonas eleitorais se elegendo governador, o primeiro a nascer no DF. Aos 47 anos Ibaneis herdará um DF enfrentando problemas econômicos e em crise na saúde. Para o Senado foram eleitos Leila do Vôlei do PSB e Izalci Lucas do DEM com Cristovam Buarque que tentava a reeleição ficando de fora, na Câmara dos Deputados apenas um conseguiu se reeleger (Érika Kokay do PT). A mais votada foi Flávia Arruda do PR. Foram também eleitos Bia Kicis (PRP), Júlio César (PRB), Professor Israel (PV), Luís Miranda (DEM), Paula Belmonte (PPS) e Celina Leão (PP). Na Cãmara Distrital houve uma renovação de 2/3 da composição da casa e o deputado distrital mais votado foi Martins Machado do PRB. 

A retrospectiva prossegue amanhã com os destaques da economia.

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