Continuando nossa retrospectiva vamos trazer o que foi notícia no Brasil em, mais um ano repleto de crimes, mortes causadas pela ação da natureza e casos revoltantes contra mulheres, casos de racismo e nazismo.
A fúria das águas que matam e deixam rastros
Chuvas deixam rastro de morte em São Paulo e em Petrópolis na maior tragédia do município carioca em 90 anos
A história se repete: as chuvas voltaram a causar estragos no início do ano. No dia 15 de fevereiro Petrópolis voltou a viver o drama da enchente nessa que foi a pior tragédia da história da cidade. 233 pessoas morreram durante o temporal de 3 horas que castigou a cidade com deslizamentos de terra e destruição. Foram registrados 259,8 mm de chuva na maior medição desde 1932. Um mês depois um novo temporal aumentou pra 241 o número de mortos pelas chuvas. O impacto econômico deixou prejuízos de 78 milhões de reais ao município. E não foi só no Rio que as chuvas castigaram e mataram. São Paulo sofreu no fim de janeiro com as enchentes que mataram 24 pessoas e no Recife as fortes chuvas seguidas de deslizamentos de terra mataram 126 pessoas entre maio e junho.
Dez pessoas foram vítimas da queda de uma rocha no lago de Furnas na região do Capitólio, importante ponto turístico de Minas
No dia 8 de janeiro uma outra tragédia abalou o país. A região do Capitólio na Grande Minas foi palco de uma tragédia. Uma rocha se desprendeu do cânion e provocou a morte de 10 pessoas. A perícia apontou como causa o estado avançado de erosão. O local é um dos pontos turísticos de visitação mais frequentes e ficou semanas fechado até voltar.
Os crimes que chocaram a sociedade
Moise foi morto por causa de uma dívida, o ganhador da Mega Sena é morto misteriosamente, Genivaldo foi vítima da truculência policial e por milagre Gabriel Luiz escapa da morte em tentativa de homicídio
O ano foi marcado por crimes violentos. Em janeiro o congolês Moise Kabagambe, um refugiado foi morto de forma covarde. Ele foi vítima de três covardes que cobrava uma dívida de R$ 200 no quiosque Tropicália. Em abril o jornalista da TV Globo de Brasília Gabriel Luiz foi esfaqueado depois da tentativa de latrocínio no Sudoeste. Felizmente ele se recuperou e em agosto voltou às atividades na emissora. No dia 25 de maio em Umbaúba, no estado de Sergipe houve a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele foi imobilizado por policiais porque estava andando sem capacete e depois torturado de forma impiedosa. No mês de agosto em Minas a menina Bárbara Vitória foi morta por um monstro que a sequestrou e esganou a pobre menina que foi à padaria comprar pão. Em setembro no município de Hortolândia houve o assassinato misterioso de Jonas Lucas, ganhador da Mega Sena.
A interminável guerra entre polícia x tráfico no Rio
Conflitos entre policiais e traficantes sempre sobram para os mais pobres e em 2022 foram mais de 60 mortos em três operações policiais
O Rio de Janeiro viu uma sucessão de operações letais que entraram pra história. Em maio 23 pessoas morreram em uma operação militar na Vila Cruzeiro, dois meses mais tarde 18 pessoas foram mortas em outra operação militar no Complexo do Alemão e em novembro 20 pessoas morreram em mais uma operação militar, agora no Complexo da Maré.
Mancha de sangue na Amazônia: O duplo assassinato que revoltou o mundo
Bruno Araújo e Dom Phillips pagaram com a vida e foram mortos por denunciar a pesca ilegal, crime ecológico sem punição na Amazônia
Em junho a Amazônia voltou às manchetes do mundo por causa de um crime bárbaro. O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram até o Vale do Javaria, segunda maior terra indígena da região amazônica para investigar a ação ilegal de pescadores e acabaram caindo numa emboscada sendo mortos de forma bárbara e torpe. Bruno e Dom foram mortos por um pescador que além de ter dado os tiros esquartejou e enterrou ambos os corpos. O assassino, Amarildo de Oliveira conhecido como Pelado matou ambos com munição de caça, ou seja eles foram caçados como animais e outros dois suspeitos foram presos e indiciados por duplo homicídio e ocultação de cadáver e todos deverão ser julgados agora em janeiro. Mais uma vez o mundo repudiou de forma veemente o assassinato que manchou mais uma vez a reputação da Amazônia.
O anestesista estuprador
Giovanni Quintella causou monstruosidade ao estuprar pacientes e revolta o país
Um dos casos mais escabrosos chamou a atenção dos brasileiros em julho. Giovanni Quintella era médico anestesista e da noite pro dia virou monstro. Um celular gravou cenas abjetas do médico praticando o ato de estupro em uma mulher que iria dar a luz à uma criança e o caso ocorreu em São João de Meriti no Rio de janeiro.
Um ator atrás das grades
Em setembro o ator José Dumont de 72 anos viu sua carreira ruir ao ser preso por pedofilia. Dumont teve o computador recolhido pois tinha mais de 240 arquivos contendo pornografia infanto-juvenil.
O mal contra as mulheres, racismo e nazismo: onde vamos parar?
