Retrospectiva 2023: Ano de tensão extrema no Oriente Médio e planeta sofre os efeitos climáticos de El Niño

Kleber Nunes
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Continuamos a retrospectiva e o assunto agora e o que foi notícia no cenário internacional. 

O planeta ferve em seu ano mais quente em todos os tempos


2023 entra pra história como um dos anos mais quentes da história e durante meses vários países enfrentaram ondas de calor com temperaturas elevadas devido aos efeitos causados pelo fenômeno climático El Niño. A temperatura média subirá 1,5º C ao final deste ano que será o mais quente em muitos anos. A partir de julho países como os Estados Unidos e parte da Europa começam a sentir os efeitos com sucessivas ondas de calor e houve incêndios florestais no Canadá que devastaram 18 milhões de hectares, no Havaí o incêndio florestal de agosto deixou o saldo de 97 pessoas mortas e na Grécia 26 pessoas morreram nos incêndios florestais. A fúria da natureza castigou a Líbia que em setembro foi castigada pelo ciclone extratropical Daniel matando mais de 4 mil pessoas devastando a cidade de Derna.

Em fevereiro a Turquia enfrentou um dos piores terremotos dos últimos tempos.  O tremor do dia 6 de fevereiro teve magnitude 7.8 na escala Richter matando mais de 50 mil pessoas e além da Turquia a Síria sentiu os efeitos do tremor que durou menos de dois minutos. Em setembro foi a vez do Marrocos sofrer seu maior tremor em 120 anos matando mais de 3 mil pessoas.

Covid-19 deixa de ser emergência, mas pandemia não acaba

Após mais de três anos de uma pandemia que infelizmente ainda não acabou a OMS decidiu acabar com a emergência global de Covid-19. A emergência foi decretada em janeiro de 2020, bem antes do estouro da pandemia e apesar de estar controlada segue causando transtornos e em 2023 surgiram novas variações da variante ômicron como a Eris. O Brasil passou este ano de 700 mil vidas perdidas pela Covid e vale aqui meu recado: vacine-se, previna e só assim você estará protegendo sua família.

Os rolos de Trump às vésperas da eleição presidencial

A praticamente um ano da eleição presidencial americana não há favoritismo declarado e tanto o ex-presidente Donald Trump e o atual Joe Biden ainda não despertaram a confiança da população. Trump voltou a se enrolar com a justiça pois ele virou réu de 37 acusações por ter colocado em risco segredos de estado e ainda pesa contra ele a acusação de assédio sexual e difamação movido pela escritora Elizabeth Jean Carroll. Trump deverá ser julgado em março e mesmo se for condenado não vai afetar sua campanha na tentativa de retornar pra Casa Branca e antes do fim do ano sofre uma dura derrota pois o estado do Colorado proibiu Trump de disputar as primárias e a decisão da justiça pode afetar a campanha, já Biden teve aberto um processo de impeachment sob a acusação de lucrar nos negócios da família  e para o deputado filho de brasileiros George Santos a carreira de parlamentar chegou ao fim pois ele foi cassado em dezembro. George Santos é acusado de cometer crimes financeiros que foram revelados em relatório e os deputados cassaram o mandato de Kevin McCarthy que deixou de ser presidente da Câmara dos representantes num fato inédito pois sua destituição saiu em meio da aprovação de uma resolução. 

Começa a era Charles III

A monarquia britânica entrou em uma nova era com a ascensão de Charles que se tornou rei em coroação ocorrida em maio. O rei Charles assume o trono e passou a se chamar Rei Charles III em uma cerimônia simples.

Uma aventura que terminou em tragédia pros exploradores do submersível que explodiu no mar

A aventura de explorar os destroços do Titanic, afundado há mais de 100 anos terminou em tragédia para cinco aventureiros do submersível Titan que acabou implodindo de forma catastrófica em junho. A missão do submersível teve início em 18 de junho quando os aventureiros embarcaram e duas horas e meia depois o submersível sumiu dos radares. As buscas duraram cinco dias e no dia 22 de junho os sonares detectaram barulho de metal e foi então que os destroços foram encontrados. O submersível se desintegrou a 3800 metros de profundidade e todos os cinco tripulantes tiveram morte instantânea em questão de milissegundos.

O drama humanitário no Mediterrâneo

A crise humanitária na região do Mar Mediterrâneo voltou a fazer vitimas. Em junho houve o naufrágio de uma embarcação matando 79 pessoas no maior naufrágio desde 2015. A embarcação levava 700 pessoas que saíram da Líbia para atravessar o Mediterrâneo. A ONU soltou um comunicado dizendo que só neste ano mais de 2500 migrantes morreram ou desapareceram na travessia.

