Retrospectiva 2021: Economia estagnada no Brasil

Kleber Nunes
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A Retrospectiva segue e vamos trazer os destaques da economia no ano que está terminando. 2021 chega ao fim e a economia brasileira vive no atoleiro. Durante o ano o brasileiro teve de conviver com sucessivos aumentos de preço e produtos caros e ainda por cima continua o desemprego. 

O ocaso de Paulo Guedes à frente da economia 

Paulo Guedes vem tendo dificuldades no comando da economia e suas declarações irritam o mercado

Durante muito tempo os brasileiros viveram em uma economia estagnada com a inflação corroendo o poder de compra do salário mínimo até surgir o Plano Real em 1994, mas de 2016 pra cá o que vemos é uma completa estagnação econômica do país agravada pela pandemia e em 2021 regredimos ao século passado com cenas de pessoas buscando alimento em lixões no mais puro retrato social do país. Soma- se a isso as taxas altas de desemprego que deixam 15 milhões de pessoas sem emprego digno. Em meio às declarações inconsequentes do ministro da fazenda Paulo Guedes o país termina o ano com a economia estagnada piorada pela pandemia. A Taxa Selic que começou o ano com o índice mais baixo da história com 2% voltou a subir em razão da inflação persistente e pelo aumento dos preços e fecha o ano a 9,25% sofrendo com uma série de altas que é a maior desde 2002, antes da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O dólar chegou a ser cotado perto dos R$ 6, mas se estabiliza no fim do ano.

Multinacionais deixam o Brasil



Sony e Ford pularam fora do país deixando de fabricar produtos aumentando o número de desempregados

Por conta da situação econômica muitas empresas deixaram o país. Uma delas foi a Ford, tradicional montadora de automóveis que depois de mais de um século fechou suas fábricas deixando de produzir veículos no país. Durante o ano outras empresas multinacionais decidiram sair do país dentre elas a Sony, fabricante de produtos eletroeletrônicos

A fome volta a atormentar no país


Auxílio Brasil substitui o Bolsa Família, mas boa parte dos brasileiros nem tem o que comer e até ossos impróprios pra consumo viram alimento pra famintos

A pandemia de Covid-19 fez com que o país regredisse na questão social. A volta da fome deixou os brasileiros perplexos. Pessoas famintas voltaram a procurar comida e uma das cenas chocantes foi a de um caminhão cheio de ossos que foi disputado por moradores sem dinheiro para comprar um quilo de carne. A foto divulgada pelo jornal Extra mostrou que os ossos viraram alimento pra consumo no mais puro retrato de nossa economia. Outra cena chocante foi em Fortaleza onde pessoas famintas buscavam comida em caminhões de lixo. O governo lançou o Auxílio Brasil, programa de renda que substitui o Bolsa Família com valor de R$ 400. A PEC dos Precatórios foi aprovada e a verba liberada ampliando os gastos ainda mais em ano eleitoral.

 A face cruel do desemprego

Número de desempregados só aumenta devido à crise agravada pela pandemia

O desemprego em 2021 chegou a cair pra 13%, mas ainda é alto. São mais de 13,5 milhões de pessoas à espera por uma oportunidade de trabalho. Pra piorar mais de 700 mil empresas fecharam as portas desde a eclosão da pandemia.

Os vilões da inflação: energia e combustíveis

Combustíveis e energia elétrica se tornaram os vilões da inflação e o brasileiro sente no bolso o peso dos aumentos sucessivos

Um outro tormento que movimentou a economia no país foi o aumento dos preços. Realmente não está fácil viver no Brasil. A energia elétrica foi um dos itens que mais subiu neste ano. A crise hídrica provocada pela falta de chuvas e reservatórios vazios levou ao aumento da tarifa ainda mais com a adoção da bandeira vermelha de consumo que no patamar 2 passou a custar R$ 6,243 para cada conta que tenha 100 Kwh. Outro item que foi pras alturas é o combustível puxado pelo aumento do preço do barril do petróleo e pra abastecer o carro o aumento pesou e ainda pesa no bolso dos brasileiros. Em algumas localidades o preço chegou a ser cotado muito próximo dos R$ 8 e pra muita gente a solução foi deixar o carro na garagem pra se locomover por outros meios de transporte. O botijão de gás também foi nas alturas e um botijão chegou a custar em alguns estados R$ 140. Por conta desses aumentos a inflação dos últimos 12 meses fecha 2021 na casa dos 10%, ou seja, voltou a casa dos dois dígitos nesse que é o maior nível inflacionário desde novembro de 2003.

