Globo 50 Anos: Os humorísticos que ficaram pra sempre na memória

A partir de hoje e durante essa semana vamos resumir nessa semana especial os 50 anos da Rede Globo que são completados neste domingo. Pra começar os programas humorísticos.

O humor na Globo começou com o Câmera Indiscreta, versão do popular Candid Camera, as tradicionais pegadinhas. Dercy Gonçalves teve o Dercy de Verdade exibido em 1967. Um ano depois foi exibido o Balança mas não cai em versão televisiva do programa de rádio com os quadros do Primo rico e primo pobre e a dupla Fernandinho e Ofélia e ficou no ar por três anos e ainda uma nova versão foi produzida em 1982.




No ano de 1970 chegava Chico Anysio. A partir daí seu humor fez história na Globo. primeiro com Chico City, uma fictícia cidade onde reuniu ali todos os 209 tipos criados até então. Em 1975 o personagem Azambuja ganhava um programa solo devido ao sucesso dos monólogos exibidos no Fantástico. Depois veio o Chico Anysio Show. Em 1990 o professor Raimundo levou sua escolinha para o horário nobre e ficou no ar durante cinco anos. Em 91 o humorista teve o Estados Anysios de Chico City que trouxe como inspiração o Chico City. Ainda teve o Chico Total exibido em duas versões em 1981 e 1996, O Belo e as Feras em 1998 e a homenagem Chico e Amigos exibida em 2009. Dentre os tipos mais marcantes destaca - se Justo Veríssimo, Alberto Roberto, Nazareno, Professor Raimundo, Bento Carneiro, Salomé, Bozó e tantos outros.


O primeiro programa humorístico moderno para a época foi o Faça Humor não faça guerra em 70. O programa trouxe uma inovação com esquetes curtas e cortes secos, diferente do formato adotado dos humorísticos do teatro de revista. No elenco Jô Soares, Paulo Silvino, Miéle e grandes nomes. Em 73 estreou o Satiricom, uma sátira à comunicação e ao comportamento humano. Em 1976 estreia O Planeta dos Homens, satirizando os costumes e fazendo crítica social. A abertura trazia um macaco comendo banana e dentro dela saía a bailarina Wilma Dias. Ainda teve espaço para a Praça da Alegria com Miele, Ronald Golias com seu Superbronco e Kika e Xuxu com Stenio Garcia.


No dia 7 de janeiro de 1977 foi exibido o especial dos Trapalhões. Era o começo de uma história de sucesso e que marcou milhares de gerações. Durante 18 anos nas noites de domingo o quarteto formado por Renato Aragão, o Didi, Dedé Santana, Mussum e Zacarias fez milhares de brasileiros rirem com o humor pastelão e esquetes curtas sobre o cotidiano. Os impagéveis musicais com Didi imitando astros da MPB ficaram pra sempre, muitos deles com Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Maria Bethania entre outros.


Antes de ser entrevistador, Jô Soares fez história com o Viva o Gordo. O humorístico ficou marcado pelas sátiras à política em tempos de abertura política e redemocratização. Dentre os personagens marcantes destaque para o exilado Sebá, Capítão Gay, o Reizinho, Zé da Galera e outros.


Em abril de 1988 um grupo de redatores capitaneados por Luis Fernando Veríssimo e pelo Casseta e Planeta revoluciona a linguagem da TV. Surgia a TV Pirata. O programa satirizava a TV com muito besteirol e com a realidade brasileira. Quadros como a novela Fogo no Rabo com o impagável Barbosa de Ney Latorraca, As Presidiárias com Cláudia Raia e TV Macho com Guilherme Karam no papel de Zeca Bordoada ficaram marcantes na vida dos brasileiros.


Em 92 a turma do Casseta e Planeta ganhou programa próprio. Com o slogan humorismo verdade e jornalismo mentira a trupe fez muita gente rir durante mais de dez anos. Dentre os personagens inesquecíveis destacam - se as imitações de Bussunda dos ex- presidentes FHC e Lula, o personagem Marrentinho Carioca do Tabajara Futebol Clube, o marombado Carlos Massaranduba (Vou dar porrada!), Seu Creysson que chegou a ser candidato nas eleições de 2002 e tantos outros.


Em 1996 uma sitcom exibida após o Fantástico conquistou o Brasil. O Sai de Baixo ficou seis anos no ar e trazia as peripécias de Vavá, personagem de Luís Gustavo, Cassandra (Aracy Balabanian), Caco Antibes (Miguel Falabella), Magda (Marisa Orth) e ainda tinha as empregadas Edileuza (Cláudia Jimenez), Neide Aparecida (Márcia Cabrita) e o porteiro Ribamar (Tom Cavalcante). O programa era gravado ao vivo com plateia e o público delirava com a comédia de improviso.



Em 1999 foi lançado o Zorra Total, programa que mistura a experiência dos mestres com novos talentos do humor e em breve virá reformulado. Dentre as séries humorísticas os destaques são para Os Normais com Fernanda Torres e Luís Fernando Guimarães e Tapas e Beijos, desta vez ao lado de Andréa Beltrão e para as duas versões de A Grande Família, recentemente saído do ar.

Amanhã a linha de shows, os programas de auditório e realitys.

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