O quadro O Mês em Resumo traz os principais acontecimentos que marcaram o mês de dezembro.
De médium famoso no mundo e o preferido das celebridades para maníaco sexual. A vida do médium João de Deus virou às avessas na madrugada do dia 7 de dezembro quando o programa Conversa com Bial da Rede Globo trouxe depoimentos de mulheres que acusaram o médium de assédio sexual. As denúncias seguiram e então seu mundo caiu. Ele teve o pedido de prisão preventiva decretado no dia 14 e dois dias depois se entregou. Na casa de João de Deus os policiais apreenderam dinheiro em espécie e armas. Ele foi denunciado pelo MP por quatro crimes por estupro de vulnerável e violaçao sexual.
Jair Bolsonaro foi oficialmente diplomado e apto a tomar posse junto do vice Hamilton Mourão, por outro lado surge a revelação pelo jornal O Estado de S. Paulo que denuncia movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex- assessor de Flávio Bolsonaro identificadas pelo COAF. Em entrevista ao SBT no dia 26 ele disse que parte da movimentação vem da revenda de carros dizendo que é uma pessoa de negócios. O PT e o PSOL decidem boicotar a posse de Bolsonaro que fecha sua equipe que terá 22 ministérios.
Tragédia em Campinas: Na tarde do dia 11 um atirador entra na Catedral Metropolitana e após a missa atira contra os fiéis. Cinco pessoas e o atirador morreram. Euler Grandolpho de 49 anos vivia sozinho e não tinha antecedentes criminais.
Numa decisão polêmica ocorrida no dia 19 o ministro Marco Aurélio Mello lança uma liminar que soltaria mais de 169 mil presos em segunda instância, dentre eles o ex- presidente Lula, mas recurso da procuradora - geral Raquel Dodge foi revogado por Dias Toffoli, presidente do STF manteve Lula e os outros condenados na cadeia.
Perto de terminar o mandato o presidente Michel Temer voltou a ser denunciado pela Procuradoria Geral no inquérito dos portos nos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. E sua popularidade registra novo recorde negativo.
Depois do Rio de Janeiro o estado de Roraima seria alvo de intervenção federal. A greve dos policiais e a insegurança levaram o governo a decretar intervenção. O governador eleito Antonio Denarium se torna o interventor.
O ex- ativista italiano Cesare Battisti que foi condenado à prisão perpétua na Itália teve o pedido de extradição decretado por Temer. Ele está foragido e a decisão permite que ele volte pra Itália para cumprir a pena. Battisti está no Brasil desde 2007 e em 2010 foi anistiado pelo ex- presidente Lula.
A cadela Manchinha morre depois de ser agredida de forma covarde por um segurança do supermercado Carrefour em Osasco.
A Editora Abril tem novo dono. O empresário Fábio Carvalho é o novo dono da empresa que liderou o mercado de revistas impressas por muito tempo e que atualmente acumula dívidas de mais de R$ 1 bilhão.
Na Indonésia um tsunami mata mais de 400 pessoas antes do Natal. O fenômeno é causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa e a região mais afetada foi o Estreito de Sunda localizado entre as ilhas de Java e Sumatra.
Gabriel Medina se torna bicampeão mundial de surfe. Ele precisava chegar à final da etapa de Pipeline no Havaí e foi perfeito em todas as etapas e se sagra campeão do Pipe Masters. O Brasil fecha o ano com 9 vitórias em 11 etapas do Circuito e conquista seu terceiro título nos últimos cinco anos.
O River Plate é campeão da Libertadores depois da polêmica ao vencer o Boca Juniors em Madri, mas no Mundial de Clubes é eliminado nos pênaltis pelo Al Ain que por sua vez perde a decisão para o Real Madri que se torna campeão pela sétima vez na história.
O Athlético Paranaense faz história e vence a Copa Sul Americana, seu primeiro título internacional vencendo nos pênaltis o Junior de Barranquilla.
Roberval Andrade é campeão na Copa Truck com uma vitória e um segundo lugar na última etapa em Curitiba e na Stock Car Daniel Serra se sagra bicampeão chegando na quinta posição na etapa final em Interlagos.
A leoa Amanda Nunes faz história e derrota em apenas 51 segundos a oponente Cris Cyborg se tornando a primeira campeã em dois títulos distintos do UFC.
Eunice Paiva foi um símbolo da luta contra a ditadura militar pois seu marido Rubens Paiva foi morto pela ditadura após ser preso e torturado. Eunice lutou buscando informações sobre o paradeiro dele e essa história virou livro, Ainda estou aqui escrito pelo seu filho Marcelo Rubens Paiva. Eunice morre no dia 13 aos 86 anos, exatamente no dia em que o AI-5 completava 50 anos.
O ex- governador do Espírito Santo Gérson Camata de 77 anos é morto à tiros na tarde do dia 26 em uma praia no centro de Vitória. Além de governador foi senador e deputado federal. Camata foi morto por um ex- assessor que confessou o crime.
Luiz Carlos Sigmaringa Seixas durante a ditadura defendeu presos políticos e estudantes. Com a abertura foi eleito deputado federal e fez parte da Assembleia Constituinte se elegendo para mais dois mandatos de deputado pelo DF. Sigmaringa estava internado desde o começo do mês quando fez um transplante de medula e morre no dia de Natal aos 74 anos.
A cantora Miúcha era irmã de Chico Buarque e em mais de 40 anos de carreira gravou 14 discos e foi casada com João Gilberto e mãe da cantora Bebel Gilberto. Miúcha estava se tratando de um câncer quando teve complicações e morre no dia 27 aos 81 anos.
O escritor israelense Amos Oz foi um dos fundadores do movimento pacifista Paz Agora. Dentre suas obras publicadas destacam - se Rimas da Vida e da Morte (2003), A Caixa Preta, Pantera no Porão e Meu Michael. O escritor morre no dia 28 aos 79 anos depois de travar batalha contra o câncer.
Outros mortos do mês: Isolda Bourdot (17 de dezembro), compositora de Outra Vez, sucesso do Rei Roberto Carlos, Tarciso (4 de dezembro), o Flecha Negra e um dos ídolos do Grêmio sendo campeão do Mundial Interclubes e da Libertadores de 1983 e segundo maior artilheiro do time na história, Mãe Stella de Oxossi (27 de dezembro), ialorixá e estudiosa da crença religiosa africana, Ueze Elias Zahram (27 de dezembro), fundador da Copagaz, José de Anchieta Jr (6 de dezembro), ex- governador de Roraima e Belisario Betancourt (7 de dezembro), ex- presidente da Colômbia entre 1983 e 1986 no auge dos conflitos armados no país.
O quadro retorna em janeiro de 2019.
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