A retrospectiva segue e agora destacaremos o que foi notícia no cenário internacional.
O planeta ferve com as anomalias do clima
O planeta continuou sofrendo com os efeitos nefastos do clima em todas as partes e soma-se a isso o aumento das temperaturas agravando ainda mais o aquecimento global. 2024 registrou em 22 de julho o dia mais quente da história com temperatura média de 17,09º C e em novembro tivemos um mês mais quente superando o ano passado. Na América do Sul a seca somada aos incêndios florestais bateu recordes de devastação com mais de 400 mil incêndios registrados com prejuízo de 22 milhões de hectares perdidos pelas chamas e houve a chamada chuva negra em cidades como Montevidéu e Buenos Aires. Esse fenômeno ocorreu devido à fumaça vinda do Brasil, os incêndios atingiram a Bolívia, Colômbia e Equador e houve um incêndio criminoso no Chile onde 137 pessoas morreram em consequência da queimada criminosa.
A água também se mostrou implacável com várias inundações. Em outubro a cidade de Valência na Espanha sofreu uma enchente destruidora que matou 220 pessoas, a tempestade Sara castigou parte da América Central deixando quatro mortos em Honduras e na Nicarágua. Nos Estados Unidos o furacão Milton devastou o golfo da Flórida matando 35 pessoas e deixando prejuízos no valor de US$ 85 bilhões, além disso os americanos sofreram com a passagem do furacão Helene que matou 230 pessoas.
O inferno do tremor que sacudiu o Japão
No Japão o ano mal começou e no primeiro dia de 2024 uma série de quatro terremotos sacudiu o país num intervalo de 20 minutos. Os tremores tiveram magnitudes de 4.5 a 7.6 na Escala Richter e 82 pessoas morreram. Num dos momentos mais dramáticos um avião cargueiro se chocou com um Airbus matando cinco pessoas. Em abril foi a vez da ilha de Taiwan sofrer com terremotos devastadores que mataram 9 pessoas e feriram mais de 1000.
China busca se recuperar economicamente
A China lança no fim do ano uma série de medidas com o intuito de aumentar o crescmento econômico já que o país sofre com fraco crescimento causado pela crise imobiliária e consumo interno fraco. Nas disputas com a UE e os EUA a China resolveu partir pra cima adotando medidas antidumping temporárias contra produtos europeus como as bebidas alcoólicas e o conhaque francês além de impostos pesados e aumento de tarifas contra produtos automotivos americanos.
Impeachment derruba presidente e tragédia aérea abalam o fim de ano da Coreia do Sul
Na Coreia do Sul o ano termina com o impeachment do presidente Yoon Suk-Yeok. No dia 3 de dezembro ele decretou a chamada lei marcial que restringe direitos civis dos cidadãos sul coreanos, mas no dia seguinte a lei foi revogada. Isso levou os deputados do parlamento a votarem a moção do impeachment: na primeira Yoon Suk-Yeoh se salvou, mas na segunda não teve jeito. O seu mandato foi cassado e Han Duck Soo que é primeiro ministro assume o poder, mas seu mandato é breve pois também sofreu impeachment do parlamento sul coreano pela recusa em nomear juízes. No dia 29 acontece a maior tragédia aérea da história do país em três décadas com a morte de 179 passageiros de um avião da companhia aérea Jeju Air que vinha da Tailândia.
O avanço da direita preocupa a Europa
Na Europa a extrema direita chegou ao seu auge com vitórias em eleições diversas: na Áustria um líder da corrente foi eleito após o partido da Liberdade vencer o pleito, na França o partido de extrema direita por muito pouco não chegou ao poder graças a uma frente republicana, mesmo assim uma crise política se desencadeou com a dissolvição do parlamento pelo presidente Emmanuel Macron levando a renúnicia do primeiro ministro Gabriel Attal e depois em dezembro a destituição pelo parlamento de Michel Barnier que ficou menos de 3 meses no cargo de premiê, o mandato mais curto desde 1962 assumindo Francis Bayrou, na Alemanha a Alternativa pela Direita venceu obtendo votações históricas e na Inglaterra o Partido Trabalhista obteve maioria no Parlamento e Keir Starmer se tornou primeiro -ministro no lugar de Rishi Sunak pondo fim a 14 anos do Partido Conservador no poder.
