O penúltimo capítulo da série especial dos 40 anos da Fórmula Indy no Brasil traz hoje as vozes que trouxeram emoção nas transmissões da categoria em quatro décadas.
Pioneiro das transmissões automobilísticas o Barão Wilson Fittipaldi foi o responsável pela narração do compacto da Indy 500 de 1984 pela TV Record.
Ex-piloto de corridas e ex-administrador do autódromo de Interlagos Edgard de Mello Filho foi o primeiro narrador das corridas da Indy pela Band e transmitiu as corridas até 1987. Atualmente é um dos comentaristas da categoria nos canais ESPN.
Inegavelmente a história das narrações esportivas passa por Luciano do Valle. Foi ele que deu continuidade e transmitiu corridas da Indy a partir de 1986 e junto de Emerson Fittipaldi começou a fazer da Indy uma mania nacional dividindo espaço com a Fórmula 1. Ele transmite até 1992 voltando em 1996 já na IRL. O saudoso Bolacha transmitiu quatro das oito vitórias brasileiras nas 500 milhas de Indianápolis: uma com Emerson em 1989 que ficou marcada por 10 entre 10 fãs, duas vitórias de Hélio Castroneves em 2001 e 2009 e a vitória de Tony Kanaan em 2013 que foi também a última corrida que ele transmitiu na carreira. Luciano morreu em abril de 2014.
Falar em Fórmula Indy é falar de uma das vozes mais marcantes, a do goiano Téo José que deixou o SBT semana passada. Ele estreou em 1993 na extinta Rede Manchete, mas foi no SBT que suas narrações ficaram marcantes principalmente em vitórias inesquecíveis. Téo narrou 245 corridas somando CART, IRL e IndyCar passando também pela Rede TV! e Band. Transmitiu a segunda vitória de Emmo em Indianápolis e o primeiro título do Gil.
Em 2001 quando a Record comprou os direitos de transmissão trouxe da Rádio Globo Oscar Ulisses. Narrador com passagens por SBT e Band Oscar narrou os títulos de Gil de Ferran (o segundo) e Cristiano da Matta. Em 2003 o saudoso Fernando Vannucci foi o narrador das corridas na Rede TV! formando dupla com o jornalista Celso Itiberê.
Na temporada de 2014 quem narrou as corridas da Indy na Band foi Nivaldo Prieto que antes narrou algumas provas da IRL entre elas a Indy 500 do ano 2000.
O jornalista Celso Miranda foi narrador da Indy em 2004 e 2005 depois fez corridas esporádicas tanto na Band e no Band Sports, antes foi comentarista no SBT em 1998 e repórter de pista nos dois anos de Record nos tempos de CART, voltou a comentar em 2019 e narrou as provas de 2020 no último ano de contrato da categoria na Band.
Narrador das corridas da NASCAR no Band Sports Sérgio Lago transmitiu corridas da Champ Car entre 2006 e 2007 quando a categoria foi mostrada no extinto canal Speed com comentários de Roberto Figueroa.
Eduardo Vaz narrou algumas corridas nos tempos da IRL e em 2018 foi narrador titular nas transmissões da Band em 2018 e 2019.
Desde 2021 as transmissões da Indy na Cultura são feitas pelo gaúcho de Venâncio Aires Geferson Kern. Ele trouxe inovações no estilo de narrar corridas e formou dupla com Rodrigo Mattar em 2021 e 2022 e desde o ano passado com Bia Figueiredo e narrou a quarta vitória de Hélio Castroneves na Indy 500 de 2021.
Luiz Carlos Largo narrou várias provas da IRL na Band entre 1997 e 1998. Jota Júnior e Tércio de Lima também narraram provas nos anos 90.
Thiago Alves é a voz da Indy desde 2022 narrando nos canais ESPN e a equipe de transmissão é composta por ele, Edgard de Mello Filho, Victor Martins, jornalista do site Grande Prêmio e Christian Fittipaldi.
Nos três anos de Indy no Sportv tivemos como narradores Lucas Pereira, Eusébio Resende, Sérgio Maurício e João Guilherme. Lucas Pereira narrou a vitória de Helinho na Indy 500 de 2002 e Sérgio Maurício transmitiu a vitória do saudoso Gil de Ferran em 2003.
Ex-piloto de corridas André Duek narrrou pelo DAZN entre 2019 e 2020 as provas e ficou bastante conhecido o bordão Olha a Raposa se referindo à Scott Dixon.
Empresário e responsável pelos direitos de transmissão da categoria no Brasil Willy Hermann foi comentarista tanto na CART quanto na IRL. Entre 1993 e 1997 Dedê Gomez foi comentarista nas redes Manchete e SBT e no canal Com.Brasil em 2021 fazendo dupla com Octávio Muniz. Na época que tinham equipes nos autódromos as emissoras colocavam repórteres de pista. Na Band tivemos Roberto Cabrini, Silvia Vinhas, Maria do Carmo Fulfaro e Elia Júnior. Por seis anos Luiz Carlos Azenha fez reportagens na Manchete e SBT. Quando tinha corrida no Brasil Antônio Pétrin fez parte da equipe e também fez outras corridas nos tempos do SBT.
Falando em SBT a cobertura que a emissora fez de 1995 até 1998 é considerada pelos fãs da categoria como a melhor feita em todos os tempos. Nesse período a emissora fez programas especiais como Feras da Indy, Velocidade Máxima, Raio-X e Pit Stop e nas semanas de corrida exibia boletins informativos espalhados na programação, tanto é que em 1997 a CART escolheu a emissora como a televisão modelo e no ano seguinte a qualidade das transmissões cai devido ao esvaziamento do setor e a guerra de audiência. No YouTube ainda dá pra ver corridas antigas principalmente da época da CART em vários canais, o Blog da Indy criado pelo Jackson Lincoln até o ano passado mantinha boa parte, mas ele decidiu abrir mão e as corridas estão então alocadas no canal IndyCar Series.
Alguns bordões que ficaram na memória:
- Aí está a largada!
- Bandeira amarela em todo o circuito
- Vamos sentir a saúde do motor
- No pit!
- Olha a Raposa!
- Vem pro pano!
- Não perde mais!
- É hora do show, bandeira verde!
- Recomeça em altíssima velocidade...
- Esfregue suas mãos!
- O seu dia chegou!
- Porque Palou, Palou porque!
- Já chegou o Dixon voador!
- Existem três coisas na vida: a morte, os impostos e a vitória do Dixon.
- Feliz debaixo do capacete
- Lá vão eles em velocidade máxima!
Amanhã no último capítulo vamos trazer a relação de pilotos e todas as vitórias do país nesses 40 anos de história.
Não serão aceitos comentários preconceituosos, racistas e ofensivos, pois os mesmos serão DELETADOS.