Top 10 Olímpico Brasil: Rodrigo Pessoa, do refugo de Sydney ao ouro herdado em Atenas

No capítulo de hoje do Top 10 Olímpico Brasil destacaremos a volta por cima de Rodrigo Pessoa que viu o ouro ir embora e que ganhou o ouro herdado por doping.




Filho do lendário Nélson Pessoa Rodrigo Pessoa estreou em jogos olímpicos em Barcelona 1992, em Atlanta foi medalha de bronze nos saltos por equipe e em Sydney 2000 chegava como favorito a ganhar a prova, pois era campeão mundial de hipismo em 1998. Sua montaria era Baloubet du Rouet, considerada na época a melhor montaria. E Rodrigo começou bem zerando o percurso na primeira fase. Antes da prova final ele ajudaria de novo a equipe brasileira a levar o bronze e então veio o dia da final. Era o último dia dos jogos olímpicos e o Brasil estava zerado em medalha de ouro e Rodrigo era a última esperança, bastava ele zerar o percurso e o ouro era dele, mas logo no primeiro obstáculo Baloubet cometeu falta, depois em outro obstáculo Baloubet não conseguiu passar pelo duplo e refugou três vezes sendo eliminado da disputa. O refugo foi motivo de piada e acabou sendo um triste retrato de Sydney, como definiu a manchete do caderno de esportes de O Globo reproduzida acima. O Brasil ficou em 52º lugar no quadro de medalhas sem um ouro sequer.


Quatro anos depois nos jogos de Atenas de novo com Baloubet conquistou a medalha de prata no desempate, mas semanas depois o cavaleiro irlandês Cian O'Connor que ganhou o ouro teve sua montaria Watterford Crystal flagrada por doping e Rodrigo herdou a medalha de ouro recebendo o laurel um ano depois em Copacabana. Rodrigo ainda disputaria os jogos de Pequim e Londres onde foi nosso porta bandeira, ficou de fora no Rio, voltou em Tóquio e agora em Paris deverá fazer parte da equipe brasileira mais uma vez, agora com a montaria Major Tom. Baloubet du Rouet morreu em 2017 e a montaria é considerada como uma das melhores de toda a história do hipismo e recentemente virou documentário disponível no canal do Comitê Olímpico Brasileiro no YouTube.

Semana que vem as medalhas mais improváveis que o Brasil conquistou em 100 anos de participação olímpica.

Postar um comentário

0 Comentários