Retrospectiva 2011: MMA vira febre em ano de Fabianas campeãs

A Retrospectiva 2011 segue e hoje é dia de relembrar o que foi notícia no esporte num ano que duas Fabianas entraram para a história do esporte brasileiro, de um retorno que esperou 16 anos de jejum, de um novo rei das quadras, mas sem dúvida nenhuma, o ano de uma modalidade que cresce cada vez mais em todo o planeta.

FATO DO ANO: Uma nova febre nacional


Anderson "Spider" Silva elevou o nome do Brasil no MMA com suas lutas

2011 foi marcado pelo surgimento de uma nova febre que tomou conta do país. As lutas do MMA (tradução de artes marciais mistas) conquistou os brasileiros. As lutas do UFC, o maior evento da modalidade viraram mania nacional e o público passou a torcer pelos lutadores brasileiros, sendo o maior expoente da modalidade Anderson Silva. Em fevereiro durante o UFC 126 nocauteou o compatriota Vitor Belfort com um potente chute frontal no rosto. Esse chute foi ensinado pelo ator Steven Seagal.

No dia 28 de agosto o UFC Rio reuniu anônimos e celebridades para acompanhar as lutas no octógono e mais uma vez, Anderson Silva mostrou porque é um dos melhores lutadores da atualidade ao vencer o japonês Yushimi Okani no segundo assalto. Empresariado pela empresa 9ine de Ronaldo Nazário, o lutador passou a ser representante do Corinthians. A transmissão do UFC Rio rendeu o primeiro lugar para a Rede TV! no Ibope e animou a Rede Globo a comprar os direitos de transmissão em TV aberta. No dia 12 de novembro, a emissora alcançou a liderança com a transmissão da luta de Júnior Cigano dos Santos contra Cain Velasquez com direito à narração de Galvão Bueno que criou a expressão "gladiadores do terceiro milênio" para designar os lutadores. O Brasil também se destacou ainda com os irmãos Minotauro e Minotouro, Lyoto Machida e Maurício Shogun, mas a atual sensação do UFC atende pelo nome de Jon Jones que é campeão dos pesados e manteve o título ao vencer no último dia 10 o brasileiro Lyoto Machida.

Fabianas que fazem história



Fabiana Murer fez história ao vencer em Daegu e Fabiana Beltrame fez história na Eslovênia

Em 2011 duas Fabianas elevaram a glória e se tornaram as primeiras brasileiras campeãs mundiais. A primeira delas, Fabiana Murer alcançou a glória máxima no Mundial de Atletismo disputado em Daegu em agosto na final do salto com vara feminino. Fabiana superou a marca de 4,85 e derrotou a bicampeã mundial e olímpica Yelena Isinbayeva. Este foi o primeiro título mundial da história em mundiais de atletismo. A saltadora ainda conquistou medalha de prata no Pan de Guadalajara. A outra Fabiana campeã é a remadora Fabiana Beltrame, primeira brasileira campeã mundial de remo. O feito foi no mundial na Eslovênia. Ela foi a primeira colocada na categoria skiff simples leve, só que esta categoria não faz parte dos Jogos Olímpicos, mas a remadora vai tentar buscar a vaga.

Um ano de sustos e glórias para Cielo


César Cielo passou do susto do doping para as medalhas

O nadador César Cielo teve um ano conturbado, mas vitorioso nas piscinas. O nadador foi acusado de doping em julho pelo uso de furosemida, um diurético proibido pelo COI. Cielo e mais três nadadores foram flagrados, mas receberam uma advertência. Absolvido, Cesão foi com tudo para conquistar duas medalhas de ouro nos 50 m borboleta, que não é sua especialidade e nos 50 m livre se tornando bicampeão mundial da prova. O Brasil fez bonito no mundial da China conquistando ainda mais um ouro com Felipe França nos 50 m peito. Na maratona aquática feminina, Ana Marcela Cunha levou ouro na prova dos 25 Km, compensando a perda da vaga olímpica na prova dos 10 Km.

