A Bela do Domingo: Flávia Alvarenga

Hoje é dia do último resumo das capas das semanais de 2022 e as revistas trazem esses assuntos em suas capas:

Crusoé fala sobre a guerra entre os poderes que começou no governo Bolsonaro e explica o porque desse faroeste caboclo não acabar de uma hora pra outra. 

Oeste mete o malho mais uma vez no governo futuro fazendo crítica velada aos ministros escolhidos por Lula dizendo que o presidente eleito planeja destruir tudo o que foi feito nos últimos quatro anos, ou seria o contrário? A Oeste pelo jeito será oposição ferrenha e vai trazer capas que vão denegrir o governo e por conta disto publico a capa pela última vez e a revista sai do cardápio das capas deixando de publicá-las aqui e confesso uma coisa, cheguei a ler algumas edições e o nível é tão baixo que não dá pra discutir. 

Carta Capital traz uma série de 18 artigos falando sobre o futuro do Brasil no terceiro governo Lula. 

Istoé traz os Brasileiros do Ano tendo como principal escolhido pelo segundo ano seguido o presidente do TSE e ministro do STF Alexandre de Moraes. Lula também faz parte da seleção que ainda tem a educadora Nice Setúbal, o padre Júlio Lancelotti, o secretário de Saúde de São Paulo Jean Gorintcheyn, os cantores Milton Nascimento e Ludmilla, a atriz Isabel Teixeira, a nossa fadinha do skate Rayssa Leal e a memória de Bruno Pereira e Dom Phillips. 

Veja faz sua retrospectiva de altos e baixos em seu tradicional balanço de fim de ano. Na parte de cima aparecem Lula, Lionel Messi, Alexandre de Moraes, o presidente ucraniano Volodmyr Zelensky, a cantora Anitta e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e na parte de baixo, derrotados o presidente Jair Bolsonaro, Neymar, Elon Musk, Donald Trump, Vladimir Putin e Kayne West. 

2022 pelo jeito pode ter significado mais um passo rumo ao fim das revistas impressas. Num ano marcado pela eleição mais acirrada em todos os tempos não houve aquela relevância de anos anteriores e a perda de qualidade está visível em todas elas. Veja passou pelo seu pior ano de sua história, pois a revista cada vez mais decadente desidratou. Se um dia ela já teve uma carteira de mais de 1 milhão de assinantes e eu fui um deles por mais de 10 anos olho pro momento atual e percebo que ela não é mais a mesma revista que antecipava fatos, suas tiragens caíram para perto de 100 mil exemplares, sinal da queda da Abril que um dia foi a maior editora do país. Istoé também não teve um grande ano enquanto Crusoé demitiu parte da equipe e chegou outra equipe de jornalistas e Oeste se revelou ser uma revista cheia de ódio tanto é que resolvi tirar do cardápio de capas porque não quero dar palco pra ressentidos. Pra mim esse ano de 2022 ficará marcado pela ruptura definitiva com as revistas em papel, reconheço que demorei em deixar de lado, insisti até onde deu, mas uma era chegou ao fim na minha vida. Quebrei minha resistência, fui voto vencido e vendi todo o acervo pra reciclagem sem sentir remorso ou mágoa. Foram anos e anos convivendo com revistas de papel, colecionando, comprando e assinando e 20 anos depois de ter perdido a coleção que tinha por conta de uma desgraça e tive abstinência, desta vez tive de deixar definitivamente de lado pois estamos na era digital e por ser digital tenho acesso mais rápido através do Telegram onde já leio desde 2021 e portanto não tinha mais condição de continuar e queria tê-las encadernadas. E como fiz com os jornais decidi abolir de vez as revistas impressas, pois só leio no formato digital. Quem sabe um dia não teremos os acervos das mesmas já que Veja tirou do ar o seu acervo numa idiotice da Abril. 

O quadro termina sua temporada e volta em 27 de janeiro de 2023 quando abriremos oficialmente a nova temporada do blog.