O mês em resumo: Brasil vê uma revolução nascer nas ruas

O quadro O Mês em Resumo traz hoje os principais fatos do mês de junho, um mês histórico na vida dos brasileiros.




















Tudo começou quando aumentaram as passagens de ônibus em São Paulo para R$ 3,20. Foi a senha para o começo de uma série de manifestações que mobilizaram o país. Nos primeiros protestos, manifestações pacíficas, mas em 13 de junho a revolta toma novos ares. Manifestantes confrontam com a polícia e o centro de São Paulo vira praça de guerra. A repressão policial trouxe de volta momentos tristes da ditadura. Foi então que o povo resolveu ir pra rua, como na campanha publicitária de uma marca de automóveis e pelas redes sociais o movimento ganha força. Na histórica segunda feira de 17 de junho milhares de pessoas foram pras ruas para iniciar uma maratona de protestos. Por todo o país manifestações contra o estado de coisas que vinha assolando o país. A classe política sentiu na pele os efeitos. Em Brasília, um grupo invadiu o Congresso Nacional e por lá ficou, dias antes houve manifestações perto do estádio Mané Garrincha, aliás a Copa das Confederações de 2013 entra pra história como o torneio marcado por manifestações. Nas proximidades dos estádios teve protestos, a maioria pacíficos, mas violentos. E como o povo participou. Na abertura em Brasília, vaias para Dilma.

Diante de tanta pressão, governo e prefeitura paulistana decidem reajustar o preço voltando para R$ 3,00. Só que o que ninguém esperava era ver 1 milhão nas ruas. Em outro dia histórico, 20 de junho, o país despertou para protestar contra os gastos absurdos com a Copa do Mundo, os políticos, o fim da PEC 37, a não aprovação à Cura Gay, projeto do deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Cãmara. Por todo o Brasil, manifestações pacíficas, só que no meio de tanta gente de bem que protestava por um país melhor havia um bando de arruaceiros. Bandidos disfarçados de manifestantes que resolveram anarquizar a situação protagonizando atos de vandalismo, depredações, saques e confrontos com policiais. Em Brasília, o exemplo de tudo isso: O Palácio do Itamaraty, símbolo das Relações Exteriores foi alvo desse grupo de marginais. Nem a imprensa escapou da fúria: jornalistas como Caco Barcelos foram agredidos covardemente e carros de reportagem do SBT e da Rede Record foram queimados.

Diante de tudo isso, Dilma se sentiu acuada e na noite do dia 21 em pronunciamento à nação convoca um novo pacto. No dia 24 se reúne com os ministros para discutir a proposta de um plebiscito sobre a reforma política, no dia 25 o Congresso vota e aprova o status de crime hediondo para a corrupção, o arquivamento da PEC 37 que limitava os poderes do Ministério Público e o fim do voto secreto, tudo isso depois da pressão popular. No dia 26 o deputado Natan Donadon, do PMDB de Rondônia é condenado à prisão pelo STF, dois dias depois se entrega e é preso. É o primeiro parlamentar desde a retomada da democracia que vai parar no xilindró. Toda essa onda causa forte abalo nos índices de popularidade de Dilma que cai de 57 para 30%.


Não foi só no Brasil que o povo foi para as ruas. Na Turquia a Praça Taksim é tomada pelo povo para protestar contra a reforma na praça para dar lugar a um shopping e à gestão do primeiro ministro Tayip Erdogan. Três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.


Nelson Mandela voltou a ser internado, e sua saúde se complicou. Aos 94 anos, Madiba sofre com sucessivas internações devido à problemas pulmonares.


Edward Snowden, um agente da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos denunciou o esquema de espionagem de centenas de pessoas comuns que foram bisbilhotadas manchando ainda mais a imagem do governo de Barack Obama.


Foi como uma bomba. Alegando redução de verbas salariais, o apresentador Gugu Liberato deixa a Rede Record quando ainda tinha quatro anos de contrato. Gugu não conseguiu decolar seu programa nos domingos da emissora e no dia 9 fez sua despedida. No seu lugar assumiu Rodrigo Faro que levou seu O Melhor do Brasil para a guerra de audiência, mas vem colecionando derrotas para Eliana e Fausto Silva e ás vezes para as transmissões de futebol da Bandeirantes.


























