Brasil perde o talento de Marília Pêra

Edison Vara/Agência Pressphoto

Neste sábado o Brasil perdeu uma artista completa em todos os sentidos. A atriz e cantora Marília Pêra morreu aos 72 anos em sua casa no Rio de Janeiro. Segundo informações da Globo News ela lutava contra um câncer no pulmão e nos ossos e estava se tratando de um desgaste ósseo na região lombar. Filha de um casal de atores a sua carreira começou bem cedo com apenas 19 dias de vida, aos quatro anos de idade. Participou de musicais como My Fair Lady e O teu cabelo não nega. Em 1965, ano de inauguração da TV Globo fez parte do primeiro elenco da emissora e atuou nas novelas Rosinha do Sobrado e Padre Tião. Em 1971 depois de uma rápida passagem pela extinta TV Tupi onde atuou em Beto Rockfeller estrelou a novela O Cafona e se destacou no papel de Shirley Sexy, ganhando popularidade e o carinho do público. Ainda atuou em Bandeira 2 e Supermanoela. Se afastou das novelas por oito anos e voltou em O Campeão na Rede Bandeirantes em 1982. Voltou à Globo em 1987 na novela Brega e Chique no papel de Rafaela Alvaray, no ano seguinte fez a vilã Juliana em O Primo Basílio. Fez outros papéis de destaque em outras produções como Lua Cheia de Amor, Cobras e Lagartos, JK entre outras. Seu enorme talento não ficou só na TV, estrelou, dirigiu e produziu musicais e várias peças de teatro. No cinema atuou em 30 filmes, sendo os de maior destaque foram Pixote - A lei do Mais fraco, de Hector Babenco, Tieta do Agreste e Central do Brasil. Nos últimos anos formou uma grande parceria com o ator e dramaturgo Miguel Falabella em produções como o seriado A Vida Alheia, o filme Polaroides Urbanos e a novela Aquele Beijo. O seu último trabalho foi o seriado Pé na Cova em que interpreta a perua Darlene. Neste ano foi homenageada na escola Mocidade Alegre no carnaval de São Paulo, gravou um disco, dirigiu uma peça que vai estrear hoje, justamente no dia de sua morte e gravou um filme. Foi casada com Paulo Graça Mello, Nelson Motta e Bruno Faria e deixa os filhos Ricardo, Esperança e Nina Morena. O velório no Teatro Leblon será apenas para amigos e familiares. Fica aqui nossas condolências e a reverência a um talento nato que o Brasil perdeu neste sábado.

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