A saúde da família real britânica em alerta
Foi um ano complicado pra família real britânica que viu problemas de saúde afetando a harmonia. Começou em fevereiro com o anúncio de que o Rei Charles III tem câncer na próstata, em março a princesa de Gales Kate Middleton anuncia que também sofre de câncer em estágio inicial e passou por quimioterapia, seis meses depois o tratamento chegou ao fim e em novembro foi a vez da rainha Camilla Parker Bowles se tratar de uma pneumonia que ainda não se curou forçando a adiar compromissos.
As tensões que agitaram a América Latina
Na América Latina o ano foi agitado: o Equador teve no começo do ano uma série de ações violentas causadas pela briga entre facções do narcotráfico que mataram 12 pessoas, na Argentina Javier Milei teve um ano cheio de polêmicas e enfrentou protestos de setores diversos da economia, mas ele tem bons índices de popularidade devido à queda da inflação que está na casa de um dígito e a redução da pobreza pela metade, no Uruguai a esquerda voltará ao poder com a eleição de Yamandú Orsi, herdeiro político de Pepe Mujica, no México uma mulher se tornou presidente com a eleição de Claudia Sheinbaum, apoiada por Manuel López Obrador e na Bolívia uma tentativa de golpe militar fracassou pois o grupo contrário à volta de Evo Morales liderado pelo ex-comandante do Exército Juan José Zuñiga recuou depois de cercar o palácio presidencial de La Paz. Zuñiga acabou sendo preso depois do fracasso da tentativa de golpe.
Venezuela em transe depois da vitória cercada de farsa de Maduro
Todas as atenções foram voltadas pra Venezuela. Em 28 de julho o país foi às urnas numa eleição presidencial cercada de mistérios e depois de 80% dos votos apurados Nicolás Maduro foi declarado vencedor do pleito com mais de 51% dos votos se reelegendo para o terceiro mandato consecutivo. O mundo contesta o resultado alegando existência de fraude pelo Tribunal Supremo e até agora a contagem de votos não foi oficializada e sequer as atas foram divulgadas. A oposição contesta o resultado e houve vários protestos que mataram 27 pessoas, deixaram 200 pessoas feridas e 2400 detidos. Em setembro Edmundo González Urrutía pede asilo político na Espanha após a expedição de um mandado de prisão. Os Estados Unidos, a União Europeia e a maioria dos países da América Latina não reconhecem a vitória de Maduro. O Brasil exige a divulgação das atas e a crise levou a Venezuela a repatriar o seu embaixador.
Conflito segue sem solução no Oriente Médio
O segundo ano da guerra no Oriente Médio foi marcado pelo avanço da ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e houve as mortes de vários líderes do grupo extremista como o líder Ismayil Haniyev e seu sucessor Yahwa Sinwar, mortos em ataques pelo exército israelense. Houve também a morte do líder do Hezbollah Hassan Nasralah em Beirute no dia 27 de setembro e houve uma série de bombardeios do Irã que em 1º de outubro disparou 200 mísseis e drones contra Israel que contra atacou tendo como alvos instalações iranianas. Em novembro houve um acordo de cessar fogo mediado pelos Estados Unidos e França depois dos bombardeios aéreos na Síria, no Líbano e no Irã, mas nem deu 24 horas e o acordo foi quebrado.
A queda do regime ditatorial de Bashar-al-Assad na Síria
A guerra civil na Síria teve nesse mês de dezembro um desfecho surpreendente com a tomada de Damasco por insurgentes rebeldes do grupo jihadista Hayet Tahrir al-Sham (Assembleia para libertação do levante), braço da rede terrorista al-Qaeda, precursor do Estado Islâmico e o ditador Bashar-al-Assad deixou o poder depois de 24 anos fugindo da Síria se asilando na Rússia. O conflito que se arrastava desde a Primavera Árabe em 2011 ganhou um novo impulso no final de novembro quando os rebeldes fizeram uma ofensiva surpresa tomando cidades importantes como Homs até chegar à capital Damasco em 8 de dezembro. Bashar-el-Assad é filho de Hafez-al-Assad que governou a Síria por quase 3 décadas assumindo o poder em 1971 dando um golpe de estado e governava o país desde 2000. Mohammed Al- Bashir se tornou o primeiro-ministro até a transição de poder prevista pra março.