Klara Castanho sofreu com a exposição suja e covarde do método legal de adoção após estupro, a procuradora Gabriela foi vítima de um machão, Thiago Brennand e Gabriel Monteiro foram parar atrás das grades por violência contra a mulher
Mais um ano que a mulher sofre todo e qualquer tipo de violência e exemplos não faltaram. Em março quando a intervenção militar na Rússia ia a todo vapor o deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe falei fez declarações sexistas contra as mulheres ucranianas e acabou sendo expulso do Podemos não se candidatando na eleição. Em junho a atriz Klara Castanho acabou tendo seu caso onde foi estuprada e engravidou doando a criança, tudo feito de forma legal exposto de forma grosseira pelo fofoqueiro Léo Dias e por Antônia Fontenelle. Ainda em junho a procuradora Gabriela Samadello foi agredida de forma covarde pelo procurador Demétrius Oliveira de Macedo que acabou preso. Em setembro a jornalista da ESPN Jéssica Dias sofreu assédio ao ser beijada durante um link ao vivo por um torcedor do Flamengo. Outra jornalista esportiva, Bárbara Coelho da TV Globo também sofreu assédio ao ter uma foto sua como pano de fundo para um babaca se masturbar. O empresário Thiago Brennand foi acusado de agredir mulheres em uma academia e as imagens divulgadas pelo Fantástico ajudaram na prisão dele em outubro. Ele acabou preso em Dubai e extraditado. Já Robinho foi condenado em janeiro a 9 anos de prisão em última instância. Em 2013 ele foi acusado de estupro quando jogava no Milan da Itália e apesar de ser condenado o jogador não poderá ser extradiado. E em novembro Gabriel Monteiro, ex-vereador carioca foi preso, acusado por estupro e quebra de decoro parlamentar pois foi flagrado em postagens de vídeos íntimos com um menor de idade.
O ano também teve casos de racismo envolvendo pessoas negras e em outubro o humorista Eddy Júnior e o cantor Seu Jorge sofreram racismo gratuito. Eddy Júnior foi xingado por uma vizinha do prédio onde morava em um condomínio de São Paulo, já o cantor durante um show em Porto Alegre foi alvo de racismo e o caso teve investigação aberta para apurar de quem foi a responsabilidade.
E ainda teve espaço pro nazismo. Em fevereiro durante uma live na internet com os deputados Kim Kataguiri e Tábata Amaral o influencer Bruno Abib, o Monark acabou fazendo apologia ao nazismo e como consequência foi demitido do Flow. Por ter feito o gesto nazista Adrilles Jorge acabou sendo demitido da Jovem Pan, mas retornou depois.
O duro castigo para Flordelis
Flordelis após a leitura da sentença: 50 anos de prisão pelo assassinato de Anderson
A ex-deputada federal Flordelis foi condenada a 50 anos de prisão por ter sido a mandante do crime com o pastor Anderson do Carmo em junho de 2019. Flordelis foi condenada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de duplo homicídio e associação criminosa.
Tragédia em escolas abala o Espírito Santo
O assassino camuflado e as vítimas da tragédia em Aracruz, mais uma dentro de uma escola
A cidade de Aracruz no Espírito Santo foi palco em 25 de novembro de um terrível ataque à duas escolas no qual teve quatro mortes, três professoras e uma aluna mortos além de 12 feridos. O assassino tem apenas 16 anos e entrou camuflado atirando quem vinha pela frente. Ele usou duas armas do pai que é policial militar, foi localizado e preso. O autor do crime irá responder a processo e ficará detido por 3 anos, como está previsto pelo Estatuto da Criança e Adolescente podendo ser solto. Ainda tivemos outros casos de ataque em uma escola: o primeiro ocorrido em setembro na cidade baiana de Barreiras. Uma adolescente de 14 anos atirou em uma aluna que acabou morrendo e um mês depois em Sobral no Ceará um adolescente de 15 anos entrou armado e atirou contra os alunos, três deles foram atingidos e um morreu.
As tragédias que abalaram Brasília
Gisele Boaventura perde a vida ao ser atingida por um carro descontrolado e três mortos por negligência e irresponsabilidade da Neoenergia por ter deixado um cabo solto
Brasília viu duas tragédias que abalaram a cidade. Em 6 de julho Gisele Boaventura de 54 anos perdeu a vida ao ser atingida em cheio, atropelada e arremessada de uma altura de 9 metros, teve o pé e a perna amputadas no impacto e morreu. O caso ocorreu na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Outras duas pessoas entre elas um bebê de 5 meses ficaram feridas. O motorista do veículo passou mal e desmaiou. Em 9 de dezembro três pessoas da mesma família morreram eletrocutadas por um cabo de alta tensão da Neoenergia em Ceilândia. O caso ocorreu em um dia chuvoso. As vítimas sofreram uma descarga elétrica fatal e a Neoenergia foi avisada várias vezes pela população e deu de ombros e foi só acontecer a tragédia pra que as medidas de providência fossem tomadas.
A retrospectiva prossegue a seguir com os destaques internacionais.
Não serão aceitos comentários preconceituosos, racistas e ofensivos, pois os mesmos serão DELETADOS.