Os ajustes pra fazer o Pix pegar no Brasil

Pix ainda não empolga população e governo lança medidas pra popularizar plataforma de pagamento instantâneo

No seu segundo ano em vigor o Pix passou por novas medidas de aperfeiçoamento da plataforma de pagamento instantâneo. Uma delas visa combater sequestros relâmpago motivados pelo uso do aplicativo que foi estabelecer limite de R$ 1000 nas transações noturnas entre pessoas físicas. Outra medida foi a adoção do Pix Troco eo Pix Saque, duas novas modalidades de pagamento instantâneo. No Pix saque a pessoa saca o dinheiro em qualquer estabelecimento comercial sem a necessidade de comprar no local e o Pix Troco permite ao consumidor passar um valor maior pelo produto e pegue o troco em dinheiro.

Pane nas redes

 https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/62/2021/10/05/os-quatro-aplicativos-mais-baixados-na-ultima-decada-pertencem-todos-a-empresa-de-mark-zuckerberg-facebook-1-lugar-facebook-messenger-2-whatsapp-3-e-instagram-4-1633435206471_v2_450x337.jpg

No ano de 2021 as redes sociais tiveram seu apocalipse. No dia 4 de outubro quem tentou acessar o Facebook, o Instagram e o WhatsApp acabou se irritando pois uma pane nos servidores do Facebook inviabilizou o acesso às redes. Muitos negócios deixaram de ser feitos durante as 6 horas de pane.  

Vem aí a tecnologia 5G

No edital do leilão, estava previsto que o 5G deve funcionar nas 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal em 31 de julho de 2022

A partir do ano que vem o Brasil terá a tecnologia 5G. O leilão de frequências ocorrido em novembro arrecadou R$ 47 milhões e o surgimento de seis novas operadoras de telecomunicações. Os lotes principais de 3,5 GHZ foram vencidos por Claro, Vivo e TIM, já os outros quatro espectros ficaram com novas empresas. A tecnologia 5G promete alavancar o Brasil no mapa múndi da tecnologia mais avançada em até no máximo oito anos. Já em julho do próximo ano as capitais e o Distrito Federal serão os primeiros contemplados com essa nova tecnologia.

Impressos à caminho da extinção



Crise faz Abril leiloar prédio, Época e Agora São Paulo deixam de circular e Estadão muda formato pra tentar salvar o meio impresso que está à beira da extinção

Em 2021 cada vez menos pessoas leem jornais e revistas impressas no Brasil. Em meio à crise o hábito de ler um jornal vem sendo cada vez mais deixado de lado, mesmo assim as empresas jornalísticas ainda tentam fisgar novos leitores e neste ano o tradicional Estadão mudou seu formato. O jornal de 146 anos adotou a partir de 17 de outubro um novo formato no impresso deixando de lado o tradicional standart passando a adotar o berliner, por outro lado outros jornais saem de circulação e neste ano um dos mais conhecidos, o Agora São Paulo deixou de circular. Já no mercado de revistas a situação não foi diferente. Neste ano vários títulos saíram de circulação e um deles foi a revista Época que após 23 anos saiu de circulação e teve seu conteúdo absorvido pelo jornal O Globo. A Editora Abril que um dia foi a maior editora de revistas do país vai sucumbindo aos poucos e neste ano fechou sua gráfica e o prédio foi leiloado. A revista Veja que já chegou a ter 1 milhão de exemplares segue decadente e acabou virando garantia de pagamento pois a empresa acumula dívidas que passam dos R$ 830 milhões com o governo federal. Desde 2018 quando foi vendida para investidores a Abril passa por um processo de recuperação judicial. Pelo jeito que a coisa vai continuo insistindo de que daqui a dois anos não haverá mais meio impresso no Brasil. Neste ano passei a ler jornal e revista via Telegram onde baixo todo dia quatro jornais: Correio Braziliense, O Globo (não é mais vendido em Brasília desde o ano passado), Estadão e Folha e toda semana três revistas: Veja, Istoé e Carta Capital. Estou muito perto de decidir descartar a coleção física de minhas revistas, não por pressão, mas pela modernidade e provavelmente 2022 será o ano que essa história acabará.

Fim de uma era: Maksoud Plaza encerra atividades

Fechamento do Maksoud Plaza encerra uma era de ouro do prédio que recebeu celebridades do porte de Frank Sinatra

No começo de dezembro um dos hotéis mais luxuosos de São Paulo encerrou suas atividades. O Maksoud Plaza, inaugurado em 1979 foi um dos hotéis cinco estrelas que recebeu mais de 3 milhões de pessoas no auge e que nos últimos anos vinha em processo de recuperação judicial mas por causa da pandemia não resistiu aos prejuízos financeiros. O prédio tem como novos donos os irmãos Fernando e Jussara Simões.

O touro que chamou a atenção


O touro de ouro da discórdia: atração por uma semana na sede da Bolsa de Valores

Uma escultura de um touro de ouro chamou a atenção de quem passava pela sede da Bolsa de Valores de São Paulo durante uma semana de novembro. A escultura foi baseada no touro de bronze que figura em Wall Street e foi alvo de protestos e memes. Por ser uma peça publicitária a escultura foi retirada 

A retrospectiva prossegue com os acontecimentos nacionais do ano.

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