A História das Copas: 1978, a Copa das polêmicas e o título argentino

Kleber Nunes
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A História das Copas prossegue e hoje falaremos da Copa do Mundo de 1978, disputada na Argentina.




A Argentina fervilhava devido à ditadura militar que vigorava desde 1976. Sob intensa pressão os militares desejavam a vitória da seleção de seu país e para isso os jogadores se inflamaram para vencer o mundial em casa. A Copa de 78 foi polêmica e um dos astros, o holandês Johann Cruyff recusou jogar a Copa alegando não concordar com a escolha da FIFA. Foi o último mundial com 16 seleções.


A seleção brasileira que disputou a Copa de 78 teve uma preparação conturbada que começou nas Eliminatórias com a saída de Osvaldo Brandão após um 0 x 0 com a Colômbia, depois com a chegada de Cláudio Coutinho a classificação veio de forma tranquila. A seleção tinha um elenco de craques: o goleiro Leão, um dos melhores do mundo na época, Zico, Dinamite e cia. Só que a falta de entrosamento do conjunto e as contusões atrapalharam o desenvolvimento do time. A primeira fase foi complicada. Logo na estreia contra a Suécia, um empate por 1 x 1, gol marcado por Reinaldo, no segundo jogo 0 x 0 com a Espanha. Para se classificar tinha de vencer a Áustria e a vitória veio num magro 1 x0, gol marcado por Dinamite. A segunda fase começou com uma vitória convincente sobre o Peru por 3 x 0. O jogo seguinte foi contra a seleção dona da casa. Foi um jogo com os nervos à flor da pele com muitas disputas ríspidas, mas sem gols. O Brasil então venceu a Polônia por 3 x 1, mesmo assim não se classificou pra final restando a disputa do terceiro lugar e com gols de Nelinho e Dirceu a seleção venceu a Itália e terminou invicto a Copa. Para Cláudio Coutinho, o Brasil foi o campeão moral.

Como jogou o Brasil na Copa de 1978

- Goleiros: Leão, Carlos e Valdir Peres
- Defesa: Toninho, Nelinho, Oscar, Abel, Polozi, Amaral, Edinho e Rodrigues Neto
- Meio campo: Toninho Cerezo, Chicão, Rivellino, Batista e Dirceu
- Ataque: Gil, Jorge Mendonça, Zico, Roberto Dinamite, Reinaldo e Zé Sérgio
Técnico: Cláudio Coutinho



Com a responsabilidade de jogar em casa, a Argentina tinha no elenco um bom time com jogadores de talento como Fillol, Ardiles, Passarela e o artilheiro Kempes. O técnico Cesar Luis Menotti deixou de fora um certo Diego Maradona, que tinha apenas 17 anos por ser muito jovem. A campanha na primeira fase não chegou a empolgar, mesmo com vitórias sobre a Hungria e França, os hermanos perderam pra Itália por 1 x 0. A segunda fase começou com vitória sobre a Polônia por 2 x 0, depois empate com o Brasil por 0 x 0. Para se classificar precisaria vencer o Peru por uma boa margem de gols. O jogo em si foi carregado de suspeitas, pois o goleiro peruano Quiroga era argentino e foi acusado de facilitar as coisas. A Argentina goleou o Peru por 6 x 0, tirou o Brasil e disputou a final com a Holanda. O Monumental de Nuñez estava lotado para acompanhar a decisão. A Argentina saiu na frente com o gol de Kempes, mas na segunda etapa a Holanda chegou ao empate com Nanninga. O jogo foi pra prorrogação e Kempes e Bertoni decidiram à favor da Argentina que enfim era campeã mundial pela primeira vez.

Os números da Copa de 1978

- Jogos: 38 (1 prorrogação)
- Gols: 102 (3 contra, média de 2,68 por jogo)
- Sedes: Buenos Aires (foram usados dois estádios), Córdoba, Mar del Plata, Mendoza e Rosario
- Público: 1.610.215 pessoas (média de 42.374 por jogo)


- Artilheiro: Mario Kempes (Argentina) - 6 gols

A série prossegue na quinta com a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, a Copa dolorida.

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