A segunda noite de desfiles no Rio e em São Paulo foi marcada por atrasos e polêmicas.
São Paulo: Superação é marca registrada
Maria Isabel Oliveira/Ag. O Globo, Alex Silva (5) e Taba Benedicto (2)/Estadão Conteúdo
Na segunda noite dos desfiles do carnaval de São Paulo a superação foi a marca registrada. Abrindo a segunda noite de desfile a tradicional Vai - Vai voltando ao grupo especial trouxe uma homenagem aos povos africanos com o enredo Sanfoka! Volte e pegue. A Gaviões da Fiel só entrou depois de meia hora de atraso abordando as desigualdades sociais e suas faces. Madrinha de bateria Sabrina Sato desfilou mais uma vez e logo depois rumou pro Rio onde desfilou pela Vila Isabel. A Mocidade Alegre levou pra avenida a história de vida de Clementina de Jesus, a atual campeã Águia de Ouro homenageou a cultura afro - brasileira, a Barroca Zona Sul homenageou as religiões afrodescendentes. A Rosas de Ouro falou de rituais e curas, ainda mais em tempos de pandemia nada mais justo que falar da fé na cura com destaque para uma alegoria onde um figurante fantasiado do presidente Jair Bolsonaro acabou tomando a vacina e virando jacaré em alusão à uma declaração pra lá de polêmica do presidente no auge da pandemia e fechando os desfiles a Império de Casa Verde falou sobre o poder da comunicação.
Rio: Homenagem à Martinho da Vila e Tuiuti se complicando
Wilton Júnior (3)/Estadão Conteúdo, Antônio Lacerda/EFE, Brenno Carvalho e Guito Moreto/Ag. O Globo
Nos desfiles do Rio a bonita homenagem a Martinho da Vila foi o grande destaque da segunda noite. A Paraíso do Tuiuti fez um desfile repleto de citações à cultura pop negra, mas teve problemas na evolução com um dos carros alegóricos tendo problemas e a escola teve de acelerar, mas não adiantou muito. A escola estourou em 2 minutos o tempo máximo de desfile e na apuração começará com déficit de 2 décimos, a Portela fez uma homenagem a Monarco, morto no final do ano passado em desfile que falou de resistência e longevidade nos povos africanos, a Mocidade Independente de Padre Miguel falou de Oxossi, orixá que caçava nas matas e chamou atenção a rainha de bateria Giovana Angélica que apareceu careca, a Unidos da Tijuca fez um desfile totalmente colorido e vibrante sobre a lenda indígena do guaraná, a Grande Rio fez um desfile falando de Exu e como sempre acontece nos desfiles muitas celebridades deram o ar da graça e Paolla Oliveira foi o centro das atenções com uma fantasia chamativa representando a pombagira e sempre acompanhada de seu namorado, o sambista Diogo Nogueira. Fechando os desfiles a Vila Isabel fez uma bela homenagem a Martinho da Vila que é presidente de honra da escola. Sabrina Sato conseguiu chegar à tempo de desfilar e mais uma vez deu show na bateria.
Após os desfiles o jornal O Globo divulgou os vencedores do prêmio Estandarte de Ouro que neste ano completa meio século de existência e a Grande Rio foi a escola vencedora e também levou o prêmio de melhor bateria e enredo além da categoria Fernando Pamplona, a Mangueira ficou com o prêmio de melhor comissão de frente e a Mocidade o melhor samba.
Na terça feira acontece a apuração nos dois estados e será feita simultaneamente no mesmo horário. Quem será a grande campeã no carnaval da volta?
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