Dentro dos estádios, muita festa e agitação da torcida, fora deles, problemas com acessibilidade, comida e a retirada de ingressos. Assim, a Copa das Confederações fica pra história como o evento que resgatou a paixão do torcedor com a camisa amarelinha. A seleção brasileira trouxe de volta o torcedor, que cantou junto o hino nacional à capella, mesmo com trechos curtos e o torcedor retribuiu dando espetáculo nas arquibancadas dos novos estádios, deu seu recado, protestou, vibrou, torceu, enfim fez a festa. E não poderia terminar da melhor forma. Com um show de bola, a seleção coloca na roda a toda poderosa Espanha na grande final no Maracanã lotado num dia histórico. Neymar, o menino que vai galgando degraus para chegar ao topo do mundo comandou esse time com belos gols e jogadas sensacionais que renderam o prêmio de melhor jogador do torneio. Mas não foi só Neymar quem brilhou. Jogadores como Julio César, Paulinho, Fred e cia deram sua enorme contribuição e no banco, Luiz Felipe Scolari conseguiu fazer com que a seleção voltasse a ser o orgulho do Brasil.


Mas a Copa das Confederações não foi só um show brasileiro. Teve também a simpática e esforçada seleção do Taiti, um time praticamente amador com um único profissional no elenco e que foi a grande atração da competição ao tomar três goleadas em três jogos. Mesmo assim entraram pra história ao marcar um gol, com Jonathan Tehau que se tornou herói em seu país. Os taitianos agradeceram o apoio da torcida na partida de despedida e depois dessa experiência eles verão o futebol com outros olhos.


Nas pistas, um mês sangrento com cinco mortes no mundo da velocidade. Só em um fim de semana foram quatro mortes: Nas 24 Horas de Le Mans na França o dinamarquês Allan Simonsen morreu em acidente no começo da corrida. Em Paul Ricard, também na França o piloto italiano Andréa Mamé morreu ao bater com seu Lamborghini num acidente com outros quatro carros. Na Austrália um piloto morreu durante uma prova de motos e na Alemanha o veteranoWolf Silvestre morre de ataque cardíaco durante corrida em Nurburgring. No Brasil houve a morte de Cristiano Ferreira, de 29 anos que foi atropelado por uma moto na saída do S do Senna. Ele não resistiu à uma série de ferimentos e morreu e nos Estados Unidos o piloto da NASCAR Jason Leffler morre em acidente durante prova de sprint cars em Bridgefort, em Nova Jersey.


Jornalista, escritora e atriz, Scarlet Moon ficou mais conhecida por ter sido casada com o cantor Lulu Santos por quase 30 anos. Trabalhou em telejornais na Globo e tinha coluna no jornal O Globo. Scarlet sofria de síndrome de Shy Drager e morreu na madrugada do dia 5 de parada cardiorrespiratória.


Ela era conhecida como a sereia de Hollywood, por ter sido inventora do musical em piscina. Esther Williams morre no dia 6 depois de brilhar nas telas do cinema.

O ator James Gandolfini morre em 19 de junho na Itália e ficou conhecido como Tony Soprano na série Família Soprano


Ele escreveu um clássico sobre as organizações de esquerda e direita no Brasil além de falar sobre a luta armada na ditadura. O historiador Jacob Gorender, autor de Combate nas Trevas morre no dia 11 aos 90 anos.


A escritora Tatiana Belinky escreveu inúmeros contos na literatura infanto juvenil e foi importante para a popularização da obra de Monteiro Lobato, pois foi ela que adaptou na extinta Rede Tupi a primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo para a televisão. Tatiana Belinky morre no dia 15, aos 94 anos. O mês marca ainda a mortes de Francisco Scarpa, patriarca da família e pai do socialite Chiquinho Scarpa.

Em julho tem mais resumo mensal.

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