No segundo capítulo do Top 10 Olímpico Brasil o tema de hoje é a dinastia do salto triplo brasileiro.
De 1952 a 1980 o Brasil produziu uma tríade de saltadores que conquistou seis medalhas olímpicas para o país no salto triplo. O primeiro deles foi o genial Adhemar Ferreira da Silva. Ele foi o primeiro atleta brasileiro bicampeão olímpico sendo medalha de ouro em Helsinque e Melbourne. Nos jogos de Helsinque em 1952 ele bateu o recorde mundial da prova quatro vezes e se sagrou campeão olímpico com a marca de 16,22 m e ele foi o criador da volta olímpica onde ele saudou a torcida que lotava o estádio olímpico agradecendo o apoio. Quatro anos depois na Austrália ele bateu o recorde olímpico da prova e levou o bicampeonato olímpico. Adhemar Ferreira da Silva foi imortalizado no Hall da Fama do atletismo e morreu em 2001.
O segundo saltador a fazer história foi Nélson Prudêncio, ganhador de duas medalhas. Nos jogos de 1968 na Cidade do México uma disputa histórica com direito a nove sucessivas quebras de recorde deram ao brasileiro a medalha de prata sendo superado pelo russo Viktor Saneyev, quatro anos depois em Munique ele conquistou a medalha de bronze. Nélson Prudêncio morreu em 2012.
O terceiro integrante foi João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Em 1975 nos Jogos Pan Americanos do México bateu o recorde mundial da prova com 17,89 m e chegou aos jogos de Montreal em 1976 como favorito, mas acabou ficando com o bronze, quatro anos depois nos jogos de Moscou ele ganhou outro bronze, uma medalha que rendeu polêmica pois ele alegou na época que seus saltos foram queimados, o que foi provado em 1992, mas a polêmica não foi longe. João do Pulo tinha chances de competir em Los Angeles, mas em dezembro de 1981 houve uma fatalidade ao colidir com um carro que vinha na contramão na Rodovia Anhanguera e teve a perna direita amputada, depois enfrentou problemas com a bebida e morreu em maio de 1999 aos 45 anos.
O Brasil chegou a ensaiar uma retomada com Jadel Gregório, mas o máximo que ocorreu foi duas finais olímpicas sendo o melhor resultado um quinto lugar em Atenas 2004.
Na quinta que vem falaremos da história de Aída dos Santos, primeira mulher brasileira a obter um resultado expressivo antes do sucesso feminino.
Não serão aceitos comentários preconceituosos, racistas e ofensivos, pois os mesmos serão DELETADOS.