O jornalismo está de luto em especial o jornalismo comunitário com a morte na noite de ontem da jornalista Susana Naspolini aos 49 anos. Susana travou uma batalha contra o câncer na qual venceu várias vezes com alto astral, mas nesta última a doença foi para a bacia e se espalhou em metástase não resistindo. O anúncio da morte foi feito pela filha Júlia de 16 anos. O povo carioca se apaixonou pelo jeito simples e direto de denunciar os problemas do dia a dia das comunidades unindo diversão, informação e prestação de serviços com bom humor e interação com os moradores sendo firme na cobrança com as autoridades para a solução dos problemas cotidianos. Com um calendário de papel nas mãos a jornalista junto de sua equipe marcava dia para retorno, sendo resolvido ou não cumpria mais que o papel de jornalista, também fazia como cidadã. Lutou contra o câncer por cinco vezes, a primeira em 1991 quando descobriu um linfoma qu foi tratado por um ano, em 2010 a doença voltou a atacar duas vezes com um câncer de mama e um na tireoide e em 2016 veio um novo câncer de mama e este último na bacia infelizmente evoluiu para metástase. Foi casada com o também jornalista Maurício Torres que morreu em 2014 e tiveram a filha Júlia que perdeu num intervalo de oito anos os pais e agora terá forças para seguir em frente. Escreveu dois livros, o primeiro, a autobiografias Eu escolho ser feliz onde narra a sua luta contra o câncer com otimismo e o segundo, Terapia com Deus onde fala sobre religiosidade e ligação com Deus. Sua morte foi noticiada no encerramento do Jornal Nacional e ao fim da reportagem William Bonner quase não conseguiu falar Até amanhã e Renata Vasconcelos ficou em prantos. Ficam os nossos sentimentos à Susana Naspolini.
O adeus à uma guerreira. Jornalismo perde o talento e o bom humor de Susana Naspolini
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quarta-feira, outubro 26, 2022
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