Top 10 Olímpico Mundial: A final polêmica que marcou o basquete

Kleber Nunes
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O terceiro capítulo de nossa série que rememora 10 momentos históricos das Olimpíadas traz hoje uma final que deu o que falar e que até hoje é motivo de várias controvérsias.



Jogos Olímpicos de Munique em 1972. Decisão do basquete masculino entre Estados Unidos e União Soviética. Desde a introdução do esporte nos jogos de Berlim em 1936 que os americanos eram imbatíveis pois venceram todos os torneios até então, os soviéticos tinham três vices e vinham pra reverter o quadro desfavorável. O jogo foi realizado no dia 9 de setembro de 1972 e foi emocionante e teve um final dramático. O jogo estava 49 a 48 pros soviéticos e então Doug Collins sofreu falta ao tentar o arremesso e converteu os dois lances livres marcando dois pontos pros EUA que passaram à frente e a partir daí o jogo ganhou ares de dramaticidade. Os soviéticos foram reclamar com a mesa de arbitragem pois o técnico solicitou tempo técnico faltando 3 segundos, só que o pedido não foi solicitado após o lance livre e os soviéticos tiveram de repor a bola e quando faltou um segundo a bola foi reposta, só que então os soviéticos pressionaram a arbitragem que tinha o brasileiro Renato Righetto como um dos juízes. Eles alegaram ter solicitado o pedido de tempo entre os dois lances livres, só que os árbitros não sabiam do pedido de tempo. Righetto sequer assinou a súmula e a partida foi paralisada por um longo período, depois que foi interrompida o relógio voltou pra 3 segundos. Os jogadores dos dois times voltaram pra quadra sem que houvesse uma definição e quando a bola foi reposta o jogo parou e os americanos comemoravam sem ter certeza a vitória, só que não. Os juízes de mesa não haviam ajustado o tempo e aí o relógio voltou pra 3 segundos. Os jogadores americanos irritados ameaçaram deixar a quadra e na terceira reposição de bola Edeskho fez um longo lançamento para Belov que entre dois marcadores fez a bandeja e a cesta da vitória soviética por 51 x 50. Pela primeira vez os Estados Unidos foram derrotados no esporte que inventou e que eram invictos e eles pediram recurso que foi negado e os jogadores se recusaram a subir no pódio e receberem as medalhas de prata que estão guardadas até hoje em um cofre na sede do Comitê Olímpico Internacional na Suíça, já pros soviéticos a vitória de Munique rendeu dividendos pois um dos heróis, o capitão do time Sergei Belov acendeu a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Moscou em 1980. Belov morreu em 2010 e esta é considerada como a final que não terminou. 

Terça que vem falaremos da relação complicada entre esporte e política com destaque pros boicotes na Guerra Fria.

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