Putin segue mandando na Rússia e guerra com a Ucrânia se agrava
Na Rússia Vladimir Putin venceu mais uma vez a eleição sem oposição e partiu pra seu quinto mandato enquanto isso seus opositores continuam sendo eliminados e um deles, Alexei Navalny morreu em fevereiro em circunstâncias obscuras no Círculo Polar Ártico onde cumpria pena por extremismo, em março houve um atentado promovido por um grupo de atiradores contra espectadores que estavam asisstindo a um concerto musical na casa de shows Crocus City Hall na região metropolitana de Moscou com a morte de 143 pessoas. Em agosto houve a maior troca de prisioneiros entre a Rússia e os países ocidentais desde o fim da Guerra Fria e a repressão aos opositores da guerra na Ucrânia não cessou: ocorreram protestos em várias partes sob a acusação de traição e sabotagem. A guerra que se arrasta há mais de 1000 dias teve um novo capítulo em novembro com o ataque vindo de Kiev. Os ucranianos usaram mísseis de longo alcance fornecidos pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos com aval deles, a resposta russa veio com mísseis balísticos ultrasônicos de alcance médio de última geração e em dezembro o ministro de armas químicas da Rússia morreu em um ataque com patinete e a queda do avião fabricado pela Embraer no Cazaquistão mata 38 pessoas. Putin prometeu intensificar os ataques caso a Ucrânia continue a atacar bases militares e também fez ameaças aos países que fornecem armamento a Ucrânia e citou o uso de supostas armas nucleares, como vemos essa guerra dificilmente chegará ao fim, aguardemos os próximos capítulos.
Ele está de volta: Donald Trump retorna à Casa Branca em campanha marcada por reviravoltas
Quatro anos depois de perder e não aceitar o resultado Donald Trump está de volta ao poder nos Estados Unidos. Numa campanha cheia de reviravoltas o republicano se tornou o segundo na história a voltar ao poder após uma derrota eleitoral. Considerado um perigo a democracia pelos opositores Trump conseguiu uma vitória avassaladora contrariando os institutos de pesquisa que apontavam empate técnico com a candidata do partido Democrata Kamala Harris. A campanha ficará marcada por fatos que mudaram o rumo da eleição: em junho Joe Biden que era o candidato à reeleição vai mal em debate e o partido democrata então já cogitava trocar de candidato.
Em 13 de julho em um comício na cidade de Butler na Pensilvânia Trump escapa por milagre de ser abatido a tiros na primeira tentativa de assassinato. A bala passou de raspão pela orelha e escorrendo um fio de sangue Trump escapou ileso. O atirador, Thomas Crooks foi morto por snipers do FBI além de um bombeiro que foi atingido na cabeça, dois meses mais tarde Trump foi novamente alvo de nova tentativa de atentado em um campo de golfe nas proximidades de sua residência em Mar-a-Lago, mas não se feriu. No dia 21 de julho Biden anuncia a desistência da candidatura e a vice Kamala Harris passa a ser a candidata do partido Democrata. A campanha seguiu tensa até o dia da eleição. Na manhã de 6 de novembro Trump foi anunciado vencedor ao atingir a marca de 270 delegados e a vitória se deu ao levar os sete estados pêndulo além de levar no voto popular sendo o primeiro republicano a atingir o feito em 20 anos. Trump terá total controle no Congresso americano pois o partido republicano levou a maioria nas duas casas. Aos 78 anos o magnata tomará posse novamente em 20 de janeiro sob o peso de quatro acusações judiciais e uma condenação criminal e contou durante a campanha com o apoio do bilionário Elon Musk que fará parte da equipe de governo.
A retrospectiva segue e a seguir o ano da televisão brasileira.
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