Acaba uma era na CBF: Ricardo Teixeira enfim deixa a presidência

Depois de 23 anos à frente da CBF, Ricardo Teixeira anunciou nesta segunda feira sua renúncia do cargo de presidente da entidade. A carta de renúncia foi lida por José Maria Marin. Teixeira alegou cuidar mais de sua saúde mas se coloca à disposição para continuar a colaborar com o futebol brasileiro. No poder desde 1989, Ricardo Teixeira foi o presidente que mais tempo ficou na CBF. Foi durante sua gestão que o Brasil conquistou duas Copas do Mundo (1994 e 2002), três Copas das Confederações (1997, 2005 e 2009) e cinco edições da Copa América (1989, 1997, 1999, 2004 e 2007). Foi também na gestão de Ricardo Teixeira que foi criada a Copa do Brasil no seu primeiro ano de mandato e foi na gestão Teixeira que o campeonato brasileiro se transformou passando a adotar a fórmula dos pontos corridos no sistema de turno e returno a partir de 2003. Foi também na sua gestão que ele obteve sua maior conquista: a candidatura vitoriosa do Brasil em sediar a Copa do Mundo de 2014.

Mas sua passagem pelo comando da CBF ficará marcada pelo seu envolvimento em esquemas de corrupção. Um deles ocorreu em 2001. Denúncia da BBC de Londres apontou o dirigente como um dos que teriam recebido dinheiro irregularmente da empresa ISL que faliu no mesmo ano. Por conta disto, teve de comparecer à CPI do Futebol em 2000, mas o título de 2002 deu força para passar pelo turbilhão, mas em fevereiro rumores davam conta de que o mandatário da CBF renunciaria depois do carnaval, mas somente hoje é que foi confirmada a renúncia. Ele também presidia o Comitê Organizador da Copa de 2014. Assume o mandato o vice José Maria Marin, aquele que escondeu uma medalha em uma premiação. O futebol agradece.