Vai começar uma Fórmula 1 diferente e repleta de novidades

Kleber Nunes
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Depois de quatro meses os motores voltam a roncar mais forte a partir deste fim de semana com o início da temporada 2017 da Fórmula 1. Pelo que foi mostrado nos testes da pré temporada em Barcelona a Mercedes ainda é a equipe a ser batida. O inglês Lewis Hamilton quer o tetra, mas terá de enfrentar a concorrência do finlandês Valtteri Bottas que entra no lugar do campeão e aposentado Nico Rosberg. A Ferrari, pelo menos nos testes se credencia para ser a rival que faltou às flechas de prata nos últimos anos. Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen vem mordidos e dispostos a acabar com a hegemonia pois o modelo SF70H se mostrou confiável, a Red Bull vem um pouco atrás e terá com pilotos o australiano Daniel Ricciardo e a sensação de 2016 Max Verstappen. A Williams demonstrou se adaptar rapidamente ás mudanças técnicas da categoria e Felipe Massa deixou a aposentadoria pra mostrar que ainda tem muita lenha pra queimar. Ele foi consistente e rápido nos testes e por isso é a aposta dos ingleses podendo brigar por pódios e porque não vitórias, só que ele terá como companheiro de equipe o inexperiente Lance Stroll que bateu três vezes. No mesmo nível da Williams se encontra a Force India que terá como pilotos Sergio Perez e Esteban Ocon, apontado por especialistas como uma das promessas da nova geração. A incógnita fica mais uma vez para a McLaren que foi um caminhão de problemas na pré temporada. O motor Honda não se mostrou confiável e a paciência de Fernando Alonso pode chegar ao fim, pois o sonho de um terceiro título ficará impossível se ele não obtiver resultados expressivos juntamente de Stoffel Vandorme, substituto de Jenson Button. A Toro Rosso parece que resolveu os problemas de confiabilidade e se acertar o passo tem tudo pra incomodar no pelotão da frente com a dupla Daniil Kyvat e Carlos Sainz, a Haas surpreendeu na temporada de estreia e quer mais com a dupla Romain Grosjean e Kevin Magnussen, a Renault aposta em Nico Hulkenberg pra melhorar sua posição e a Sauber corre o risco de ser a pior equipe do grid pois conta com um defasado motor Ferrari e mesmo com sua saúde financeira complicada a equipe suíça terá mesmo de contentar com o fundo do grid. Nem mesmo o nono lugar obtido por Felipe Nasr no Grande Prêmio do Brasil salvou sua posição no grid. O brasileiro ficou sem patrocínio e foi preterido pelo alemão Pascal Werlheim que fará dupla com Marcus Ericsson.

O regulamento passou por mudanças técnicas. A Pirelli, fornecedora de pneus reformulou a construção dos compostos que passam a ser mais largos e os tempos foram 6 segundos mais rápidos em relação à pole do GP da Espanha de 2015. Na parte aerodinâmica as asas dianteira e traseira ficaram mais largas e em relação aos motores o limite de uso caiu de cinco para quatro corridas. Na opinião dos especialistas os novos carros ficaram mais rápidos, só que tudo tem um preço: as ultrapassagens ficarão reduzidas. Serão 20 corridas por todo o mundo começando na Austrália e terminando em Abu Dhabi com o Grande Prêmio do Brasil ocorrendo em 12 de novembro em Interlagos.

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