Basquete masculino quebra jejum e volta a disputar as Olimpíadas



Seleção jogou com o coração e sem Nenê e Leandrinho conquistou a vaga olímpica sob o comando do argentino Rúben Magnano

Foram 16 anos de espera para que o basquete brasileiro voltasse a disputar os Jogos Olímpicos. Assim o basquete masculino do Brasil garantiu uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres graças à Ruben Magnano. O técnico que colocou a Argentina no primeiro time da modalidade comandou um time coeso e unido em quadra. Assim, a seleção derrotou seus adversários, entre eles a Argentina na casa deles. A classificação heroica veio na partida dramática contra a República Dominicana, que havia nos derrotado na fase inicial. A vitória de 82 x 76 classificou o Brasil para voltar a estar entre as 12 equipes da Olimpíada. A última vez que o basquete masculino jogou uma Olimpíada foi em Atlanta 1996, ainda com o ídolo Oscar Schmidt. Já a seleção feminina conquistou com sobras sua vaga no sul Americano disputado em Neiva, na Colômbia.


Time de Brasília, liderado por Nezinho conquistou seu terceiro título nacional e o segundo no NBB

Na terceira edição do Novo Basquete Brasil, o Brasília conquistou seu terceiro título nos últimos cinco anos vencendo a equipe de Franca. Na NBA, liga profissional de basquete dos Estados Unidos o campeão foi o Dallas Mavericks do alemão Dirk Nowitzki. A temporada de 2011/2012 ameaçou ser cancelada, mas os jogadores e os dirigentes entraram em acordo e a liga terá 66 jogos na temporada regular que começa no dia de Natal.

Ficamos no quase


Seleção masculina conquistou a vaga olímpica na Copa do Mundo do Japão

O vôlei brasileiro, o mais vitorioso do país passou o ano no quase. As seleções masculina e feminina só conseguiram apenas o ouro do Pan. O time masculino de Bernardinho perdeu a chance de chegar a dez títulos na Liga Mundial ao perder pra Rússia que conseguiu sua revanche, pois havia perdido para os brasileiros em 2010. Os russos ficaram com o seu segundo título na Liga, já as mulheres foram paradas pelas americanas no Grand Prix em agosto. Na Copa do Mundo, que valia vaga pra Londres, as meninas acabaram ficando na quinta posição e desperdiçaram a chance de classificação, mas ainda tem mais uma chance no Pré Olímpico que será disputado em maio. Já os rapazes suaram e conquistaram a vaga nos Jogos Olímpicos derrotando na última rodada o Japão.

Nole, o rei das quadras


Novak Djokovic dominou o tênis em 2011 e assumiu o posto de número 1 do mundo

Em 2011 não teve pra ninguém no tênis. Só deu Novak Djokovic. O tenista sérvio foi arrasador no ano e começou com tudo a temporada vencendo o Aberto da Austrália perdendo apenas um set em toda a campanha. Nole ainda ganhou no primeiro semestre mais quatro títulos do Masters 1000 e um ATP 250. Em junho viu sua invencibilidade de 43 jogos ir pro espaço ao perder para o suíço Roger Federer em Roland Garros. Era questão de tempo se tornar o número 1. Em 1º de julho ao vencer na semifinal de Wimbledon o francês Jo Wilfred Tsonga, Djokovic assumia o posto de número 1 que foi ratificado na decisão superando o espanhol Rafael Nadal. O ano ainda teve mais um título do Masters 1000 no Canadá e o título do US Open, depois de uma maratona de 4 horas de partida contra Rafael Nadal. Ao todo, foram nove títulos, três deles Grand Slam. Entre as mulheres a dinamarquesa Caroline Wozniacki se mantém como a número 1. Para o Brasil,2011 não vai deixar saudades. Thomaz Belucci teve seu melhor momento no Masters 1000 de Madrid quando foi parado na semifinal por Djokovic, depois seguiu sua sina de derrotas e no final do ano anunciou o fim da parceria com o ex- técnico de Guga Larri Passos.

A retrospectiva continua amanhã quando vamos relembrar os Jogos Pan Americanos de Guadalajara.

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1 Comentários

Kleber Nunes disse…
Dos fatos esportivos que citei sem dúvida nenhuma o MMA foi o grande destaque. As lutas no octógono viraram febre e o Anderson Silva não cansou de aparecer em programas de TV. Isso foi legal pra imagem dele que fez com que as lutas chegassem à essa popularidade. Agora, o Jon Jones vem mostrando sua força ainda mais depois que finalizou o Lyoto Machida.