Milagre na selva colombiana

Milagre na selva. Durante 40 dias a vida de quatro crianças virou do avesso. Perdidas em uma selva na Colômbia as quatro sobreviveram a um acidente aéreo mas três adultos entre elas a mãe das crianças morreram no acidente aéreo. Após as buscas que mobilizaram militares todas as quatro crianças foram encontradas sãs e salvas.

Ano de golpes na África

Na África o ano foi marcado por dois golpes de estado. No Sudão os conflitos entre facções que disputam o poder mataram 400 pessoas e em julho os militares derrubam o governo do presidente do Níger Mohamed Bazoum que acabou sendo sequestrado. 

A efervescente agitação política na América Latina

Na América Latina o ano foi agitado na parte baixa do continente. No Equador o ano foi marcado por uma eleição violenta. Em maio o então presidente Guillermo Lasso dissolveu a Assembleia nacional e convocou novas eleições em razao de tentativa de impeachment pela oposição. A campanha foi violenta e em 9 de agosto o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado após um comício com três tiros na cabeça e a autoria foi atribuída ao narcotráfico. A eleição ocorreu sob forte esquema de segurança e em outubro Daniel Noboa foi eleito em segundo turno. No Chile a população voltou a rejeitar o texto de uma nova Constituição mantendo o texto que vigora desde a época da ditadura de Augusto Pinochet.

Na Argentina o radicalismo de extrema direita chegou ao poder com a vitória do ultraliberal Javier Milei que venceu o pleito em segundo turno derrotando o candidato peronista Sergio Massa. Milei fez uma campanha totalmente radical tendo uma motosserra como símbolo e tomou posse em dezembro radicalizando com medidas como redução de ministérios pela metade e a dolarização da economia e a consequente extinção do Banco Central sob a alegação do país estar quebrado e sem dinheiro.

No fim de 2023 ainda sobrou tempo para mais um capitulo tenso. A Venezuela do ditador Nicolas Maduro resolveu em referendo anexar a região de Essequibo na Guiana criando um estado de tensão entre os dois países. O Conselho de Segurança da ONU teve de fazer reunião de emergência para buscar soluções e tentar solucionar a crise.

Guerra ainda sem solução na Rússia

O segundo ano da guerra envolvendo a Rússia e a Ucrânia teve novos fatos, mas segue sem solução. O fato que agitou o conflito foi o surgimento do Grupo Wagner, um grupo de mercenários liderados por Dmitri Prigosjin que em junho organizou um motim de 24 horas ameaçando tomar Moscou, mas um acordo com o governo de Belarus fez com que o grupo recuasse. Dois meses depois em 23 de agosto acontece a queda de um jato particular e todos os dez ocupantes morreram entre eles o líder do Grupo Wagner. Havia a suspeita de explosão, mas a hipótese foi descartada. O presidente russo Vladmir Putin já manifestou o desejo de se candidatar por mais duas eleições e ficar mais 12 anos no poder até 2036. 

A Índia chega à Lua

A corrida espacial teve um novo capítulo em agosto quado a Índia se tornou o quarto pais do mundo a pousar na Lua através do foguete Chandrayann que pousou no polo sul do satélite, uma região traiçoeira com o objetivo de explorar a presença de água.

O mundo em tensão com a guerra sem fim entre Hamas x Israel

O fato que marcou o ano ocorre no fim de 2023. No dia 7 de outubro o mundo entra em tensão máxima devido ao ataque do grupo terrorista Hamas levando o governo de Israel decretar guerra. A partir de então os israelenses partiram pra ofensiva aérea e terrestre na problemática Faixa de Gaza com uma série de bombardeios. No dia 17 de outubro o hospital Ahli - Arab foi bombardeado e 500 pessoas morreram no ataque, Os bombardeios se intensificam em toda a área do conflito e a população foge em massa para fugir da guerra. Isolada a Faixa de Gaza sofre com a falta de mantimentos e não demorou muito para surgirem críticas da comunidade internacional. Civis que moram na região tem comida e água cortadas. Ate o começo de dezembro mais de 15 mil mortes ocorreram. Em 21 de novembro é acordado uma trégua de quatro dias, prorrogado por mais dois dias e o tempo não foi suficiente pra que a população fugisse, por outro lado os reféns tanto de Israel como do Hamas foram libertados.. Após o cessar fogo um ataque em Jerusalém matou três pessoas e os bombardeios retornaram na zona do conflito O Brasil teve tres vítimas fatais, todas mortas em uma rave e dois grupos de brasileiros retornaram ao país em novembro e dezembro. 

A seguir na retrospectiva o ano da televisão.

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