A Bela do Domingo: Flávia Alvarenga

Fotos Reuters, Nayra Halm,/O Dia e AFP

Respeitem antes de tudo esta camisa, uma camisa que tem no seu DNA a raça e acima de tudo a superação. Quando não dava na técnica vai na raça e tudo caminhava para um título do River Plate com sua experiência até os minutos finais só que então veio um anjo chamado Gabigol. E com dois gols decidiu o jogo. E num 23 de novembro como em 1981, quanta coincidência a América está de novo aos pés da Nação rubro Negra. A geração de ouro de Zico, Júnior, Adílio, Andrade e cia passa o bastão pra Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Everton Ribeiro e cia. 

A decisão em Lima começou com o Flamengo demonstrando o ímpeto que conquistou o Brasil, mas do outro lado o River Plate com a força de um gigante começou a engrossar o caldo e aos 14 minutos contou com o festival de trapalhadas da defesa. Arão e Gerson não se entenderam e a bola ficou limpa pra Borré que chutou forte e abriu o placar. Depois do gol o time argentino passou a dominar o jogo enquanto o Flamengo sentiu o golpe, perdeu o domínio e chutou apenas uma vez. O segundo tempo veio e o Flamengo foi pra cima, criou várias tentativas e quando tudo parecia perdido surgiu o herói das Américas.

Aos 43 minutos do segundo tempo o River Plate tinha tudo pra matar o jogo, mas Lucas Pratto perdeu a bola no campo de ataque e o Fla se organizou. Diego o desarmou e lançou pra Bruno Henrique que se livrou de dois, tocou pra Arrascaeta e a bola sobrou nos pés do matador. O gol da virada épica veio aos 46. Contra dois zagueiros contou com a pixotada de Pinola e a bola cai nos pés mortais do matador, um gol pra enlouquecer os torcedores em Lima e por todo o país. Foi só esperar o apito final pra soltar o grito de campeão. 

Gabigol foi o artilheiro da Libertadores e Bruno Henrique foi o craque da competição. O técnico português Jorge Jesus se tornou o segundo europeu a ganhar a competição. Para erguer a taça três capitães: Diego Ribas, Diego Alves e Everton Ribeiro. Foi a 19ª conquista brasileira na história de 60 anos da competição.

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A campanha rubro negra começou na altitude de Oruro com Gabigol marcando o único gol na vitória sobre o San José, no jogo contra a LDU o rubro negro venceu por 3 x 1, depois o primeiro tropeço, derrota em casa pro Peñarol com Gabigol expulso. Na virada pro segundo turno da fase de grupos goleada acachapante de 6 x 1 sobre o San José, nova derrota, desta vez pra LDU de virada e na última rodada veio o empate contra o Peñarol num jogo que teve inúmeras chances. Veio a parada pra Copa América e teve a mudança no comando do time saindo Abel Braga e entrando Jorge Jesus. E veio o mata mata contra o Emelec nas oitavas, derrota e drama com a contusão grave de Diego e veio o jogo da volta e Gabigol chamou a responsabilidade marcando dois gols e levando o jogo pra decisão por pênaltis onde Diego Alves brilhou. E veio o primeiro duelo brasileiro nas quartas contra o Internacional e no jogo de ida Bruno Henrique fez dois e na volta Gabigol calou o Beira Rio quando sofria pressão do Colorado. A semifinal foi contra o Grêmio e no jogo de ida empate por 1 x 1 e na volta um atropelo histórico no Maracanã: goleada por 5 x 0 e passaporte pra final de hoje em Lima com o desfecho histórico e épico numa vitória de virada sobre o então campeão River Plate. 

A festa da conquista não para por aí. A torcida e a nação agora querem de novo o mundo, mas antes pode vir mais uma festa. Neste domingo o Mengão pode se tornar campeão brasileiro se o Palmeiras não vencer o Grêmio e se isso acontecer aí vai ser um carnaval sem fim. 

O blog de knunes saúda e parabeniza o Flamengo bicampeão da Libertadores 2019!